Mesmo com inúmeros avanços na medicina, a mente humana continua sendo uma caixinha de surpresas. Sabemos o quão poderosa ela pode ser, basta olharmos para todas as criações humanas. Contudo, também temos a noção do quanto ela pode se fragilizar, tendo em vista todos os problemas de saúde que podem afetá-la. Em meio disso, alguns fatos ainda são curiosos para a ciência, como os fenômenos do déjà vu e do jamais vu.

Apesar das dificuldades em encontrar explicações por trás desses acontecimentos, a ciência sempre busca nos trazer os reais motivos para eles existirem.

O déjà vu

Você pode até não conhecê-lo pelo nome, mas com certeza já passou pela sensação de viver uma experiência nova e parecer que ela havia ocorrido anteriormente. Esse é o déjà vu. A pesquisa mais embasada vem da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos. De acordo com a teoria da pesquisadora Anne Cleary, o layout do ambiente seria capaz de desencadear essa sensação. Isso porque o cerébro faz uma comparação com algum acontecimento anterior que tinha o cenário, a disposição das pessoas e dos objetos de forma similar.

O jamais vu

Sendo o oposto do déjà vu, esse fenômeno pega algo familiar para você e te passa a sensação de estranheza. Um exemplo fácil de compreender é ao tentar escrever o nome de algum amigo próximo ou familiar e se esquecer a forma correta. Pode ocorrer também ao se repetir muitas vezes a mesma palavra e ela se tornar estranha ao ponto de você questionar se ela realmente existe. O jamais vu foi profundamente estudado por dois professores universitários: Akira O’Connor, da Universidade de Saint Andrews, na Escócia, e Christopher Moulin, da Universidade Grenoble Alpes, na França. 

Eles receberam o prêmio Ig Nobel de Literatura, que consiste em conquistas científicas que nos fazem refletir de forma curiosa ou cômica. Em suas pesquisas, os acadêmicos acreditam que a partir da necessidade de nosso cérebro se manter flexível, para estar pronto para qualquer situação inesperada que surja, o jamais vu ocorre, para nos tirar do processo de repetição. Assim, a sensação do irreal na verdade é uma verificação da realidade.

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