5 curiosidades surpreendentes sobre Goiânia que irão te deixar de queixo caído

Goiânia, fundada em 1933, revela curiosidades fascinantes: desde o nome escolhido por Pedro Ludovico até o planejamento urbano inovador e os desafios das longas jornadas da época.

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
Vista aérea de Goiânia: um panorama que revela a beleza e a modernidade da capital goiana, refletindo seu crescimento e desenvolvimento ao longo das décadas.
Vista aérea de Goiânia: um panorama que revela a beleza e a modernidade da capital goiana, refletindo seu crescimento e desenvolvimento ao longo das décadas.

Goiânia, a vibrante capital do estado de Goiás, é uma cidade repleta de histórias e curiosidades que refletem sua rica trajetória e desenvolvimento. Fundada em 1933, Goiânia emergiu como um importante polo urbano e cultural no Brasil. Para explorar mais sobre a origem e evolução desta cidade dinâmica, o jornal A Redação preparou uma lista com cinco aspectos intrigantes da sua história. Confira estas curiosidades que revelam a complexidade e o impacto da fundação de Goiânia e seu papel no cenário regional.

1. A origem do nome de Goiânia: uma escolha literária e cultural

A escolha do nome da nova capital de Goiás foi um evento repleto de significado cultural e literário. Em 1933, o jornal local de Goiás promoveu um concurso para selecionar o nome da nova cidade. Entre as sugestões, “Petrônia” se destacou, homenageando Pedro Ludovico Teixeira, o fundador da cidade. No entanto, a escolha final foi “Goiânia,” inspirada no poema épico “Goyania” de Manuel de Carvalho Ramos. Embora “Goiânia” não tenha vencido o concurso, Pedro Ludovico decidiu adotá-lo, refletindo uma rica herança cultural e literária para a nova capital.

2. O sistema de numeração das ruas de Goiânia: uma visão inovadora

O planejamento inicial de Goiânia, elaborado pelo arquiteto Attilio Corrêa Lima, incluiu um sistema de numeração para as ruas em vez de nomes. Essa abordagem visava possibilitar a futura homenagem a heróis locais e evitar a imposição de nomes tradicionais. Segundo Wolney Unes, professor da Universidade Federal de Goiás e organizador do livro Goiânia art déco: acervo arquitetônico e urbanístico – dossiê de tombamento, a ideia era que os nomes fossem atribuídos conforme surgissem figuras importantes na cidade.

O projeto inicial definia avenidas com nomes regionais como Goiás, Tocantins e Anhanguera, e ruas numeradas de 1 a 31 no Setor Central, de 51 a 80 no Bairro Popular e de 82 a 148 no Setor Sul. Embora a numeração tenha sido mantida por um tempo, a prática foi abandonada em muitos bairros, como o Setor Aeroporto, que passou a usar letras para facilitar a identificação.

3. O projeto do Setor Sul: influência do conceito de cidade-jardim em Goiânia

O Setor Sul de Goiânia apresenta um layout distinto, resultado da intervenção do escritório Coimbra Bueno após a saída de Attilio Corrêa Lima. Sob a liderança do arquiteto Armando de Godoy, o projeto do Setor Sul foi inspirado pelo conceito de “cidade-jardim” de Ebenezer Howard. Esse modelo incluiu a criação de quadras residenciais com acesso a ruas e bosques, promovendo um ambiente mais verde e integrado ao meio urbano. Esse planejamento inovador contribuiu para a diversidade do urbanismo em Goiânia e sua evolução ao longo dos anos.

4. Demografia do estado de Goiás na década de 1930: um retrato da população

Na década de 1930, o Estado de Goiás, que englobava o território do atual Tocantins, tinha uma população estimada em 400 mil habitantes, com cerca de 80 mil vivendo em áreas urbanas. As quatro maiores cidades, incluindo Catalão e a antiga capital, Goiás, tinham aproximadamente 4 mil habitantes cada. Quando Goiânia foi inaugurada, em 1940, a população já alcançava 18.889 habitantes. Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que Goiás tenha mais de 7,2 milhões de habitantes, com Goiânia superando 1,5 milhão, refletindo o crescimento exponencial da cidade.

5. A longa jornada de São Paulo à antiga capital: desafios e aventuras encerrados após Goiânia

Viajar de São Paulo até a antiga capital de Goiás era uma jornada complexa e prolongada na época da construção de Goiânia. O percurso totalizava cerca de 49 dias. Os viajantes começavam com quatro dias de trem até Araguari. A partir daí, enfrentavam a travessia do Rio Paranaíba e continuavam por 45 dias em lombo de mula, atravessando áreas sem estradas estabelecidas. Esse percurso árduo evidencia os desafios enfrentados antes da modernização da infraestrutura e a importância da construção de Goiânia para facilitar o acesso e o desenvolvimento regional.

As curiosidades sobre a fundação e o desenvolvimento de Goiânia oferecem uma visão fascinante sobre a rica história da capital goiana. Desde a escolha literária do nome até os desafios das viagens e as inovações no planejamento urbano, essas histórias ilustram a evolução de Goiânia de uma cidade jovem para um centro urbano dinâmico e vibrante. Essas narrativas ajudam a compreender melhor a trajetória da cidade e seu impacto como um importante polo regional no Brasil.

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