Submarino desaparecido pode ter sofrido explosão, confirma Marinha Argentina

O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, confirmou uma espécie de anomalia hidroacústica e não nuclear, equivalente a uma explosão no submarino ARA San Juan. O submarino está desaparecido desde o dia 15 de novembro, último contato com do submarino com a base, na região da Patagônia.

Apesar disso, seguem as buscas pelo equipamento militar que levava 44 tripulantes. “Até que não tenhamos nenhuma evidência certa, não podemos tirar nenhuma informação conclusiva”, disse Balbi.

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A localização do ruído é compatível com a rota que percorria o submarino, com 44 tripulantes. As buscas foram intensificadas na região desde a madrugada desta quinta (23), e navios equipados com sensores foram deslocados para investigar o ocorrido, segundo os jornais locais.

Na última quarta-feira (22), a Marinha havia registrado um indício sonoro. Um desses registros foi um estalo a cerca de 30 milhas da última localização conhecida do ARA San Juan. A informação foi confirmada por uma agência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) especializada em submarinos.

No último contato do submarino com a base, a tripulação relatou uma pane. Ainda que os 44 tripulantes estejam vivos em algum lugar das profundezas do Atlântico, restam poucas horas de oxigênio e alimenta

Reserva de oxigênio do submarino desaparecido deve durar só mais algumas horas

A cada hora que passa, mais preocupante ficam as buscas pelo submarino argentino desaparecido na Patagônia há uma semana. Ainda que os 44 tripulantes estejam vivos em algum lugar das profundezas do Atlântico, o nível de urgência para encontra-los só aumenta.

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A Marinha Argentina informou que restam alimentos para uma semana, mas o que está preocupando no momento são as reservas de oxigênio do veículo, que vai durar só mais algumas horas. Sem sair à superfície, o submarino “San Juan” tem capacidade de oxigênio para sua tripulação por sete dias e sete noites.

“O tema do oxigênio nos preocupa desde o primeiro momento em que não pudemos detectar o submarino. Obviamente não descartamos nenhuma hipótese. Estamos considerando todas as possibilidades, e a situação mais crítica seria o fato de estarmos no sexto dia de oxigênio”, ressaltou Enrique Balbi, porta-voz da Marinha Argentina.

A operação de busca e resgate do submarino desaparecido desde quarta-feira está mantida, apesar da situação preocupante. O submarino zarpou há nove dias de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e era esperado seu retorno no domingo passado no Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul da capital, seu porto habitual.

 

Na luta contra o relógio, buscas por submarino perdido na Patagônia continuam

Uma embarcação que ia de Ushuaia, na Patagônia, a Mar Del Plata, está desaparecida desde quarta-feira (15). O comandante da Marinha Argentina, Gabriel Galeazzi, afirmou que as buscas continuarão até que a embarcação apareça. Mas as condições meteorológicas na região não estão favoráveis nos últimos dias. Em meio a tempestades, 14 embarcações e 10 aviões estão trabalhando nas buscas permanentes do submarino.

Na última comunicação, o capitão do ARA San Juan informou que o submarino tinha problemas elétricos. O submarino desapareceu misteriosamente há 5 dias. Em meio a angústias, a Marinha Argentina disse que há oxigênio e alimento aos tripulantes somente para mais uma semana, aproximadamente. 

Diversos países auxiliam nas buscas. O Brasil enviou três navios da Marinha brasileira e disponibilizou dois aviões da Força Aérea Brasileira para as buscas. Os Estados Unidos e o Reino Unido, além de Chile, Peru e Uruguai, também estão ajudando.O governo argentino segue treinando equipes para um possível resgate da tripulação quando o submarino for encontrado.

Para encorajar os esforços de encontrar o submarino, Papa Francisco enviou mensagem ao ordinário militar argentino, Santiago Olivera. O pontífice reiterou sua preocupação e disse que reza pelas “pessoas da tripulação do submarino militar argentino do qual se perdeu o rastro”, após a tradicional oração do Ângelus perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Entre os 44 tripulantes está uma única mulher, Eliana María Krawczyk (foto), de 35 anos. Segundo a imprensa argentina, ela é a primeira oficial de submarino do país e da América do Sul. Na embarcação, ela ocupa o cargo de chefe de armas. De origem alemã, o ARA San Juan é um dos três submarinos da Marinha Argentina que foi incorporado à frota do país em 1985.

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