Vigilância sanitária faz apreensão de alimentos no Rock in Rio

“A vigilância sanitária do Rio de Janeiro invadiu o meu estande no Rock in Rio com quase 15 pessoas e decretou que os queijos brasileiros, bem como a charcutaria brasileira da melhor qualidade, meus fornecedores há pelo menos 20 anos, não são bons o bastante para comercialização”, assim começa um texto em tom de desabafo postado no facebook pela chef Roberta Sudbrack.

A ação relatada pela profissional em seu perfil ocorreu ontem, sexta-feira (15), após uma inspeção que, segundo a chef, jogou fora mais de 80 quilos de linguiças, além de queijos e outros alimentos. A profissional alega que estava tudo dentro do prazo de validade.

Roberta é conhecida internacionalmente por já ter sido eleita a melhor chef da América Latina – no prêmio ‘Latin’s America 50 Best Restaurants’ – e também por ter comandado a gastronomia do Palácio Alvorada, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso.

Em seu perfil no Facebook, Sudbrack desabafou sua indignação: “Faltava 1 carimbo, um selo, uma coisa qualquer. Estou fechando a minha operação no Rock in Rio porque a minha ética, o meu profissionalismo e as minhas convicções não me permitem ver uma cena dessas. Comida da melhor qualidade sendo jogada fora enquanto tantas pessoas morrem de fome no mundo”, disparou.

Procurada, a Vigilância Sanitária confirmou que realizou a operação, mas negou que tenha descartado os produtos e que houve apenas a apreensão. Segundo o órgão, a mesma fiscalização ocorreu em várias cozinhas e estandes do festival e, assim que possível, divulgará um balanço final.

 

Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão em produtora de artistas sertanejos

A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na empresa AudioMix, em Goiânia, na manhã desta terça-feria (20/9). A ação é parte da operação Maus Caminhos, da PF do Amazonas, que visa desarticular uma organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 112 milhões do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas. Também é alvo de busca a casa do dono da AudioMix, Marcos Araújo. Segundo a PF, a empresa era utilizada pelo alvo principal do esquema desarticulado pela Maus Caminhos, o empresário Mohamad Mustafa, para lavar dinheiro oriundo dos desvios milionários da área de Saúde do Amazonas.

A AudioMix é uma empresa especializada no gerenciamento da carreiras de grandes nomes da música pop e sertaneja no Brasil. Entre eles, Jorge e Mateus, Guilherme e Santiago, Israel Novaes e outros. “Com sede na cidade de Goiânia (GO), que é considerada o berço da música sertaneja, a AudioMix conta com empresas co-irmãs, abrangendo praticamente todas as áreas do show business, permitindo a realização de serviços especializados e direcionados ao perfil de cada um dos artistas. As empresas co-irmãs são: AudioMix Eventos, AudioMix Digital, AudioMix Records, Grantur e Tic Mix, todas voltadas ao segmento artístico   facilitando o atendimento junto a parceiros e contratantes de shows”, diz o site da empresa.

“AudioMix é uma empresa goiana que trabalha com produção, planejamento, marketing, vendas, gestão de carreira e realização de shows no Brasil e no exterior.  O sonho de Marcos Araujo, o ‘Marquinhos’ como é conhecido no show business, começou a se concretizar no ano de 2000, quando o empresário idealizou este projeto e colocou em pratica suas ideias arrojadas e inovadoras, o que fez se destacar no mercado, por isso hoje a Audio Mix é considerada a maior empresa de gerenciamento artístico na música brasileira”, completa o site oficial da empresa.

A Maus Caminhos cumpre 13 mandados de prisão preventiva, 04 mandados de prisão temporária, 03 conduções coercitivas, 41 mandados de busca e apreensão, 24 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (aproximadamente 30 milhões), 31 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis (aproximadamente 50 milhões), todos expedidos pela Justiça Federal do Amazonas.

Por meio de uma entidade social sem fins lucrativos, o Instituto Novos Caminhos (INC), o grupo driblava os procedimentos licitatórios do setor de Saúde estadual e contratava empresas prestadoras de serviços utilizadas para desviar valores a serem investidos no atendimento à população. Somente nos últimos dois anos, o INC recebeu R$ 220 milhões do governo estadual. O montante representa quase 25% do total de recursos do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas.

De acordo com a PF, o dinheiro desviado proporcionava aos alvos investigados uma vida de ostentação e possibilitava a aquisição de bens móveis e imóveis de alto padrão, como mansões, veículos importados de luxo e até mesmo um avião a jato e um helicóptero, que serão apreendidos e/ou sequestrados ao longo do dia.

A assessoria de imprensa da Audio Mix informou que Marcos foi intimado para “falar sobre a relação comercial que mantém com o empresário Mouhamad Moustafá que tem porcentagem em quatro artistas sertanejos” da empresa. O comunicado destaca ainda que logo em seguida, o dono da empresa deixou local. (com informações do G1 e UOL)