O maior campeão da Fórmula 1, Michael Schumacher, está de volta? De acordo com informações do jornal alemão Bild, o lendário piloto teria feito sua primeira aparição em público, após 11 anos, no casamento de sua filha Gina-Maria.

A jovem de 27 anos se casou com Iain Bethke, em uma cerimônia reservada, na vila da família em Maiorca, localizada na Espanha. O evento teve como única regra a proibição de celulares.

De acordo com o jornal, Schumacher não circulou no jardim da cerimônia, mas esteve no círculo dos convidados mais próximos da família, em uma área de acesso restrito à pessoas de confiança. O Bild informou ainda que o campeão viaja no helicóptero da família, de forma regular.

Há mais de uma década, o ex-fórmula 1 recebe cuidados médicos contínuos devido ao grave acidente de esqui nos Alpes Franceses. Após  meses em coma induzido, voltou para sua casa, situada no Lago de Genebra, em 2014. No local, recebe os cuidados de sua esposa Corinna, que mantém seu estado de saúde em sigilo.

Sua suposta aparição no casamento da filha levanta rumores de que a família pode estar mais aberta quanto a sua condição. Contudo, medidas foram tomadas a fim de proteger sua privacidade – convidados foram obrigados a deixar o celular na entrada para evitar qualquer registro de Schumacher.

Schumacher e a Fórmula 1 além dos recordes

O ano era 1991 quando o irlandês, Eddie Jordan, recebeu o telefonema que mudaria a trajetória do automobilismo mundial. A ligação veio do advogado da equipe que informou a prisão do piloto Bertrand Gachot.

O francês se envolveu em uma briga de trânsito com um taxista. “Ele abriu a porta do meu carro e me puxou pela gravata. Minha namorada estava do meu lado e trazia na bolsa uma pequena garrafa de gás CS (lacrimogêneo). Eu a peguei e procurei borrifar na cara dele, só que o gás saiu para todo lado e me atingiu também”, lembra.

Após o ocorrido, Gachot e o motorista foram embora com lágrimas nos olhos e o que parecia ser um ponto final. Mal sabia ele que o destino do taxista seria a delegacia inglesa. Resultado: 18 anos de prisão para o automobilista.

“Não sabia o que pensar na hora”, relatou o chefe da estreante Jordan. “O nome de Michael Schumacher nem me veio à mente. Ele não disputava a F-3000, mas o Mundial de Esporte-Protótipos, não era um piloto em vias de estrear na F1.”

Na disputa do Grupo C do Mundial de Esporte-Protótipos, Michael Schumacher não era sequer cotado para assumir o assento na equipe. Mas uma conversa entre Eddie Jordan e o diretor de competições da Mercedes, Jochen Neerpasch, mudou o rumo dos acordos.

A Mercedes pagaria 150 mil libras para que seu piloto alemão pudesse correr pela Jordan no circuito de SPA, localizado na Bélgica. Na terça-feira antes da corrida, a equipe conseguiu que Schumacher testasse o carro em Silverstone, na Inglaterra. Aquela era a primeira vez do piloto em um Fórmula 1.

Enquanto todos pareciam apreensivos, com medo de que a pista de SPA pudesse ser perigosa demais para o jovem automobilista, Schumacher abraçava aquilo que nasceu para fazer: correr.

Antes mesmo da largada, o alemão já era visto como uma estrela. Rápido demais para quem só estava começando. Ele e o carro pareciam ser um só corpo. Ali começou a história de Schumacher na Fórmula 1, e a história da Fórmula 1 além dos recordes possíveis.

Entre vitórias e polêmicas

No início de sua carreira, Schumacher foi acusado de conduzir de forma perigosa após se envolver em acidente com o companheiro de equipe na Bennetton, Damon Hill. Mesmo com o carro danificado, o alemão voltou para as pistas e conquistou sua primeira corrida na Fórmula, em 1994.

Já no ano de 1997, Schumacher colidiu propositalmente com Jacques Villeneuve, o que lhe rendeu uma punição severa: todos os seus resultados da temporada foram excluídos pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

O alemão também se envolveu em uma grande polêmica com David Coulthard em uma corrida na Bélgica. Schumacher tentou ultrapassá-lo, mas acabou atingindo a parte traseira de seu carro, logo o acusando por tentativa de homicídio. Assim que a corrida acabou, o alemão tentou agredir Coulthard.

A mais polêmica intriga de Schumacher data de 1992, quando o jovem piloto se desentendeu com Senna que, na ocasião, ostentava um tricampeonato. Durante a corrida, o alemão provocou o brasileiro e tocou em seu carro. Após a linha de chegada, Senna foi atrás de Schumacher, irritado com a situação e em busca de respeito.

Sempre atrás do alemão?

Em 2002, pilotando pela Ferrari, Schumacher vivenciou decisões polêmicas e um tanto quanto estranhas, envolvendo outro piloto brasileiro, Rubens Barrichello.

Ao longo dos metros finais do GP da Áustria, Barrichello corria rumo à vitória, liderando a prova com folga. A Ferrari logo o orientou a reduzir a velocidade para que Schumacher pudesse o ultrapassar.