Mudas de pequi sem espinhos estão disponíveis para a população. Saiba como ter uma

A revolucionária introdução de variedades de pequi sem espinhos, que emergiu como uma alternativa promissora para produtores e apreciadores dessa fruta emblemática do Cerrado, entra em uma nova fase. A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em colaboração com a Embrapa Cerrados, abre um novo ciclo de aquisições para mudas dessas variedades. A novidade agora é a disponibilização de um formulário eletrônico para facilitar e organizar o processo de compra.

Para participar, os interessados devem preencher o formulário que está na seção “Aquisição de Mudas de Pequi” no portal da Emater. O processo requer a indicação da quantidade de mudas pretendidas e cada exemplar tem o valor de R$ 50,00. É importante ressaltar que a resposta ao formulário não garante aquisição imediata, devido à demanda e capacidade operacional. A Emater estabelecerá comunicação posterior com os requerentes para detalhar o cronograma de entrega.

Em novembro de 2022, foram lançadas seis variedades de pequi, metade delas desprovida de espinhos, com o intuito de proporcionar maior segurança e comodidade tanto no cultivo quanto no consumo. Inicialmente, o foco estava nos agricultores familiares e viveiristas, mas agora expande-se para o público em geral.

Maria José Del Peloso, diretora de Pesquisa Agropecuária da agência, salienta o compromisso da Emater em democratizar o acesso a essas mudas, promovendo a participação de viveiros na propagação das plantas. “Além de suprir diretamente a demanda, estimulamos os viveiros a estabelecer jardins clonais, o que amplifica significativamente nossa capacidade de atendimento ao mercado”, explica Maria José.

Os viveiristas parceiros que já dispõem de mudas para multiplicação e comercialização são uma fonte alternativa para aquisição. A lista inclui estabelecimentos como o Viveiro Agroplantas em Guapó, o Viveiro JNL em Santa Rita do Novo Destino, o Viveiro Agrometa Reflorestamentos em Goiânia, o Viveiro Benesi & Martins e o Viveiro AG Agro, ambos em Goianésia. Eles oferecem mudas enxertadas das novas cultivares e são contatáveis através de telefones e e-mails fornecidos pela Emater.

Essa inovação representa não só um avanço na horticultura do Cerrado, mas também uma oportunidade de negócio e um impulso para a biodiversidade local, considerando o pequi como um dos frutos mais tradicionais e representativos da região.

Os interessados podem procurar por mudas enxertadas das referidas cultivares junto aos seguintes viveiristas, que já adquiriram mudas da Emater para fins de multiplicação e comercialização: Viveiro Agroplantas (Guapó-GO) Contato: (62) 3552-1407 | (62) 98170-4740 E-mail: [email protected] Viveiro JNL (Santa Rita do Novo Destino-GO) Contato: (62) 98168-7259 E-mail: [email protected] Viveiro Agrometa Reflorestamentos (Goiânia-GO) Contato: (62) 99266-5419 E-mail: [email protected] Viveiro Benesi & Martins (Goianésia-GO) Contato: (62) 99364-9393 E-mail: [email protected] Viveiro AG Agro (Goianésia-GO) Contato: (62) 3353-4706 | (62) 98416-8277 E-mail: [email protected]

Empresa goiana é selecionada para representar Brasil na COP27

O mundo vai poder conhecer o exemplo positivo da agricultura sustentável praticada por uma empresa de Goiás, durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27). 
 
Isso porque o sistema produtivo da Fazenda Jerivá, onde são produzidos; milho, leite, frango caipira, ovos caipira, suínos e verduras orgânicas vendidos nos restaurantes, empórios e lanchonetes da tradicional rede de alimentação goiana Jerivá, foi o escolhido pelo Banco do Brasil, entre 40 projetos nacionais que concorreram à vaga, para representar o país no Pavilhão Brasil na COP27.

O que mundo vai conhecer

Na fazenda localizada no município de Abadiânia (GO), a empresa estruturou uma unidade agrícola focada no reaproveitamento de recursos naturais, para manter uma produção integrada e sustentável.

Rejeitos, como esterco de vaca, esterco suíno, cama de frango, bagaço de laranja e de cana, palha de milho e sabugo e resíduos vegetais, são usados para compostagem e transformados em 1.200 toneladas de adubo de alta qualidade/ ano. Esse material compostado é utilizado para adubar os 150 hectares da Fazenda Jerivá destinados ao cultivo do milho e à horta orgânica.

Além disso, o esterco líquido (parte líquida retirada do esterco) da pecuária leiteira e da suinocultura tem como destino o biodigestor, onde ocorre a fermentação e a liberação de biogás (metano e CO2), que, no gerador, transforma-se em energia elétrica. O líquido que sobra na usina de biogás ainda é aproveitado na irrigação da fazenda.

As ações de agricultura sustentável na Fazenda Jerivá tiveram início em 2017. E o volume da produção de adubo e de energia vem sendo uma crescente. Para se ter uma ideia, no primeiro ano, foram produzidas 200 toneladas de adubo. Após cinco anos, esse resultado foi multiplicado por seis.  

 
COP27
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27) está em andamento na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. O evento  teve início no dia 6 de novembro e segue até o próximo dia 18.

 

 
Foto: Divulgação