As 10 capitais mais alfabetizadas do Brasil (Goiânia está no Top 10)

O índice de alfabetização de uma sociedade está diretamente ligado ao desenvolvimento e qualidade de uma cidade. Sabendo disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mapeou as cidades mais alfabetizadas do Brasil, segundo o último censo realizado no país em 2022. As três capitais do Sul lideram o ranking. Florianópolis ocupa a primeira colocação com 98,64% da população, seguida por Curitiba (PR), com 98,47%, e Porto Alegre (RS), com 98,25%.

Goiânia, a cidade mais arborizada do mundo, é a capital mais bem posicionada da região Centro-oeste, aparecendo à frente de grandes cidades como São Paulo e Brasília (respectivamente 8ª e 9ª colocadas).

De acordo com o IBGE, para ser reconhecida como alfabetizada, a pessoa deve saber ler e escrever, por exemplo, um simples bilhete ou uma lista de compras, no idioma nativo, independentemente se está frequentando ou não uma escola.

Também integram o grupo dos alfabetizados, pessoas que perderam a habilidade da leitura e escrita devido a eventuais capacidades físicas ou mentais, além de pessoas com necessidades especiais que dependem do Sistema Braile para se comunicar.

As cinco capitas menos alfabetizadas do Brasil são, pela ordem: João Pessoa (PB), seguida por Natal (RN), Rio Branco (AC), Teresina (PI) e, por último, Maceió (AL).

CONFIRA A ALFABETIZAÇÃO NAS CAPITAIS EM % DA POPULAÇÃO:

1 – Florianópolis (SC) – 98,64

2 – Curitiba (PR) – 98,47

3 – Porto Alegre (RS) – 98,26

4 – Belo Horizonte (MG) – 97,78

5 – Vitória (ES) – 97,76

6 – Rio de Janeiro (RJ) – 97,67

7 – Goiânia (GO) – 97,51

8 – São Paulo (SP) – 97,42

9 – Brasília (DF) – 97,23

10 – Campo Grande (MS) – 97,09

11 – Belém (PA) – 97,05

12 – Manaus (AM) – 97,02

13 – Palmas (TO) – 96,89

14 – Cuiabá (MT) – 96,73

15 – Salvador (BA) – 96,55

16 – Boa Vista (RR) – 96,43

17 – São Luís (MA) – 96,01

18 – Porto Velho (RO) – 95,64

19 – Macapá (AP) – 95,10

20 – Aracaju (SE) – 94,78

21 – Recife (PE) – 94,52

22 – Fortaleza (CE) – 94,38

23 – João Pessoa (PB) – 93,87

24 – Natal (RN) – 93,36

25 – Rio Branco (AC) – 93,04

26 – Teresina (PI) – 92,88

27 – Maceió (AL) – 91,58

 

Confira o ranking ilustrado:

As capitais mais alfabetizadas do Brasil

Alfabetização no Brasil

No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, 151,5 milhões sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples e 11,4 milhões não têm essa habilidade mínima. Em números proporcionais, o resultado indica taxa de alfabetização em 93%, em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 7% do contingente populacional.

Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Alfabetização: Resultados do universo, divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais ao longo dos censos. Em 1940, menos da metade da população era alfabetizada, 44,%. Após quatro décadas, em 1980, houve aumento de 30,5 pontos percentuais na taxa de alfabetização, passando para 74,5% e, finalmente, depois de mais quatro décadas, o país atingiu um percentual 93% em 2022, representando um aumento de 18,5 pontos percentuais em relação a 1980.

“A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 1990, e a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas”, diz o instituto.

De acordo com o IBGE, em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%). (com informações da Agência Brasil)

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Bilinguismo na alfabetização potencializa o desenvolvimento infantil

A aprendizagem em duas línguas durante o processo de alfabetização pode ser uma alternativa promissora, segundo Sabrina Oliveira, especialista em psicopedagogia e diretora de Ensino Fundamental da Escola Canadense Maple Bear, em Goiânia. Ela argumenta que inserir uma segunda língua na vida de uma criança desde a primeira infância não traz confusão, como é comumente pensado, mas sim favorece o desenvolvimento de habilidades cognitivas.

A alfabetização, que compreende não apenas a aquisição de leitura e escrita mas também o fomento ao raciocínio lógico e criticidade, pode encontrar no bilinguismo uma ferramenta valiosa. O aprendizado em duas línguas poderia estimular uma compreensão mais ampla e profunda da comunicação e do pensamento, segundo a pedagoga.

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Sabrina Oliveira, especialista em psicopedagogia e diretora de Ensino Fundamental da Escola Canadense Maple Bear destaca que o ensino biligue potencializa o aprendizado infantil. Crédito: Divulgação

Na ocasião do mês que abriga o Dia Mundial da Alfabetização, comemorado em 8 de setembro, Oliveira destaca a relevância de discutir a implementação do bilinguismo no processo de alfabetização. A especialista nota que, além de ensinar uma nova língua, esse método potencializa a aprendizagem global do indivíduo em ambas as línguas.

Na Escola Canadense Maple Bear, por exemplo, o inglês é introduzido já a partir de um ano e meio de idade, com quatro anos de total imersão antes de incorporar progressivamente a língua portuguesa ao currículo. Este método tira proveito da maior receptividade das crianças em idade precoce à aquisição de novas línguas, período no qual o cérebro apresenta uma plasticidade notável, facilitando assim a absorção de novos conhecimentos.

Além disso, estudos, como o “Bilingual Brains” da Universidade de Stanford, corroboram a perspectiva de Oliveira, indicando que a exposição a mais de um idioma pode aprimorar a manutenção da atenção e a organização das informações recebidas, favorecendo uma maior neuroplasticidade cerebral.

Desta maneira, o bilinguismo na alfabetização não apenas facilita o aprendizado de uma segunda língua, mas também promove uma aprendizagem mais rica e diversificada, fomentando o desenvolvimento de habilidades cognitivas cruciais na primeira infância.