Como recuperar um pix errado?

Disponibilizado pelo Banco Central do Brasil, erros na realização dessas transações tornaram-se uma preocupação. Em setembro de 2023, o sistema registrou aproximadamente 3,9 bilhões de operações, refletindo sua popularidade entre os mais de 161 milhões de usuários ativos. Este artigo detalha os procedimentos para reverter um Pix enviado por engano.

Processo de Recuperação do Pix: Uma vez que o Pix é efetuado, ele não pode ser cancelado ou revertido pelo remetente, pois a transação é instantânea. A principal estratégia para recuperar um valor enviado erroneamente é entrar em contato com o destinatário e solicitar que ele utilize a função “devolver valor”, disponível em algumas instituições financeiras. Esta opção pode ser acessada no extrato do Pix recebido.

Identificação do destinatário do Pix:

A identificação do destinatário em uma transação Pix equivocada pode variar de acordo com o tipo de chave utilizada. No caso das chaves comuns, como CPF, e-mail ou número de celular, a identificação é mais direta, já que esses dados estão vinculados a uma pessoa ou entidade específica.

Por outro lado, quando se trata de chaves aleatórias, a situação se complica um pouco. A chave aleatória, também conhecida como Endereço Virtual de Pagamento (EVP), é um código alfanumérico de 32 caracteres, gerado aleatoriamente pelo Banco Central. Este tipo de chave é utilizado para oferecer maior segurança e privacidade, pois não expõe dados pessoais do usuário​​​​.

Para identificar o destinatário de um Pix realizado por chave aleatória, o caminho mais indicado é contatar a instituição financeira onde a transação foi realizada. Essa instituição terá acesso aos dados da conta vinculada à chave aleatória e poderá auxiliar na identificação do destinatário. No entanto, é importante lembrar que, por questões de privacidade e segurança, os bancos podem ter políticas restritivas quanto à divulgação de informações de seus clientes.

Além disso, a chave aleatória Pix tem algumas particularidades. Ela pode ser utilizada em várias transferências e, se necessário, o usuário pode excluir uma chave e gerar uma nova a qualquer momento, o que significa que a chave anterior deixa de estar ativa e vinculada à conta do usuário​​​​.

Também é importante saber que, apesar de a chave aleatória não fornecer dados pessoais inicialmente, antes de confirmar a transferência, o pagador pode verificar o nome completo do dono da chave. Isso ajuda a evitar erros nas transações​​.

Se você enfrentar dificuldades na identificação do destinatário em uma transação Pix com chave aleatória, a recomendação é buscar orientação junto à instituição financeira responsável pela sua conta e pela operação. Eles poderão fornecer as orientações necessárias para tentar resolver a situação

Ações legais em caso de recusa de devolução do Pix:

Em casos de recusa na devolução de valores recebidos por Pix equivocadamente, existem várias medidas legais que podem ser adotadas.

Primeiramente, é importante tentar resolver a situação amigavelmente. O Banco Central do Brasil aconselha que a primeira ação seja contatar o destinatário para solicitar a devolução do valor. No entanto, como o Pix é uma transferência irreversível, a devolução depende da vontade da outra parte. Caso o destinatário recuse, você pode procurar assistência da instituição financeira intermediária da transação​​.

Do ponto de vista legal, a situação pode ser enquadrada tanto na esfera civil quanto na penal. Na esfera civil, de acordo com os artigos 876 e 884 do Código Civil, a pessoa que recebe um valor via Pix por engano e não o devolve pode ser responsabilizada civilmente. Isso se baseia no princípio de que não é permitido o enriquecimento sem causa. Portanto, o indivíduo que retém valores indevidamente pode ser processado judicialmente e ser obrigado a retornar os valores com juros e correção monetária​​.

Na esfera penal, a retenção indevida desses valores pode configurar o crime de apropriação indébita, conforme o artigo 169 do Código Penal. Isso significa que a pessoa que não devolver o valor recebido indevidamente por Pix pode enfrentar processos criminais, com possíveis penas de detenção de um mês a um ano ou multa​​.

Cabe destacar que, em casos de golpes, fraudes ou problemas operacionais, existe o Mecanismo Especial de Devolução do Pix, que analisa a possibilidade de estornar a transferência. Nesse caso, a instituição financeira que realizou o Pix solicita a devolução à instituição destinatária​​.

É importante salientar que, em qualquer dessas situações, a assistência de um advogado especializado em direito digital e finanças pode ser crucial para orientar sobre os procedimentos legais adequados e aumentar as chances de uma resolução favorável.

Mecanismo especial de devolução (MED) do PIX:

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta essencial criada pelo Banco Central do Brasil para auxiliar vítimas de fraudes envolvendo transações Pix. Esse mecanismo oferece um processo mais ágil e seguro para recuperar valores em casos de fraudes, golpes ou crimes. Para acionar o MED, o cliente deve entrar em contato com sua instituição financeira em até 80 dias após a data da transação Pix suspeita. A instituição tem o prazo de sete dias para anal

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta essencial criada pelo Banco Central do Brasil para auxiliar vítimas de fraudes envolvendo transações Pix. Este mecanismo oferece um processo mais ágil e seguro para recuperar valores em casos de fraudes, golpes ou crimes. Para acionar o MED, o cliente deve entrar em contato com sua instituição financeira em até 80 dias após a data da transação Pix suspeita. A instituição tem o prazo de sete dias para analisar a situação e proceder com as ações necessárias.

Além disso, o MED e o Bloqueio Cautelar são ferramentas que têm como objetivo agilizar os processos e aumentar a segurança dos usuários do Pix, especialmente em casos de suspeita de fraude. O Bloqueio Cautelar permite que, em caso de suspeita de operação fraudulenta, os recursos possam ser bloqueados por até 72 horas para análise mais aprofundada pela instituição financeira. Se confirmada a fraude, os recursos são devolvidos ao pagador​​.

No entanto, é importante ressaltar que a devolução do dinheiro via MED nem sempre é integral. Em alguns casos, o valor encontrado na conta suspeita pode ser parcial, e apenas essa quantia é devolvida inicialmente, com possibilidade de recup

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta essencial criada pelo Banco Central do Brasil para auxiliar vítimas de fraudes envolvendo transações Pix. Este mecanismo oferece um processo mais ágil e seguro para recuperar valores em casos de fraudes, golpes ou crimes. Para acionar o MED, o cliente deve entrar em contato com sua instituição financeira em até 80 dias após a data da transação Pix suspeita. A instituição tem o prazo de sete dias para analisar a situação e proceder com as ações necessárias.

Além disso, o MED e o Bloqueio Cautelar são ferramentas que têm como objetivo agilizar os processos e aumentar a segurança dos usuários do Pix, especialmente em casos de suspeita de fraude. O Bloqueio Cautelar permite que, em caso de suspeita de operação fraudulenta, os recursos possam ser bloqueados por até 72 horas para análise mais aprofundada pela instituição financeira. Se confirmada a fraude, os recursos são devolvidos ao pagado

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Conheça a história do banco orgulho dos goianos que acabou em grande escândalo

Considerado um banco orgulho dos goianos, a Caixego ou Caixa Econômica do Estado de Goiás, foi uma instituição financeira estadual que desempenhou um papel importante no desenvolvimento econômico da região. Criada pela Lei estadual nº 4.206, de 6 de novembro de 1961, foi instalada em 1964 pelo governo de Goiás, na gestão de Otávio Lage de Siqueira. Até o início de 1966 funcionava apenas com a Carteira de Consignações, para empréstimos a funcionários públicos estaduais, com descontos em folha de pagamento, e os serviços de captação de depósito e seção de penhores.

Em 1990, a Caixego (Caixa Econômica do Estado de Goiás) foi liquidada extrajudicialmente por decreto do Banco Central do Brasil, durante o governo Collor (90-92). Considerando-se prejudicados, 124 funcionários foram  à Justiça cobrar direitos trabalhistas. Em 1998, ganharam o direito de receber R$ 14 milhões, mas concordaram em dividir os R$ 5 milhões.

Apesar do acordo, foram sacados R$ 10 milhões dos cofres da Caixego cinco dias antes do segundo turno das eleições para o governo de Goiás. O desvio veio a público, e o advogado Valdemar Zaidem acabou sendo acusado de ter ficado com o dinheiro.

O Ministério Público apontou na época que a verba foi gasta na campanha do senador Iris Rezende ao governo goiano. Derrotado por Marconi Perillo (PSDB), Iris negou as acusações. Entre janeiro e março de 2000, a Justiça decretou a prisão de Edivaldo Andrade, ex-liquidante da Caixego, e Otoniel Machado, irmão e suplente de Iris. 

Em março de 2000, R$ 5 milhões foram depositados em segredo na conta da Caixego. Em setembro de 2001, apuração do Banco Central apontou a empresa Alstom Brasil Ltda. como dona do dinheiro. O relatório do BC desmentiu as acusações a Zaidem, sendo que a verba era parte de um empréstimo do BNDES a Alstom.

 

Reviravolta em Goiás 

Em setembro de 1987 Henrique Santillo estava no seu primeiro ano como governador de Goiás, quando Goiânia sofreu a tragédia do acidente radioativo do césio-137. Em meio ao grande risco, a população goiana, de modo geral, e não apenas da capital, passou a sofrer discriminação em todo o país, lidando com a insensibilidade da área federal. A grande exceção foi o então governador de Alagoas, Fernando Collor, que veio de sua terra até Goiânia para manifestar solidariedade. Dois anos depois houve eleição presidencial, com a disputa acirrada no segundo turno entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante aquela época, Santillo, embora os petistas não gostassem dele, apoiou Lula na corrida presidencial e fez questão de proclamar isso, deixando Collor bastante indignado. No entanto, eleito Presidente da República, Collor se vingou, tirando qualquer apoio federal a Goiás e tomando medidas prejudiciais, como a desativação da Caixa Econômica Estadual (Caixego).

 

Funcionários reintegrados pelo Estado

No ano de 2016, durante o mandato de Marconi Perillo, o Governo do Estado concluiu a reintegração dos servidores da extinta Caixego. Ao todo, 1.720 servidores da Caixego foram anistiados a partir da sanção da Lei 17.916, de 27 de dezembro de 2012, de autoria do governo estadual. De 2012 para cá, os anistiados foram reintegrados ao governo por etapas. 

Na época, Perillo afirmou que estava muito contente por conseguir reparar esta injustiça cometida contra os goianos. “Não foi um caminho fácil. Nós todos sabemos disso. Muitas famílias foram desestruturadas quando a Caixego foi liquidada. Mas é preciso acreditar nos sonhos, nos projetos, e lutar para que eles se materializem. E hoje concluímos esse sonho”, disse em discurso na Tattersal de Elite do Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia.

 

Créditos da imagem de capa: Jornal Hora Extra 

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