Essa especiaria produzida em Goiás custa R$4 mil o quilo

A baunilha, uma das especiarias mais valiosas do mundo, é essencial em diversas indústrias, como a gastronômica, a cosmética e a farmacêutica. Por ser uma planta trepadeira da família das orquídeas e viver dentro das regiões tropicais, seu cultivo exige cuidados especiais, por isso ela se torna ainda mais cara, o quilo dessa especiaria pode ultrapassar R$4 mil. Os maiores produtores da baunilha são os países de Madagascar e Ilhas Maurício, porém, no Brasil, a Mata Atlântica e a Amazônia também abrigam variedades nativas da planta.

Contudo, recentemente foi identificado que o cerrado goiano tem condições ideais para o cultivo de baunilha. Na cidade de Cocalzinho de Goiás, o técnico do Senar Goiás, Saulo Araújo de Oliveira, juntamente com o Sindicato Rural local, mobilizou produtores de agricultura familiar para apostar no cultivo da baunilha. A iniciativa tem como objetivo, aumentar a renda dos produtores e impulsionar o desenvolvimento do município.

O Sítio Jatobá, propriedade do francês Daniel Briand, que já pode ser considerado muitíssimo brasileiro ao deixar as terras do “Liberté, Égalité, Fraternité” para viver no Brasil, se tornou um exemplo de sucesso no cultivo da baunilha na região. Daniel plantou as primeiras mudas em 2016 e, em 2019, começou a colher as primeiras favas. Com o apoio do Senar Goiás, ele aprimorou o manejo de sua plantação, implementando técnicas como a polinização manual e o uso de adubação orgânica.

O crescimento da produção de baunilha em Cocalzinho de Goiás foi celebrado com a realização da primeira Festa da Baunilha, em 17 de agosto de 2024. O evento reforça a ambição da região em se consolidar como um polo produtor da especiaria no Brasil.

Por que a baunilha é tão cara?

A baunilha verdadeira, também chamada de baunilha Bourbon, é cultivada em regiões tropicais e seu alto preço se deve ao processo de cultivo trabalhoso. As flores precisam ser polinizadas (transferência de grãos de pólen das anteras de uma flor para o estigma) manualmente devido a sua estrutura complexa e a planta só começa a produzir vagens após vários anos, o que contribui para sua escassez e valor elevado.

Fava de baunilha florescendo (foto:reprodução/internet)

Como utilizar a baunilha na cozinha?

A fava de baunilha pode ser utilizada em diversas receitas como: doces, sorvetes, bolos, tortas, licores, cafés, cremes de confeiteiro e muito mais. Além disso, ela pode ser utilizada, inclusive, para fazer extrato puro de baunilha. Essa especiaria é tão diversa que dela é retirado o extrato para fazer a sua essência  aromática, que é mais barata.

Baunilha do Cerrado aberta (Imagem: Rusty Marcellini)

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Senar Goiás contribui para tornar município goiano polo de produção de baunilha no cerrado

A baunilha, considerada uma das especiarias mais caras do mundo, é bastante procurada por ser essencial em diversas áreas, como na gastronomia, principalmente no que envolve confeitaria e consumo de café, nas indústrias de perfumes, de cosméticos e farmacêutica. Essa especiaria valiosa é uma planta trepadeira da família das orquídeas que é originária das regiões tropicais. Ela é amplamente cultivada em Madagascar e nas Ilhas Maurício, no Brasil, há variedades nativas da planta na Mata Atlântica e na Amazônia. 

 

Pelo cuidado necessário para o manejo da especiaria e sua alta demanda no mercado, o preço do quilo da baunilha pode ultrapassar R$4 mil. Recentemente, descobriu-se que o cerrado goiano possui um ambiente propício para seu cultivo devido às condições favoráveis de plantio encontradas na região. 

 

Com o objetivo de contribuir para que Cocalzinho de Goiás se torne um polo produtor de baunilha, o técnico de campo do Senar Goiás, Saulo Araújo de Oliveira, juntamente com o Sindicato Rural de Cocalzinho de Goiás, estão mobilizando produtores de agricultura familiar da região para o plantio. A ideia é que os produtores possam aumentar sua renda e contribuir para o desenvolvimento do município, aproveitando as condições naturais do bioma. 

 

As organizações enxergaram no Sítio Jatobá, do francês Daniel Briand, um caso de sucesso com o cultivo de baunilha no município. Em 2016 o francês plantou seus primeiros pés da iguaria. Três anos depois, as primeiras favas começaram a aparecer, o que o incentivou a buscar mais conhecimentos sobre o cultivo. Com o apoio do Senar Goiás, Briand recebeu orientações para aprimorar o manejo de sua plantação, o que incluiu ajustes na forma de conduzir as plantas e no uso de técnicas mais eficientes.

 

O auxílio técnico fornecido ao produtor envolveu diversas etapas. Inicialmente, as plantas foram organizadas em estruturas específicas para facilitar o manejo. Além disso, a adubação orgânica e o uso de microrganismos naturais foram introduzidos para melhorar o desenvolvimento das plantas. A polinização, um processo minucioso e essencial para a produção de favas de qualidade, passou a ser realizada de forma manual e cuidadosa, seguindo um rigoroso cronograma. 

 

É claro que em uma produção em grande escala, esse processo requer alguns avanços para ser mais eficiente, mas os resultados já se mostram claros. Em 2023, foram colhidas 1.600 favas de baunilha, para a colheita da safra de 2024 há perspectiva de aumento na quantidade a ser colhida. O exemplo de Daniel é uma grande oportunidade para difundir o cultivo da planta e repassar os resultados a outros produtores, que podem ser atraídos por essa nova fonte de renda. 

 

Daniel Briand expressou sua satisfação com a ajuda do Senar Goiás e do Sindicato Rural de Cocalzinho de Goiás, afirmando que o cultivo da baunilha em sua propriedade se tornou muito mais profissional e eficiente. Com a adoção das novas técnicas, ele percebeu uma melhoria significativa na produção, o que o deixou otimista em relação ao futuro.

 

A produção de baunilha em Cocalzinho de Goiás está em crescimento, mas o município já começa a se destacar nesse mercado. No último final de semana, dia 17 de agosto de 2024, foi realizada a primeira edição da Festa da Baunilha, um evento que celebra a importância dessa especiaria para a economia local e reforça o compromisso da região em se tornar um polo relevante na produção da iguaria no Brasil.

 

***Fonte: Senar Goiás***

 

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