Tsunamis no litoral grego desvendam templo perdido de Poseidon

Um grupo de arqueólogos identificaram antigas ruínas desenterradas na Grécia, em Elis. No local, os historiadores encontraram o templo perdido de Poseidon de Samikon, descrito na obra do geógrafo grego antigo, Estrabão. 

Foram desenterradas partes da fundação de um grande edifício, onde funcionou um importante centro comercial e político há cerca de 11,6 mil anos. As paredes, cuidadosamente construídas, têm 0,80 metros de largura.

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As primeiras descobertas datam as ruínas do período Arcaico, que corresponde às descrições de Starbo de uma Liga que lutou em três Guerras Sagradas centrada em torno de um santuário de Poseidon nesta região.

“O grande edifício alongado não pode ser nada além de um templo arcaico localizado no local do santuário de Poseidon, talvez até dedicado ao próprio deus.”, explicou a Seção de Atenas do Instituto de Arqueológico Austríaco em post no Facebook. 

Segundo pesquisadores, o santuário dedicado ao Deus Olímpico dos Sete Mares, Poseidon, era o centro religioso da Liga Anfictiônica de Triphylia. Para os arqueólogos, a descoberta lançará luz sobre a importância política e econômica da anfictônia do século VI a.C, já que o santuário de Poseidon em Samikon formou o centro de sua identidade religiosa e étnica.

O programa de pesquisa de cinco anos de escavação de Kleidi conclui apenas seu primeiro período de escavação. Logo, a pesquisa arqueológica no local onde o santuário perdido de Poseidon foi localizado tem previsão de duração até o ano de 2026.

Queijo de 2,6 mil anos é encontrado em túmulo no Egito

A última expedição arqueológica feita no sítio de Saqqara, no Egito, revelou que os egípcios também guardavam com empenho as riquezas gastronômicas da região. No dia 10 de setembro, blocos de queijo feitos há mais de 2,6 mil anos por antigos moradores foram descobertos em vasos de barros em um túmulo do local. 

Os arqueólogos encontraram, gravados do lado de fora dos recipientes que guardavam a iguaria, palavras de uma escrita egípcia denominada demótica, difundida entre as 26ª e 27ª dinastias do Egito, entre 664 a 404 a.C. As informações são do Correio Braziliense.

Atualmente, os blocos de queijo são chamados de halloumi, uma iguaria feita com leite de cabra e de ovelha e tem uma textura “esganiçada”, como se mordesse a sola de um tênis novo. No entanto, antigos egípcios chamavam o prato de haram e, na era copta, de haloum. O prato ganhou o maior destaque no século XVI, quando se tornou popular no Mediterrâneo Oriental.

De acordo com os pesquisadores, o halloumi encontrado neste mês quase alcançou o título de queijo mais antigo encontrado por arqueólogos, mas perdeu o prêmio para uma descoberta feita em 2018, de uma peça composta por laticínios datada de 3.200 anos. Ainda há outras dezenas de vasos descobertos na expedição a serem abertos e os pesquisadores não têm palpites se o interior dos objetos de barro também é ocupado por blocos de queijo ou outras iguarias.

 

Sítio arqueológico de Saqqar

A área em que o halloumi foi descoberto se tornou um sítio arqueológico em 2018, quando começaram a ser encontrados artefatos e túmulos egípcios na região. De lá para cá, já são cinco temporadas arqueológicas promovidas pelo Ministério do Turismo e de Antiguidades do país.

Já foram encontrados sete túmulos rochosos, figuras e estátuas do antigo Egito e o túmulo do sacerdote Wahiti. Apenas em 2020, a equipe arqueológica encontrou mais de 100 caixões de madeira junto com 40 estátuas do deus Saqqara.

 

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Foto de capa: Reprodução/Ministério do Turismo e da Antiguidade

Exposição gratuita retrata os povos que habitaram Goiás há 11 mil anos

Promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no estado de Goiás (Iphan-GO), Goiânia recebe mostra que revela detalhes de como viviam os primeiros habitantes do estado de Goiás. Intitulada “Goiás: 11 mil anos”, a exposição será lançada na quarta-feira, 24 de agosto, mês em que se comemora o Patrimônio Cultural Brasileiro. A exposição, será montada na sede do próprio Instituto e terá entrada gratuita. A experiência visa permitir uma viagem no tempo por meio de objetos arqueológicos que retratam os aspectos culturais e o modo de vida das populações humanas que ocuparam a região desde 11 mil anos atrás. 

 

São mais de 100 peças vindas de sítios arqueológicos localizados em Goiânia, no setor Vale dos Sonhos, e em outros 25 municípios compõem a exposição. Dentre os artefatos, estão pontas de flechas, carimbos corporais, cachimbos, adornos de pedra-sabão, urnas funerárias e outros, disponibilizados por Instituições de Guarda e Pesquisa de Bens Arqueológicos situadas no estado de Goiás para compor a exposição.

 

Além das peças, uma linha do tempo traz os principais marcos históricos e períodos vivenciados por homens, mulheres e crianças identificados como: caçadores e coletores; agricultores e ceramistas; e, por fim, sociedade ibero-americana e afro-brasileira. A história de ocupação humana no estado de Goiás está representada por objetos de pedra, argila, metal, vidro, cerâmica branca, louças, além de pinturas e gravuras rupestres encontradas em paredões de sítios  arqueológicos.

   

O patrimônio arqueológico faz parte do patrimônio cultural material e engloba os vestígios e os lugares relacionados a grupos humanos pretéritos responsáveis pela formação identitária da sociedade brasileira. Eles são representados por sítios arqueológicos, peças avulsas, coleções e acervos que podem ser classificados em bens móveis e imóveis. Só no estado de Goiás, existem 1530 sítios arqueológicos cadastrados no banco de dados do Iphan.

  

Após o lançamento, a exposição será aberta ao público, e possibilitará também a visita de grupos de alunos, mediante agendamento. Atividades de integração voltadas ao reconhecimento das culturas serão realizadas com os visitantes através de mediadores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). O espaço da exposição está adaptado para receber pessoas com deficiência

 

 

Serviço

 

O que: “Mostra Goiás: 11 mil anos”

Quando: Lançamento, quarta-feira (24), às 18h 

Onde: Superintendência do Iphan-GO – Praça Doutor Pedro Ludovico Teixeira, nº 210, Setor Central. Goiânia-GO

Período de visitação: A partir de agosto (tempo indeterminado)

Horário: de segunda a sexta-feira, de 08h às 12h – 13h às 17h

Escolas: Necessário agendamento por meio do telefone: (62) 3224-1310

 

 

Foto: Clenon Ferreira

Pesquisadores descobrem vestígios da Era dos Dinossauros em Goiás

Um grupo de pesquisadores goianos descobriram vestígios da Era dos Dinossauros, de animais que habitavam o sul do estado há aproximadamente 93 milhões a 66 milhões de anos, durante o período Cretáceo. Há bem pouco tempo não existia a comprovação da existência de dinossauros por aqui e a descoberta coloca Goiás no mapa mundial dos dinossauros, dando visibilidade às pesquisas e locais. 

 

O trabalho de campo  foi encabeçado pela Universidade Federal de Goiás, em parceria com o Museu Antropológico da UFG e o resultado foi publicado em forma de artigo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de Edimburgo na Universidade Nacional da Colômbia com o título:  Late Cretaceous Bauru Group biota from Southern Goiás state, Brazil: history and fossil content foi publicado na revista Earth Sciences Research Journal (Impact Factor: 0.541 – Qualis nova B1). O artigo reúne, pela primeira vez, todo o conhecimento sobre os animais e vestígios de plantas da Era dos Dinossauros do estado de Goiás. 

 

Os materiais paleontológicos encontrados são do grupo dos saurópodes – os herbívoros titanossauros, aqueles gigantes pescoçudos e com longas caudas e cabeça pequena, quadrúpedes, considerados um dos maiores animais da Terra, e também dos terópodes (parecidos com os tiranossauros), bípedes e considerados um dos maiores carnívoros do planeta.   “No final da década de 1970 tínhamos especulações sem comprovações”, revela o coordenador da pesquisa, o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Carlos Roberto dos Anjos Candeiro. 

 

Os trabalhos em campo foram incrementados entre os anos de 2013 e 2018 e resultaram em um grande aumento nas descobertas de fósseis, o que permitiu um maior conhecimento da fauna e da flora e em uma adição significativa de novos registros de vertebrados do Cretáceo Superior do Grupo Bauru. “Nossas novas descobertas aumentam os dados comparativos necessários para entender a composição faunística do Brasil Central e a distribuição dos vertebrados nesta área durante o Cretáceo”, diz Candeiro.

 

O estudo ainda apresenta uma síntese atualizada dos registros de plantas, gastrópodes (semelhantes a caramujos), tartarugas, crocodilos, titanossauros e dinossauros terópodes e marcas de raízes de plantas deste importante período, até pouco tempo desconhecidos em Goiás.

 

Conta também a história da paleontologia do Grupo Bauru (Cretáceo Superior) em um resumo estratigráfico e com registros fósseis da biota local. Grupo Bauru é um nome que se dá para um conjunto de rochas onde se encontram dinossauros e outros materiais paleontológicos localizadas no sul de Goiás, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e oeste de São Paulo, que são semelhante à de depósitos da região do Triângulo Mineiro, oeste do estado de São Paulo e até mesmo na Argentina.

 

 

 

Toda descoberta foi feita na região sul do estado de Goiás. De acordo com o professor,  uma área promissora para futuras descobertas de fósseis do Cretáceo.

 

 

 

 

Bons de copo: arqueólogos descobrem cervejaria de 5000 anos no Egito

Se você não sabia, agora você sabe: os egípcios eram grandes amantes da cerveja. Entretanto, descobertas recentes provam que essa civilização dominava não somente o consumo da bebida, mas também a produção em larga escala. 

Uma equipe composta por arquéologos egípcios e americanos encontrou o que, provavelmente, é uma das mais antigas fábricas de cerveja do mundo. Localizada na antiga cidade de Abydos, no Egito, as ruínas da cervejaria remontam ao reinado de Narmer, cerca de 3100 anos antes de Cristo. 

Estrutura

Segundo Mostaa Waziry, secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, o local descoberto conta com oito grandes áreas de produção de cerveja, cada uma com cerca de 40 baldes de barro, dispostos em duas fileiras. Esses recipientes eram utilizados para aquecer os grãos e a água, originando a bebida. 

Pela estrutura da fábrica, a cervejaria era capaz de produzir cerca de 22,4 mil litros da bebida de uma só vez. O local havia sido descoberto no século 20 pelo árqueologo britânico T. Eric Peet, mas na época, pensava-se que os baldes eram utilizados somente para secar grãos, em uma técnica para protegê-los contra o apodrecimento. A recém descoberta comprova as teorias sobre a existência da enorme cervejaria nessa região. 


Unidades de produção encontradas na expedição, cada uma incluia cerca de 40 potes de cerâmicas em duas fileiras | Foto: Reprodução/Reuters

A cerveja na civilização egípcia

Matthew Adams, da Universidade de Nova York e um dos líderes da missão que fez o descobrimento, disse que os pesquisadores acreditam que a cerveja fosse usada em rituais de enterros reais dos primeiros reis egípcios. Escavações anteriores na mesma área indicaram que a bebida era parte de rituais de sacrifícios e eventos religiosos.

Erguido durante o período dinástico do Rei Narmer (ente 3273 – 2987 a.C), conhecido por unificar o Egito, a bebida produzida na cervejaria era base alimentar da época, Considerada um produto das elites, a qualidade da cerveja diferenciava as classes, pois a bebida dos ricos possuía mais nutrientes que a cerveja distribuída para a plebe.

Consumida por crianças e idosos, as propriedades naturais da bebida eram também apreciadas como remédio e utilizada como moeda para escambo em certas comunidades. De acordo com especialistas em cerveja, a bebida era mais popular que a própria água em certas regiões, pois nesse período, a água geralmente era contaminada. 

Origem da cerveja na civilização

As raízes da cerveja alcançam o antigo Egito e as tribos Sumérias. Muitos estudiosos consideram os Sumérios como inventores da cerveja, isto porque as pessoas nesse período consumiam um líquido fermentado a partir do pão, originando uma bebida muito amarga, não filtrada e turva.  

De acordo com o site C’omo Fazer Cerveja’, no Egito, fabricar cerveja era tão importante que os escribas tinham hieróglifos específicos para o termo ‘cervejeiro’. Além disso, alguns textos médicos egípcios apresentam mais de cem prescrições diferentes prescrevendo a cerveja como remédio. 

Com informações da CNN, Superinteressante e IstoÉ 

Arqueólogos descobrem múmia intacta no Egito de aproximadamente 3600 anos

O Ministério de Antiguidades anunciou nesse domingo (13/11) que arqueólogos espanhóis descobriram uma múmia faraônica milenar em bom estado numa tumba perto de Luxor, no sul do Egito.

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A descoberta aconteceu perto de um templo construído pelo faraó da dinastia 18, Tutmés III (1479-1425 a.C.), no leste de Luxor, um museu a céu aberto a 700km do Cairo.

Segundo comunicado no Ministério, “a múmia, muito bela, coberta por camadas de linho engessadas, está em ótimo estado”.

Ela foi encontrada em um sarcófago de madeira de cores vivas, em uma tumba que poderia ser do Terceiro Período Intermediário (1075 a 664 a.C.) e cujo proprietário seria um homem da nobreza, Amenrenef, que leva o título de “servidor da casa real”, segundo o texto.

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Luxor, cidade de 500 mil habitantes no sul do Egito, é famosa por seus templos faraônicos às margens do rio Nilo.