“Pode beber após a vacina?” foi a pergunta mais buscada por brasileiros no Google em 2021

Nesta segunda-feira (17/1), completa-se 1 ano desde que a primeira vacina contra a Covid-19 foi aplicada no Brasil, na enfermeira Mônica Calazans, em São Paulo. Desde então, cresce cada vez mais a busca dos brasileiros sobre temas relacionados aos imunizantes.

Um levantamento realizado pelo Google Brasil aponta que a pergunta mais pesquisada na plataforma sobre imunizantes nos últimos 12 meses foi: “Pode beber depois da vacina?”.

De acordo com a empresa, os estados que mais procuraram respostas para a questão foram Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.

A dúvida sobre ingerir bebida alcoólica após a vacinação foi 36% mais pesquisada que a pergunta que ocupa o segundo lugar no ranking: “Qual a melhor vacina?”. Em seguida na lista, aparece a questão: “Onde tomar vacina?”.

 

Veja a lista de perguntas mais buscadas sobre vacina no Brasil nos últimos 12 meses:

Pode beber depois da vacina?

Qual a melhor vacina?

Onde tomar vacina?

Onde tem vacina?

Quando vou ser vacinado?

O que é logradouro?

Qual a melhor vacina para Covid?

O que são imunossuprimidos?

O que é comorbidade?

Qual a vacina da Fiocruz?

O que são puérperas?

O que é vacina?

Quem teve Covid pode tomar vacina?

Pode tomar vacina Covid gripado?

Como se cadastrar para tomar vacina?

Como fazer o cadastro da vacina?

Quais são as vacinas do Covid?

O que é pessoa institucionalizada?

Quais vacinas estão sendo aplicadas no Brasil?

Como está a vacinação no Brasil?

 

Temas e termos mais frequentes

“Apesar da vacinação contra a Covid-19 ter sido objeto de controvérsia, desde o início da vacinação, o que os brasileiros quiseram mesmo saber no Google foi de ordem prática, com predominância de termos relacionados a agendamento, cadastro e calendário de imunização”, informou o Google.

Das 100 frases mais pesquisadas sobre os imunizantes, 44 foram sobre aspectos práticos, como local da vacinação, calendário de imunização e lista de comorbidades.

Segundo o Google, dentre os termos mais buscados sobre vacinas, as categorias com maior destaque foram “agendamento”, “cadastro” e “calendário”. “Juntas, essas três áreas representaram 18 dos 50 termos mais pesquisados sobre vacina no país nos últimos 12 meses”, informou a plataforma.

Para chegar aos resultados, a empresa analisou as 100 perguntas e os 50 termos mais buscados sobre o imunizante, a partir de uma amostra de mil termos.

 

Mas afinal, pode ou não beber após a vacina?

O que se sabe é que o álcool pode “retardar” a velocidade da resposta contra infecções por até 24 horas após sua ingestão, e isso resulta em maiores chances de complicações e dificuldade na recuperação em caso de adoecimento. Mas a literatura especializada é clara: todos esses dados dizem respeito apenas ao abuso, excesso ou uso crônico de bebidas alcoólicas.

A interação de fármacos com o álcool pode estar presente nas bulas de alguns medicamentos. No caso das vacinas hoje disponíveis no país —AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer— não existe qualquer indicação expressa desse possível efeito, e nem mesmo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu orientação nesse sentido.

 

Imagem: Reprodução

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Entenda a diferença entre pinga, cachaça e água-ardente

Além de apreciar muito bem, um bom goiano sabe elaborar vários drinques que se tornam derivados destas bebidas. Um bom exemplo, é a caipirinha que foi inventada no Brasil no século 20, e que mesmo depois de anos, ainda está no gosto popular e se tornou uma das bebidas mais pedidas da região.

 

Entretanto, algumas pessoas acreditam que a cachaça, a pinga e o aguardente são sinônimos e podem apresentar composições semelhantes. Mas a verdade é que não, além da nomenclatura diferente, as bebidas possuem ingredientes distintos que vão desde a origem até o seu teor alcoólico.

 

Água-ardente

De resumo, a água-ardente é toda bebida obtida a partir da fermentação e destilação de vegetais doces. Atualmente, muitos países possuem sua própria produção e podem ser feitas de diferentes matérias-primas como uva, banana, laranja, milho, arroz, cevada, batata, beterraba, mandioca, entre outros.

 

Pela lei, a água-ardente da cana-de-açúcar (feita a partir do destilado simples ou do mosto fermentado do caldo), possui um teor alcoólico que pode variar entre 38% e 54% em sua composição. E a bebida não possui muitos detalhes técnicos específicos. Basicamente, um aguardente de agave pode ser a tequila, de uva é denominado conhaque e o aguardente vindo da cana é a cachaça

 

E com isso declaramos que toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda aguardente é uma cachaça.

 

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Foto: Reprodução/Divulgação

 

Cachaça

E falando nela, esta bebida é uma água-ardente feita somente pela cana-de-açúcar com uma graduação alcoólica um pouco menor comparado a sua matéria pura. Seu teor alcoólico calcula entre 38% e 48% por causa do processo de destilação feita a partir do caldo da cana-de-açúcar.

 

Não há dados oficiais, mas evidências dizem que a cachaça foi produzida primeiramente no Brasil na época da escravidão, no século 16. De acordo com o site Mapa da Cachaça, a versão que mais se concretiza com sua origem é a história realizada em Pernambuco, nas feitorias das cidades de Itamaracá, Igarassu e Santa Cruz, entre os anos de 1516 e 1526. Nessa época, já existia a comercialização de açúcar, que era a importação de produto pernambucano para a região de Lisboa, capital de Portugal.

 

E até hoje, o consumo pela cachaça é presente no país e várias bebidas podem ser feitas a partir dela, como por exemplo, a caipirinha. Mas, é válido lembrar que a cachaça é destilado apenas da cana-de-açúcar, bebidas produzidas por outras matérias primas, como muitas pessoas relatam sobre a “cachaça de caju”, continuam sendo aguardentes, a nomenclatura correta.

 

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Foto: Reprodução/Divulgação

 

Pinga

E a pinga é o nome popular dado à cachaça, assim como, caninha, “mé” e branquinha. Este nome se fortaleceu ao ser dito pelos escravos e senhores da casa grande e suas menções nos livros de histórias que retrata a época.

 

De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, a lenda de origem, atribuída ao Museu do Homem do Nordeste (Muhne), relata que seu nome se deu a um fato de processamento da evaporação do álcool em forma de melado azedo no local onde a produção da cana-de-açúcar era presente. Neste processo, algumas gotas se formavam no teto do engenho e pingavam constantemente nos escravos, fazendo escorrer sobre as feridas provocadas pelas chibatadas dos feitores Obviamente, as feridas ardiam muito e os escravos diziam que esse líquido era uma espécie de “água-ardente” entrando em seus corpos. O álcool também pingava sobre seus rostos que escorriam até as suas bocas e os deixavam alegres. Mas esta versão não é verdadeira.

 

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Foto: Reprodução/Divulgação

 

Por trás da origem

Além da inverdade, a história da pinga também não possui relação com nenhum museu, assim afirmou a coordenadora geral do Muhne, Vânia Brayner.

 

“Caros, sinto informar-lhes que esta história nunca foi contada pelo Museu do Homem do Nordeste, em nenhum de seus escritos, exposições ou qualquer documento do Museu. Nós, que fazemos o Museu do Homem do Nordeste, estamos numa verdadeira saga na internet tentando descobrir de onde saiu essa história… do Museu, tenham certeza, não foi”, afirmou ela em entrevista à revista Veja feita em 2020.

 

De acordo com ela, esta versão ganhou força para mostrar um retrato quanto perverso do país brasileiro. Além de retratar toda a etimologia fantasiosa do álcool sobre as feridas, que de fato eram provocadas pela escravidão, também mostra uma versão de escravos preguiçosos, desleixados e trapaceiros. Ainda, a lenda possui uma interpretação de atrelar o interesse da dança cultural feita por eles com o efeito que o álcool produzia em seus corpos assim que caíam em suas bocas, dando a entender que o estado de não estar sóbrio era motivo de alegria e dança.

 

Na entrevista, Vânia afirmou que essa lenda será dificilmente esquecida já que espalha em muitas páginas da internet, mas que ainda luta em prol disso. “Se a aguardente arde na garganta, e como arde, por que imaginá-la irritando feridas abertas por chicotadas? Se a pingamos no copo, porque descrevê-la pingando do teto após uma estranhíssima evaporação acidental?”, indagou ela em entrevista.

 

Ainda não há uma história verídica sobre a origem dessa bebida, mas se sabe que a palavra pinga foi registrada pela primeira vez em 1813, com objetivo de remeter a uma ideia de algo que apenas pinga no copo, em pequeno volume. E que tempos depois, virou sinônimo de cachaça.

 

Contudo, sobre as lendas e realidades da origem destas bebidas, o importante é apreciá-las com moderação. Até porque, a única explicação dessa bebida existir até hoje é por causa de sua qualidade e aprimoramento que seus pontos de produção se dedica a cada tempo que passa!

 

Foto: Reprodução/Divulgação