Descoberta de ilhas submersas pode explicar lenda de Atlântida
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Geológico e Mineiro de Espanha (IGME-CSIC) anunciou a descoberta de várias ilhas submersas na região da atual Espanha, que afundaram no oceano há milhões de anos. A descoberta foi realizada por um veículo operado remotamente (ROV) durante uma exploração no fundo do mar na costa leste de Lanzarote, uma das Ilhas Canárias.
As ilhas foram localizadas em uma montanha subaquática de aproximadamente 50 quilômetros de diâmetro, que abriga três vulcões inativos. A base da montanha está situada a cerca de 2,3 km abaixo da superfície do oceano.
A equipe de pesquisa constatou que as ilhas continuam afundando lentamente. Segundo os cientistas, elas teriam sido habitáveis entre 56 e 34 milhões de anos atrás. O afundamento gradual ocorreu após o término das erupções vulcânicas, quando a lava solidificada se tornou mais densa.
Durante a exploração, foram encontradas características geológicas preservadas, como praias, penhascos e dunas de areia. Essas formações indicam que a areia que cobre as rochas vulcânicas foi depositada enquanto as ilhas ainda afundavam. Algumas das praias estão localizadas a apenas 60 metros abaixo da superfície do oceano.
Os pesquisadores agora planejam analisar as amostras coletadas para datar as rochas vulcânicas e determinar o início do afundamento das ilhas. A descoberta gerou uma conexão com a lenda de Atlântida, uma civilização mencionada por Platão no século IV a.C. e descrita como sendo uma grande ilha próxima à Península Ibérica que teria sido submersa como punição dos deuses.
Em homenagem à lendária civilização, o monte submarino foi denominado Monte Los Atlantes. O estudo tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre a atividade vulcânica e hidrotermal subaquática da região.
*Com informações portal Olhar Digital
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