Brasileiros estão viajando mais e escolhendo destinos surpreendentes, revela pesquisa

Nos últimos tempos, cada vez mais brasileiros têm arrumado as malas para viajar. De acordo com dados recentes, o número de viagens cresceu bastante, e o turismo dentro do próprio país está em alta. Muita gente tem preferido destinos mais próximos e familiares, buscando praias para relaxar ou visitas a parentes e amigos. Neste cenário, também surgem novas escolhas de transporte e hospedagem, adaptando-se à realidade atual. Vamos entender melhor o que está mudando nos hábitos de viagem do brasileiro e como isso reflete no turismo.

O crescimento das viagens e as preferências dos brasileiros

Segundo a reportagem do portal InfoMoney, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de viagens realizadas pelos brasileiros em 2022 chegou a 21,1 milhões, o que representa um aumento expressivo de 71,5% comparado ao ano anterior. Isso mostra que as pessoas estão voltando a viajar mais após um período de restrições. Além disso, os gastos com essas viagens cresceram 78,6%, somando R$ 20 bilhões no total. A maior parte desse dinheiro foi gasto em viagens dentro do Brasil, reforçando a ideia de que os brasileiros estão preferindo destinos dentro do próprio país.

Quando falamos de destinos, o que continua chamando a atenção dos turistas são as praias. O sol e o mar são responsáveis por motivar 46,2% das viagens, principalmente para quem busca lazer e descanso. No entanto, também está crescendo o interesse por passeios voltados para a cultura e a gastronomia, com as pessoas buscando experiências diferentes além da simples viagem para relaxar.

Embora as praias sejam o principal atrativo, o Brasil oferece uma grande diversidade de lugares e atividades que vão desde centros históricos até rotas gastronômicas. Muitos turistas têm buscado conhecer a culinária local, experimentando pratos típicos e visitando mercados, restaurantes e feiras que valorizam a comida brasileira. Além disso, o interesse por festivais culturais e eventos artísticos também tem aumentado.

Brasileiros viajando

Foto: Reprodução/ stevialifestevia

Novas escolhas de transporte e hospedagem

A pesquisa do IBGE também destacou mudanças importantes nas escolhas de transporte e hospedagem. Antes, o carro era o principal meio de transporte para muitas famílias, mas isso está mudando. O uso de ônibus e aviões aumentou, enquanto o uso de carros particulares caiu. Isso pode ser resultado tanto da busca por economia quanto pelo aumento das opções de transporte aéreo, que se tornaram mais acessíveis para muitas pessoas.

Quando se trata de onde se hospedar, muita gente ainda prefere ficar na casa de amigos ou parentes, especialmente em viagens de lazer. Segundo a pesquisa, 41,8% das pessoas que viajaram escolheram esse tipo de hospedagem. Essa escolha faz sentido, já que ficar com conhecidos acaba sendo mais barato e pode proporcionar uma experiência mais aconchegante e familiar. Por outro lado, em viagens a trabalho, hotéis e resorts continuam sendo as opções mais procuradas, já que oferecem mais conforto e praticidade para quem precisa de um lugar estruturado e tranquilo para descansar após um dia de compromissos.

Outro ponto importante é a questão dos destinos nacionais. Cerca de 97% das viagens feitas pelos brasileiros foram para lugares dentro do Brasil. Isso mostra que, apesar da vontade de conhecer outros países, as belezas e opções nacionais ainda são uma escolha bastante popular. A região Sudeste foi a que mais recebeu turistas, tanto em número de visitas quanto em valores gastos, mas o Nordeste se destacou por ter o maior gasto médio por viagem. Um bom exemplo disso é o estado de Alagoas, que tem atraído cada vez mais turistas dispostos a gastar um pouco mais para aproveitar suas praias e belezas naturais.

As viagens dentro do Brasil não só trazem alegria e momentos de descanso para os turistas, mas também são extremamente importantes para a economia do país. Cada vez que alguém viaja, seja para um destino próximo ou para outro estado, o dinheiro é movimentado em vários setores. Hotéis, restaurantes, transportes, e até o comércio local, todos se beneficiam desse aumento no número de viajantes.

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Após uma queda significativa de 26% em fevereiro, o setor de turismo mostrou sinais de recuperação em março, alcançando 184,6 milhões de visitas únicas em plataformas online e aplicativos, de acordo com análises de tráfego do Google.

O incremento nas visitas online reflete também um aumento no fluxo de turistas em locais físicos. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o tráfego aéreo no Brasil movimentou aproximadamente 7,5 milhões de turistas em março, um leve aumento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

As principais marcas que dominaram o tráfego online foram Booking, Azul e Latam, com destaque para a plataforma de reservas de acomodações Booking, que liderou com as maiores taxas de buscas orgânicas desde setembro de 2022, registrando 27 milhões de visitas em março. A Azul manteve a segunda posição, com 23 milhões de visitas, segundo o Relatório Setores do E-commerce.

A Latam Airlines, por sua vez, registrou o maior crescimento percentual entre as principais companhias aéreas, com um aumento de 18,2% em acessos. O incremento vem em um momento em que a companhia expandiu o número de voos nacionais e internacionais em resposta à demanda crescente por assentos aéreos, especialmente após a reestruturação da Gol. Em março, a Latam transportou cerca de 6,72 milhões de passageiros, marcando um aumento de 16,9% em relação a março de 2023.

No início de 2024, a Latam já havia começado o ano com um salto de 28,6% em acessos, consolidando-se entre as cinco marcas mais acessadas do setor e alcançando a terceira posição em março com 16 milhões de visitas, superando a TripAdvisor.

Os aplicativos também continuam a ter um papel crucial no setor de turismo, representando 20,8% do tráfego total do mês, o equivalente a mais de 38,5 milhões de acessos. Entre os mais populares, o app Voe Azul destacou-se com cerca de 13,3 milhões de acessos, correspondendo a 34,6% do tráfego total de aplicativos.