Entenda por que a Equatorial Goiás é a última em ranking de qualidade da Aneel

A Equatorial Goiás foi a última colocada no ranking de qualidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O levantamento avaliou as distribuidoras com mais de 400 mil consumidores. A companhia mais bem avaliada foi a CPFL Santa Cruz, que atua no interior de São Paulo.

A avaliação foi rigorosa e mediu não apenas o tempo médio em que os consumidores ficaram às escuras, mas também o número de interrupções no fornecimento de energia.

Apesar de grandes apagões provocados por tempestades no ano passado, como em São Paulo e no Rio Grande do Sul, o brasileiro ficou, em média, menos tempo sem energia em 2023. Segundo o  levantamento da Aneel, o consumidor ficou 10,4 horas sem eletricidade no ano passado, com cinco cortes de fornecimento no ano.

O levantamento abrange o período de janeiro a dezembro de 2023. A classificação é elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados de DEC e FEC das concessionárias em relação aos limites estabelecidos pela ANEEL para esses indicadores.

Equatorial Goiás está entre as três piores do Brasil

Das 29 concessionárias de grande porte que estiveram no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Equatorial Goiás, empresa responsável pela distribuição de energia no estado, figurou no 27º lugar.

A companhia iniciou suas atividades em Goiás somente em dezembro de 2022, o que influenciou no resultado.

Ainda assim, a ocupação dos últimos lugares pela Equatorial no Maranhão e Rio Grande do Sul, penúltimo e último lugar, não é um bom sinal para os goianos. Considerando que a empresa iniciou o ano comunicando um plano extenso de 100 dias para ampliar as subestações em Goiás, período este que finaliza no próximo dia 10 de abril, o mercado finalmente poderá analisar os primeiros resultados.

Divulgada na última quinta-feira (29), a pesquisa da Aneel analisou todas as concessionárias do país entre janeiro e dezembro de 2022, divididas entre dois grupos: as de grande porte, com mais de 400 mil unidades consumidoras e pequeno porte, com valor menor ou igual a 400 mil.

O ranking é calculado com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), que, por sua vez, é formado pela comparação de dois valores. O primeiro é do tempo, em média, que cada unidade consumidora ficou sem energia, nomeado como Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC).

O segundo é o número de interrupções ocorridas, em média, no período observado, ou Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC).

O problema se mostra grave, visto que, em 2022, enquanto os primeiros colocados giram em torno de um DGC de 0,60, as concessionárias em Goiás registram a valores próximos de 1,30, sendo que quanto mais baixo, melhor. Na prática, isso representa mais tempo sem energia e mais casos de problemas ao redor do estado.

A Equatorial emitiu uma nota em relação ao resultado do ranking. Confira:

A Equatorial Goiás esclarece que assumiu a distribuição de energia no Estado em 29 de dezembro de 2022 e os resultados apresentados no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica são referentes à antiga gestão. O Grupo Equatorial Energia é reconhecido pelo modelo de gestão que preza pela eficiência e melhor alocação de recursos, com atenção à segurança e meio ambiente.

Conforme já ressaltado pela Equatorial, somente nos primeiros meses de atuação em Goiás, já foram registradas 31,44% menos reclamações na Agência Goiana de Regulação, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Logo no início da sua operação em Goiás, a Equatorial anunciou um plano de ações e investimentos para a gestão da distribuição de energia elétrica no Estado, com foco em investimentos estruturais na melhoria de distribuição de energia, no desenvolvimento do Estado e no atendimento à demanda reprimida, com novas linhas de distribuição e subestações.

Somente neste semestre, a companhia concluirá entregas importantes para o Estado, entre elas: a nova Subestação Riviera, em Goiânia, e a entrega de uma demanda histórica para Goiás com a conclusão da Linha de Alta Tensão Barro Alto – Goianésia, que viabilizará a conexão de novos clientes e o atendimento às solicitações de aumento de carga.

Além disso, a companhia entregará, no próximo dia 14, o novo complexo de alta tensão Aparecida de Goiânia, com uma nova subestação e uma nova linha de distribuição de energia, fruto de um investimento de R$ 75 milhões que garantirá a melhoria do fornecimento de energia para cerca de 150 mil clientes que atenderá não só o município de Aparecida como todo o Distrito Industrial do município.

 

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Foto de Capa: Divulgação

Aneel deve aprovar venda da Enel na próxima terça-feira

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve votar, na próxima terça-feira (06), relatório com parecer favorável à venda da Enel Distribuição Goiás para a Equatorial Energia. A informação foi repassada ao governador Ronaldo Caiado nesta quarta-feira (30) pelo presidente da estatal, Sandoval de Araújo, durante reunião em Brasília. A expectativa é que, cumpridos os ritos legais, a Equatorial assuma o fornecimento de energia elétrica no Estado a partir de 1º de janeiro de 2023.
 
Essa foi nossa terceira reunião na sede da Aneel para acompanhar as providências finais da transferência da Enel para a Equatorial. A agência apresentou o relatório concluído e informou que ele será levado à votação por parte de toda a diretoria na terça-feira, dia 6. Concluída a votação, documento assinado e publicado, a partir de janeiro teremos uma nova distribuidora de energia”, afirmou o governador em entrevista concedida após o encontro. 
 
A aprovação do colegiado é o último passo para a concretização da venda da Enel e, segundo Aneel, a tendência é de que os diretores da agência sigam o parecer favorável do relator Hélvio Guerra. A venda da concessão da Celg-D também já recebeu parecer favorável do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em outubro. 
 
Recentemente, os serviços prestados pela ENEL, têm sido criticados pela população após bairros em Goiânia ficarem sem energia, por mais de 24 horas. Além disso, o Procon notifica a empresa, mais uma vez, sobre a qualidade de seus serviços prestados. Assim, gerando uma expectativa quanto à venda da mesma.
 
Histórico
 
A Enel Distribuição Goiás foi vendida para a Equatorial no dia 23 de setembro deste ano por R$1,6 bilhão. A empresa possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e estava no mercado goiano desde 2016, quando arrematou a Celg-D em lance único de R$2,1 bilhões. 
 
 

Energia Elétrica vai ficar mais cara em Goiás a partir desta sexta-feira (22)

A tarifa de energia elétrica ficará 16,45% mais cara em Goiás a partir desta sexta-feira (22). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário da Enel Distribuição Goiás nesta quinta-feira (21), e os novos valores passam a ser tarifados de imediato. Cerca de 13,14% do reajuste vai cobrir custos com a compra de energia, encargos setoriais e transmissão. Os outros 3,31% irão para manutenção e investimento na rede.

De acordo com a Aneel, as revisões tarifárias estão previstas nos contratos de concessão e “têm por objetivo alcançar o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição” e a cobertura de despesas efetivamente reconhecidas pela agência.

Já a Enel Goiás, explica que em função da redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou acionar mais usinas termelétricas, que têm um custo de geração mais caro, o que impactou as tarifas. A composição do reajuste foi, portanto, fortemente impactada pela crise hídrica enfrentada pelo país, com reflexo direto nos custos de compra de energia produzida pelos geradores, e pelos encargos setoriais.

A composição da tarifa de energia, em uma conta de R$100, R$ 19,95 ficam com a Enel. Com essa parcela, a concessionária realiza toda a operação e a manutenção da rede elétrica e investe na expansão e na qualidade do seu sistema de distribuição. 

Veja como funciona a composição da conta de energia da Enel:

enel
(Divulgação)

 

Em Brasília, o reajuste da Neoenergia Distribuição trará um efeito médio de 11,1%. Para consumidores residenciais a elevação na tarifa será de 11,69%. Na alta tensão, 9,16%; e na baixa tensão, a média do impacto é de 11,85%. A distribuidora atende a cerca de 1,1 milhão de unidades consumidoras no Distrito Federal.

 

Imagem: Divulgação

*Com informações Agência Brasil

 

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Ranking: Goianos ficaram 17 horas no escuro em 2020

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Enel Goiás deixou o consumidor 17,03 horas no escuro em 2020, bem acima da média nacional de 11,50 horas. A distribuidora é a terceira pior companhia do País em uma avaliação de 29 empresas, ficando atrás de estados como Rio Grande do Sul, com a CEEE, e a Enel Ceará, em primeiro e segundo lugar, respectivamente. 

A análise segue o Desempenho Global de Continuidade (DGC),  que leva em consideração as interrupções em relação ao limite estabelecido pela Agência reguladora e avaliou o fornecimento entre janeiro e dezembro de 2020. A Aneel estabelece o limite máximo de 12,95 horas de descontinuidade, o que coloca a distribuidora goiana bem acima do teto. 

Neste caso, além de pagar compensações aos consumidores, em 2021, a  companhia fica também restringida de distribuir proventos em valor superior ao mínimo legal definido pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,  a seus acionistas.  Este ano as compensações somaram R$ 66,401 milhões. 

Vale lembrar que todas as distribuidoras Enel estão nas seis últimas colocações do ranking de 2020. 

A classificação é elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados de DEC e FEC das concessionárias em relação aos limites estabelecidos pela ANEEL para esses indicadores. O ranking é um instrumento que incentiva as concessionárias a buscarem a melhoria contínua da qualidade do serviço. Desde 2013, o ranking é considerado na movimentação tarifária das distribuidoras de energia elétrica, sendo publicado anualmente pela ANEEL.

* DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – Tempo que, em média, no período de observação, cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica.

** FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – Número de interrupções ocorridas, em média, no período de observação.

Corte de energia elétrica está proibido para consumidores de baixa renda

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta sexta-feira (29), proibir o corte de energia elétrica de famílias de baixa renda por falta de pagamento até o dia 30 de junho de 2021.

A decisão também proíbe o cancelamento da tarifa social de quem atualmente tem o benefício. Essa tarifa concede descontos na conta de luz para as famílias de baixa renda. Nela o consumidor recebe um desconto mensal na conta de luz que varia de acordo com a tabela de consumo.

Essa medida é válida apenas para os consumidores de baixa renda cadastrados na Tarifa Social, unidades de saúde, como centros de armazenamento de vacinas e hospitais, além de locais que abriguem equipamentos essenciais à vida.  

Quem tem direito:

– Famílias inscritas no Cadastro Único com renda mensal menor ou igual a meio salário-mínimo por pessoa;

 – Famílias com portador de doença que precise de aparelho elétrico para o tratamento com renda mensal de até três salários-mínimos;

– Famílias com integrante que receba o Benefício de Prestação Continuada.

Essa proibição do corte de energia elétrica não isenta os consumidores do pagamento pelo serviço, mas tem como objetivo garantir a continuidade do fornecimento àqueles que não têm condições de pagar a conta nessa pandemia.

 

Importante

Não acontecerá também a suspensão do prazo para o corte de energia de faturas antigas. Com isso, os consumidores passam a dispor de mais tempo para pagar suas contas.

 

O corte água também está proibido (leia aqui). 

 

Foto: Reprodução / Site Suno

Prepare o bolso: conta de luz fica mais cara em dezembro após decisão da Aneel

A energia elétrica está mais cara em dezembro, após decisão da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira, 30. Foi estabelecida a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Em maio deste ano, em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Aneel tinha decidido manter a bandeira verde acionada até 31 de dezembro, mas a queda no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas e a retomada do consumo de energia levaram à revisão.

Sistema de bandeiras tarifárias

Criado pela agência, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no país.

Quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) está favorável, aciona-se a bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2.

“Com o anúncio da bandeira vermelha patamar 2 é importante que os consumidores busquem evitar o desperdício de água e energia”, disse o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

 

Foto: Reprodução/Pixabay

 

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Aneel não vai cortar luz por falta de pagamento durante pandemia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que o corte no fornecimento de energia para inadimplentes ficará suspenso pelo período de três meses, devido ao estado de calamidade pública provocado pelo coronavírus. Medida faz parte de um conjunto de ações com 90 dias de validade, com a intenção para combater os impactos da covid-19 na economia,

Ela vale para pessoa física e serviços e atividades consideradas essenciais, como hospitais, unidades dos bombeiros, polícia civil e militar. No entanto, a agência lembra que a cobrança continuará devido, sendo impedido somente a interrupção do fornecimento.

“É importante destacar que isso não impede medidas de cobranças de débitos vencidos, previstas na legislação, inclusive a negativação do inadimplentes em cadastros de crédito”, pondera o órgão, em comunicado.

Outras ações que devem ser realizadas, segundo a Aneel, incluem:

– suspensão da entrega mensal da fatura impressa, com obrigação de apresentá-la em canais remotos;

– evitar atendimento presencial ao público e ampliar atendimento remoto (telefone, internet, aplicativo);

– prioridade para religamento de serviços essenciais;

– suspensão do descadastramento de famílias da tarifa social;

– elaboração de planos de contingência específicos para atender hospitais e locais usados para o tratamento da população.