Goiânia recebe espetáculo “A trança perdida”

No coração da capital de Goiás, o solo de dança da talentosa artista Anna Behatriz Azevêdo ganha vida. Na próxima sexta-feira, 15 de março, às 20h, no Centro Cultural da UFG (CCUFG), será apresentado esse espetáculo imperdível. A entrada é gratuita, e os ingressos podem ser retirados na bilheteria do teatro.

A Trança Perdida já percorreu as cidades de Goiás e Anápolis, conquistando tanto o público quanto a crítica. Agora, em Goiânia, temos mais uma oportunidade de mergulhar nas reflexões sobre o corpo por meio da dança. O projeto conta com o apoio financeiro do Fundo de Arte e Cultura de Goiás e inclui uma ação formativa online, voltada para docentes de artes e interessados, que explora o processo criativo por trás desse solo.

A expectativa da artista Anna Behatriz é enorme. A Trança Perdida mescla dança contemporânea e performance, provocando reflexões sobre memória e afeto no público. No palco, os tempos se entrelaçam, e memórias afetuosas vivenciadas por Ana e pela própria artista quando criança emergem. O gesto de manejar os cabelos das crianças para catar lêndeas e piolhos desencadeia imaginações e estados de corpo. Conversas dos adultos surgem enquanto os cabelos são cuidadosamente manejados. E, em meio a essas lembranças, a artista escuta falar sobre uma trança: um pedaço do cabelo de sua mãe, cortado quando ela tinha apenas 12 anos em 1967, guardado e esquecido por muito tempo.

Além disso, o projeto oferece uma ação formativa intitulada “Vivência entre Fios e Memórias: Orientações para Práticas em Processos de Criação”. Esse material didático gratuito, disponível no site da Anna Behatriz e em suas redes sociais (@annabehatriz.artista), inclui audiodescrição e quatro sugestões de leitura. Ele é dividido em “3 caminhos”, cada um relacionado a uma fase do ciclo de vida do cabelo: crescimento, involução e repouso. Cada caminho é acompanhado por um vídeo com orientações valiosas.

Feira de Ciências, Arte e Cultura reúne mais de 1.500 alunos em Goiânia

Em um evento que marcou o calendário educacional de Goiânia, a escola canadense Maple Bear realizou sua Feira de Ciências, Arte e Cultura, no último dia 16 de setembro, nas unidades Marista I, Marista III e Plateau d’Or. A feira reuniu cerca de 1.500 alunos, que não pouparam criatividade e inovação em seus projetos, trazendo assuntos de grande relevância para o mundo adulto à tona.

Luiz Augusto Bastos Leão, coordenador pedagógico da unidade Marista III, ressaltou a importância do evento como um catalisador para o desenvolvimento da mentalidade empreendedora dos jovens estudantes. Paralelamente, a coordenadora pedagógica Mayra Maia sublinhou que até mesmo os alunos da educação infantil participaram ativamente, numa busca por fomentar desde cedo o espírito investigativo e criativo.

A feira apresentou uma gama de projetos que abrangiam desde tecnologia até ciências naturais:

  • Drones no Âmbito Agrícola: Alunos realizaram demonstrações práticas dos benefícios da inserção de drones em processos produtivos agrícolas, um recurso tecnológico que eles próprios programaram para destacar seu potencial em aumentar a eficiência nas lavouras.

  • Descobertas Subatômicas e O Fascínio pelo Magnetismo: Uma Câmara de Nuvens foi usada para identificar partículas subatômicas, e um motor elétrico construído pelos estudantes serviu para ilustrar a geração de energia por meio do magnetismo, explorando conceitos profundos de física e química.

  • Réplicas de Animais da Amazônia: O meio ambiente não ficou de fora, sendo representado por réplicas realistas de animais da região amazônica, confeccionadas com material reciclado. A exposição contou também com uma imersão sensorial que recreava o clima amazônico e uma colaboração especial com a PUC-GO na exposição “Bichos do Brasil”.

  • Quebra-Cabeças Cultural: A rica diversidade cultural brasileira foi celebrada através de quebra-cabeças que retratavam diferentes regiões do país, um projeto que ainda ofereceu aos alunos a chance de levar para casa uma lembrança palpável do aprendizado adquirido.

  • Maquetes Tecnológicas: Maquetes que ilustravam satélites, drones e energia eólica, todas confeccionadas com materiais recicláveis, ofereceram uma visão tridimensional das inovações tecnológicas contemporâneas.

  • Intercâmbio Cultural através de Álbuns de Figurinhas e Mural Interativo: Este espaço incentivou a troca de conhecimentos sobre diferentes culturas de uma forma lúdica e colaborativa, enquanto promovia a arte e a criatividade.

  • Experiência “Chuva de Neve”: Um projeto que trouxe as quatro estações do ano para o espaço da feira, com uma máquina que simula neve, permitindo que os alunos vivenciassem a magia do inverno de maneira sensorial e educativa.

  • Engajamento com Jogos Virtuais: Este espaço proporcionou aos alunos do 1º ano do ensino fundamental a oportunidade de interagir com histórias lidas em sala de aula por meio de jogos virtuais, criando uma experiência de aprendizado imersiva e divertida.

Com uma agenda repleta de inovação e criatividade, a Feira de Ciências, Arte e Cultura da Maple Bear Goiânia proporcionou uma jornada de descobrimentos e aprendizado, demonstrando o alto nível de comprometimento e talento dos alunos envolvidos, e fornecendo uma visão encorajadora para o futuro da ciência e da tecnologia.

Goiânia recebe espetáculo circense gratuito que celebra a arte a o empoderamento negro

No próximo dia 24 de setembro, começa a terceira edição do evento que tem no centro de todas as atrações e produções artistas e artesãos negros, e faz a junção de vários tipos de artes como música, dança, circo, culinária, artes visuais e artesanato.Trata-se do Mercado de Àkesan, promovido pelo Orum Aiyê Quilombo Cultural, fundado por Raquel Rocha e Marcelo Marques, na região Norte de Goiânia e tem como objetivo promover ações que potencializam o protagonismo, formação, produção e empoderamento artístico preto, visando a luta anti-racista.

 

O evento começa às 14h00 e conta com uma feira preta que comercializará diversos produtos incríveis, além de oferecer palco aberto e sempre uma apresentação encerrando o dia. A entrada é franca e Orum Aiyê está localizado no Residencial Nossa Morada, na região Norte de Goiânia.

 

Cauê Marques é a primeira atração do evento, com o número circense de tecido acrobático “Outro Olhar”. A performance apresenta uma referência sensível e forte do homem e seu lugar na sociedade. Os elementos em cena questionam ideais estabelecidos sobre a masculinidade. “O número enfatiza a ideia de que a aparência externa não nos define e que a fragilidade e a força caminham juntas. A masculinidade frágil pode ser definida como o medo e a ansiedade sentidos por homens que acreditam não cumprir os padrões sociais e culturais de masculinidade”, afirma Cauê. 

 

 

Mercado de Ákesán é um evento afrocentrado, Seu principal objetivo é criar oportunidades de renda para afroempreendedores, valorizar a produção artística em Goiás e promover a troca cultural, incluindo artistas de diferentes estados e nacionalidades. O evento busca desafiar as estruturas racistas predominantes, dando destaque ao protagonismo negro em sua construção.

 

As próximas edições do evento incluem a participação do renomado mestre Tião Carvalho, uma aula espetáculo de dança africana com o artista beninense Setchegnon Sokenou e a exposição Aláfia da artista Rafaela Rocha. “Trazer tantos talentos reconhecidos para nosso Quilombo cultural alicerça a nossa luta antirracista e colabora para a promoção da arte preta. Ao mesmo tempo, fortalece a construção de novas subjetividades para as demais pessoas negras que frequentam o Orum Aiyê”, comenta Raquel – produtora cultural e artista do evento, sobre a escolha das atrações. Essas atrações contribuem para fortalecer a luta antirracista e promover a arte negra, além de criar novas perspectivas para as pessoas negras que frequentam o evento.

 

 

Serviço

Terceira edição do Mercado de Àkesán | Cauê Marques apresenta número circense “Outro Olhar”

Quando: 24 de setembro, domingo 

Onde: Orum Aiyê Quilombo Cultural, Rua 10 QdL Lt10 Residencial – Nossa Morada, Goiânia

Horário: A partir das 14 horas | Apresentação do número circense às 20 horas

Entrada Franca 

 

Fotos: Cinthia Oliveira 

 

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Artigo: Arte e cultura para a cidadania

 

Museu Zoroastro Artiaga: conheça o guardião da história de Goiânia

Fundado em 1946, no estilo Art Déco, apelidado também de “Zuza”, o Museu Goiano Zoroastro Artiaga está ligado à história da cidade de Goiânia intimamente. Sua fundação e trajetória estão enraizadas no contexto de criação da capital e no desejo de preservar a história e a cultura da região.

 

Sendo o primeiro museu do Estado de Goiás, o espaço desempenha um papel fundamental na preservação e promoção da memória e cultura da região. O edifício foi projetado, no início dos anos de 1940, e destaca-se pela arquitetura em estilo art deco. Sendo considerado um dos mais belos da cidade, um edifício bastante épico. 

 

Foto: Reprodução Desconhecida

 

História do Museu Zoroastro Artiaga

 

Criado com o objetivo de coletar, preservar e exibir objetos que representassem a história e a cultura locais. Possuindo um foco particular em arte sacra e religiosa, bem como em documentos históricos, se consolidou como um guardião da memória da região, conectando as gerações futuras às raízes e tradições que pertenceram à época da fundação da cidade.

 

A inauguração, em julho de 1946, foi marcada pela abertura da Exposição Permanente de Goiânia, composta por mostruários variados de produtos econômicos de Goiás, objetos de arte e documentários históricos.

Mas, só em 1965, o Museu Estadual de Goiás passou a ser chamado pelo nome atual, em homenagem ao pesquisador e professor Zoroastro Artiaga, o primeiro diretor. Um importante historiador, advogado e professor goiano. Zoroastro Artiaga dedicou-se à pesquisa e à documentação da história e da cultura de Goiás.

 

O museu também ajuda a contar a história de Goiânia, mostrando como a cidade se tornou essa grande capital, ao mesmo tempo em que valoriza as influências culturais que moldaram a região ao longo do tempo.

 

A exposição do museu se destinou nos seguintes segmentos: a parte histórica; parte econômica e parte turística. O grupo de organização do museu trabalhou em várias frentes: geologia mineral, fauna, arqueologia, documentação, arquitetura, química, indústria manufatureira, fósseis, flora, agricultura, pecuária, antropologia e indígenas de Goiás.

 

História de seu diretor

 

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Zoroastro Artiaga foi uma figura essencial na história de Goiás, deixando uma marcante contribuição para a cultura local e regional. Nascido em 29 de maio de 1891 em Itaberaí, cidade interiorana de Goiás, e falecido em 26 de fevereiro de 1972 em Goiânia, sua influência perdura na história do estado. Filho de Zoroastro Artiaga Filho e Jovita Inocência Furtado de Lima Artiaga, construiu uma carreira múltipla e impactante.

Com educação em Direito, Ciências Jurídicas e Sociais na Universidade Federal de Goiás, além de cursos especializados em diversas áreas como Geologia e Economia, realizados no Rio de Janeiro e São Paulo, sua carreira pública foi marcada por cargos influentes como telegrafista, tabelião, lente de Direito Civil e diretor de instituições relevantes.

 

Seu legado mais duradouro reside como autor e defensor da cultura e história de Goiás. Escreveu notáveis livros, incluindo “História de Goiás” e “Geografia Econômica, Histórica e Descritiva do Estado de Goiás”. Seu compromisso com a preservação do patrimônio cultural inclui a criação do Museu das Bandeiras e contribuições para a restauração de monumentos históricos.

 

Reconhecido por seus méritos como a Medalha de Honra ao Mérito da Presidência da República e a Medalha Paulista, sua dedicação se estendeu ao processo de interiorização da capital federal, colaborando com o Diretório Regional de Goiás.

 

Sua influência na educação e cultura é notável como membro fundador de várias faculdades e envolvimento com a imprensa e academias literárias. Como historiador e defensor do patrimônio cultural, sua influência perdura, destacando-o como figura proeminente na rica história de Goiás.

 

O Museu Estadual de Goiás passou a homenageá-lo em 1965, em reconhecimento à sua contribuição como pesquisador e professor. A gestão do Museu ficou sob seu comando nos primeiros onze anos da instituição (1946-1957).

 

Seu profundo interesse pela história de Goiás o levou a pesquisas extensivas em arquivos e registros históricos, compartilhando descobertas por meio de artigos e obras escritas. Defendeu a valorização do patrimônio cultural, reconhecendo a importância de preservar tradições e história que moldaram a identidade da região.

 

Sua marca também se estende à educação das novas gerações, compartilhando conhecimento sobre a história e cultura de Goiás. Filiado à Academia Goiana de Letras e à Sociedade Goiana de Estudos Históricos e Geográficos, promoveu o avanço da pesquisa histórica e cultural.

 

A homenagem ao nome de Zoroastro Artiaga no “Muza” é um testemunho duradouro de sua dedicação à preservação e promoção da cultura e história de Goiás. O museu oferece uma variedade de alas temáticas que iluminam diferentes aspectos da história e cultura do estado, enriquecendo a compreensão dos visitantes sobre essa riqueza e diversidade.

Além disso, o “Muza” participa ativamente de parcerias educacionais e projetos com escolas e universidades, como contação de histórias, projetos musicais e palestras.

 

Com o avanço da tecnologia, o museu também possui redes sociais e site. Veja algumas obras que o museu possui, publicadas por eles mesmos. 

 

Roda de Fiar (Acervo MUZA, 2021)

Foto: Reprodução Instagram @museugoianozoroastroartiaga

 

Tear Horizontal e Balança (Acervo MUZA, 2021)

Foto: Reprodução Instagram @museugoianozoroastroartiaga

 

 

Fauna Goiana (Acervo MUZA)

Foto: Reprodução Instagram @museugoianozoroastroartiaga

Etnologia Indigena (Acervo MUZA)

Foto: Reprodução Instagram @museugoianozoroastroartiaga


Retrato Pictórico de Zoroastro Artiaga

Foto: Reprodução Amauri Menezes

 

O Museu Atualmente

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Hoje, o Museu Zoroastro Artiaga continua a ser um farol cultural, iluminando a jornada de visitantes, estudantes e curiosos, proporcionando-lhes uma oportunidade de se conectar com as raízes da região e de apreciar o patrimônio artístico e histórico de Goiás. Com seu compromisso em educação, parcerias com escolas e universidades, e uma diversidade de exposições, o museu transcende o tempo, lembrando a todos da riqueza e diversidade que constituem o Estado de Goiás.

 

Serviços

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 13 – St. Central, Goiânia – GO

 

Horário de Funcionamento: Terça – Quinta, 08:00h -18:00h

Sábado e Domingo, 08:00h – 17:00h

 

Telefone: (62) 3201-4675

 

E-mail: [email protected]

 

Site: http://museugoianozoroastroartiaga.blogspot.com/ 

O Curta Mais não se responsabiliza por eventuais mudanças. Consulte sempre antes de sair de casa!  

 

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Aldeia Sesc de Artes em Goiânia: programação, ingressos e tudo que você precisa saber

A Aldeia Sesc de Artes chega em sua 10º edição e promete surpreender com mais de 60 atrações e nomes consagrados no cenário artístico brasileiro e goiano. Veja a programação que já foi divulgada e mais detalhes..

A Aldeia Sesc de Artes é um projeto cultural que tem como objetivo levar arte e cultura para todos os públicos, em diversos locais da cidade. Nesta edição, serão dez dias de evento, com várias linguagens artísticas, como música, teatro, circo, dança, intervenções culturais e muito mais.

Para celebrar seus 10 anos, a Aldeia Sesc de Artes preparou uma programação especial com artistas consagrados da música e da dramaturgia. Nomes como Alcione, Lenine, Marcelo Serrado, Cláudia Abreu, Letícia Sabatella e Daniel Dantas já estão confirmados para o evento. Mas não são só os artistas nacionais que estarão presentes na Aldeia. Artistas goianos também são destaque na programação. A dupla sertaneja Igor e Ian fará a abertura da Aldeia no Sesc Centro. Grupo Zabriskie, DJ Pri Loyola, Diego Mascate e Pádua são outros nomes confirmados.

A programação da Aldeia Sesc de Artes é pensada para abraçar todos os públicos, desde as crianças até os adultos. E o melhor de tudo é que grande parte das atrações serão gratuitas. Para as apresentações pagas, o valor máximo do ingresso é R$45. Veja mais informações AQUI.

Durante os dez dias de evento, o público poderá conhecer novos lugares da cidade e aprender mais sobre arte e cultura. A Aldeia levará atrações para lugares como a Associação de Idosos do Balneário, Parque Macambira, Parque Leolídio di Ramos Caiado, Teatro Goiânia, Teatro Madre Esperança Garrido, entre vários outros pontos de Goiânia.

 

Serviço

10º edição Aldeia Sesc das Artes

Data: 1º a 10 de julho

Abertura dia 1º de julho, no Sesc Centro (Rua 15), a partir das 12h

Site: sescgo.com.br

Instagram: @sescgo

 

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Foto de Capa: Divulgação