Você já imaginou uma cidade do litoral de São Paulo simplesmente desaparecer em alguns anos? Pois é, um estudo recente da Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe uma notícia preocupante: se nada for feito, a cidade de Santos pode ser engolida pelo mar até 2050. Isso parece coisa de filme, mas é uma possibilidade real que está assustando muitos especialistas. Vamos entender melhor o que está acontecendo, por que isso está acontecendo e o que pode ser feito para evitar essa tragédia.

Por que Santos está em risco?

A principal razão para o risco de submersão de Santos é o aumento do nível do mar. Esse aumento é causado pelas mudanças climáticas, um problema global que está afetando o clima de várias formas. Quando falamos de mudanças climáticas, estamos falando do aumento das temperaturas no planeta, o que faz com que as calotas polares derretam e o nível do mar suba. Com o passar dos anos, essa elevação do mar tem ameaçado as cidades costeiras, como Santos, que está em uma área vulnerável.

Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Climate Impact Lab (CIL) aponta que 10 cidades ao redor do mundo correm o risco de desaparecer até 2050. Entre elas, além de Santos, está o Rio de Janeiro. Mas por que essas cidades estão em risco? Isso acontece porque, além do aumento do nível do mar, essas regiões estão sendo cada vez mais afetadas por inundações permanentes. Essas inundações podem destruir infraestruturas importantes e prejudicar seriamente a vida das pessoas que moram ali.

De acordo com a ONU, até 2050, cerca de 5% das pessoas que vivem em áreas litorâneas poderão ser impactadas diretamente por essas mudanças. Isso quer dizer que milhões de pessoas podem perder suas casas, seus empregos e suas formas de sustento, o que teria um efeito devastador em suas vidas. Santos, sendo uma cidade costeira e densamente povoada, está na linha de frente dessa ameaça.

Outras cidades em perigo

Santos não está soz inha nesse perigo. Outras cidades no mundo também enfrentam o risco de desaparecer sob as águas. A ONU listou algumas delas, que incluem tanto metrópoles quanto cidades de médio porte, espalhadas por vários continentes. Veja algumas das cidades que estão na mesma situação crítica:

Guayaquil, Equador: Esta cidade portuária enfrenta um risco elevado por estar localizada em uma área de baixa altitude, com frequentes enchentes.

Barranquilla, Colômbia: Outra cidade litorânea que também está ameaçada pelas mudanças climáticas, devido ao aumento do nível do mar.

Sydney, Austrália: Conhecida por suas belas praias, Sydney pode ter partes significativas submersas se o nível do mar continuar subindo.

Kingston, Jamaica: A capital da Jamaica também está em risco por conta das condições climáticas extremas que têm se tornado mais frequentes.

Kolkata, Índia: Uma das cidades mais populosas da Índia, Kolkata enfrenta o perigo das inundações agravadas pela elevação do mar.

O caso de Santos é especialmente alarmante por conta de sua localização estratégica e seu papel importante na economia brasileira. Sendo uma das cidades mais antigas do Brasil e um dos maiores portos da América Latina, o impacto de sua submersão seria sentido em todo o país.

O que está sendo feito para salvar Santos?

Diante dessa ameaça, as autoridades de Santos não estão de braços cruzados. A prefeitura tem adotado várias medidas para tentar conter o avanço do mar e proteger a cidade. Em 2018, por exemplo, a Prefeitura de Santos, em parceria com a Universidade de Campinas, implementou um projeto inovador na Ponta da Praia, uma área que vinha sendo muito afetada pela erosão. Eles instalaram uma barreira submersa feita de grandes sacos de geotêxtil cheios de areia. Esses sacos, chamados de geobags, formam uma espécie de muro submerso que tem 275 metros de extensão.

Os resultados até agora são promissores. A área protegida por essa barreira tem mostrado sinais de recuperação, com o acúmulo de sedimentos que ajudam a reforçar a costa. Além disso, a tecnologia é considerada sustentável, de baixo custo e fácil de manter, o que é um ponto positivo. No entanto, apesar desses esforços, a situação ainda é muito preocupante. A cidade continua vulnerável e é preciso fazer mais para evitar um desastre maior.

A prefeitura de Santos também está buscando maneiras de ampliar essas barreiras para proteger outras partes da cidade. Além disso, a conscientização sobre a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa é fundamental. Se nada for feito a nível global para combater as mudanças climáticas, estima-se que até 2100, 10% das áreas costeiras das cidades mencionadas poderão estar submersas.

O que você pode fazer?

Embora pareça que esse problema está muito longe de nosso controle, cada um de nós pode contribuir para evitar que tragédias como essa aconteçam. A mudança começa em casa, com pequenas atitudes que, somadas, fazem uma grande diferença. Reduzir o consumo de energia, optar por meios de transporte mais sustentáveis, e apoiar políticas públicas que visem a preservação do meio ambiente são algumas formas de ajudar.

Entender a gravidade da situação e se informar sobre as ações que podem ser tomadas é o primeiro passo. Assim, podemos colaborar para um futuro onde cidades como Santos possam continuar existindo e oferecendo qualidade de vida para seus moradores. Não se trata apenas de salvar uma cidade, mas de proteger o futuro do nosso planeta e das próximas gerações. Portanto, fique atento e faça a sua parte. O futuro de Santos e de muitas outras cidades depende de todos nós.

****Fonte: IG****

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