Pfizer anuncia parceria com farmacêutica do Brasil para produção da vacina da Covid-19

A farmacêutica norte-americana Pfizer e a BioNTech anunciaram uma parceria com a empresa brasileira Eurofarma para a produção e distribuição na América Latina da vacina contra Covid-19. O acordo assinado, nesta quinta-feira (26), confirma a fabricação do imunizante em uma fábrica da Eurofarma no Brasil.

 

Segundo o comunicado das empresas, a Eurofarma receberá o produto base para a fabricação de instalações nos Estados Unidos, mas todas as vacinas serão distribuídas exclusivamente na América Latina. O acordo prevê uma produção anual de mais de 100 milhões de doses. Entretanto, a transferência de técnica, treinamento e instalação de equipamentos já começam imediatamente, conforme anunciado.

 

Atualmente o imunizante da Pfizer vem pronto da Flórida, nos Estados Unidos, e desembarca no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, para distribuição nacional pelo Ministério da Saúde. 

 

A fabricação está prevista para iniciar em 2022.

 

 

Imagem: Divulgação

 

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1 milhão de doses de vacinas da Covid-19 serão distribuídas em maio

O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quinta-feira, 22, que  enviará a estados e municípios 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 no mês de maio. Serão distribuídas inicialmente 500 mil doses no início do mês para a primeira dose. Uma semana depois, será encaminhada nova remessa com mais 500 mil doses.

 

Semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou que a Pfizer vai adiantar a entrega de 2 milhões de doses do imunizante para o Brasil no primeiro semestre. O governo brasileiro tem um contrato com a farmacêutica para a entrega de 100 milhões de doses até o final de 2021. Segundo Queiroga, estão garantidas 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer para os meses de abril, maio e junho.

 

A orientação do Ministério da Saúde é que as secretarias estaduais de saúde priorizem cidades com câmaras refrigeradas. Isso porque a vacina da Pfizer/BioNTech demanda temperaturas especiais de armazenamento.

 

Em condições normais, ela deve ser guardada em um ambiente de -90º à -60º. A Anvisa permitiu uma flexibilização desse patamar, autorizando de – 25º à -15º. Contudo, essa condição só pode ocorrer por até 14 dias.

 

Uma vez retiradas dos refrigeradores e colocadas na rede de frio nacional, cuja conservação é de temperaturas de 2 graus Celsius a 8 graus Celsius, as equipes de saúde têm até cinco dias para fazer a aplicação sem risco de prejudicar a eficácia do imunizante.

 

 

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Com Agência Brasil 

Foto de capa: Reuters 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo preliminar aponta eficácia das vacinas da Pfizer e da BioNTech contra mutações do coronavírus

Pesquisa realizada pela Pfizer sugere que vacinas contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica e pelo laboratório alemão BioNTech, podem proteger os indivíduos contra uma nova mutação do vírus. Encontrada em duas variantes altamente contagiosas do coronavírus no Reino Unido e na África do Sul, as mutações têm causado preocupações na comunidade científica. 

A Pfizer se uniu a pesquisadores da University of Texas Medical Branch para realizar testes clínicos e descobrir como a mutação afetava a eficácia da vacina, produzida pela farmacêutica para a prevenção da Covid-19. Os pesquisadores utilizaram amostras de sangue de vinte pessoas que receberam a vacina Pfizer/BioNTech durante a fase três de testes do imunizante, e o resultado mostrou que os anticorpos desses voluntários resistiram com sucesso ao vírus com mutação em placas de laboratório, segundo o estudo publicado na noite de quinta-feira (8) pelos pesquisadores envolvidos. 

 

Mutação do coronavírus

As variantes do novo coronavírus apresentam alto poder de disseminação, causando preocupação na comunidade política e científica, principalmente pelo avanço dos planos de imunização no mundo. As duas mutações identificadas apresentam uma alteração chamada N501Y, que causa mudanças em um ponto da proteína responsável por reverter o vírus. 

De acordo com estudiosos e infectologistas, essa pequena alteração pode ser a razão pela qual o vírus se espalha facilmente, contagiando um grande número de pessoas. As mutações são comuns na vida útil dos vírus, tendo em vista que a transmissão entre as pessoas os modificam naturalmente, no entanto, analisar e acompanhar as novas variantes garante a eficácia dos tratamentos e da vacina. 

Reprodução: Photonews

Estudo preliminar

O estudo também revelou que a vacina funciona contra quinze possíveis mutações adicionais do vírus. Entretanto, a E484K, também presente na cepa descoberta na África do Sul, ainda não foi testada. 

A pesquisa não foi analisada por outros cientistas, etapa fundamental da pesquisa científica para que haja comprovação e ampla divulgação na comunidade. Ainda assim, o diretor científico da Pfizer, Philip Dormitzer, considerou animadores os resultados, mesmo se tratando de um estudo preliminar. 

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello | Reprodução: Câmara dos Deputados

O Brasil não possui acordos com a Pfizer/BioNTech 

Há três dias, foram confirmados dois casos das novas mutações do coronavírus em São Paulo, considerado o epicentro da pandemia no Brasil. A previsão do Governo de São Paulo é iniciar a vacinação no próximo dia 25 de janeiro, imunizando o grupo prioritário com a vacina Coronavac, que recentemente apresentou eficácia de 100% em casos graves, de acordo com autoridades do estado

A previsão do Ministério da Saúde é disponibilizar 354 milhões de doses da vacina contra a Covid-10 no ano de 2021. O Governo Federal optou por seguir majoritariamente com a vacina produzida pela farmacêutica americana AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. Há ainda a previsão da compra de 100 milhões de doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Em recente pronunciamento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou que o governo federal está negociando com representantes da Pfizer suas condições para a aprovação. Pazuello queixou-se das imposições da farmacêutica, afirmando que a empresa tem “imposições que não encontram amparo na legislação brasileira”, dentre elas, citou o fim da isenção de responsabilização civil por efeitos colaterais da vacinação, a manutenção no Brasil do foro de eventuais julgamentos e a criação de um fundo caução para custear possíveis ações judiciais. 

Recentemente, a Pfizer anunciou que tem negociado a venda de vacinas com o Brasil desde junho do ano passado, um mês antes de assinar um acordo confidencial com cláusulas semelhantes às que foram aceitas pela União Europeia e mais doze países, metade deles latino-americanos. A farmacêutica garante que as cláusulas do acordo estão sendo negociadas em linha com os acordos realizados com outros países do mundo, inclusive os da América Latina. 

Sobre a negociação, a Pfizer afirmou estar aguardando a decisão do governo brasileiro para estabelecer um contrato de fornecimento. Além disso, a farmacêutica explicou que o processo de submissão de sua vacina junto à Anvisa continua em andamento, e que a companhia se coloca à disposição do governo para concretizar um acordo que beneficie os brasileiros. 

Mutação do coronavírus: BioNTech diz que consegue fazer nova vacina em 6 semanas

A empresa BioNTech, responsável com a Pfizer pela primeira vacina autorizada contra a covid-19 do mundo, diz que é capaz de fornecer uma outra “em seis semanas” em caso de mutação do vírus, como aconteceu no Reino Unido.

“Somos tecnicamente capazes de entregar uma nova vacina em seis semanas”, disse o cientista e empresário Ugur Sahin, do laboratório alemão BioNTech.

“Em princípio, a beleza da tecnologia de RNA mensageiro é que podemos começar diretamente a projetar uma vacina que imite completamente a nova mutação”, acrescentou o responsável, durante uma coletiva de imprensa em Mainz (oeste de Alemanha), um dia depois do sinal verde das autoridades europeias para distribuir na União Europeia a vacina que o laboratório alemão desenvolveu com a Pfizer.

A BioNTech se diz confiante de que a vacina contra o coronavírus funcione no caso da nova variante detectada no Reino Unido, mas sublinha que são necessários mais estudos.

A variante, detectada principalmente em Londres e no sudeste da Inglaterra nas últimas semanas, gerou preocupação em todo o mundo por causa dos indícios de que pode se espalhar mais facilmente.

Embora não haja qualquer indicação do que causa formas mais graves da doença, vários países na Europa estão restringindo as viagens do Reino Unido.

“Não sabemos, de momento, se a nossa vacina também é capaz de fornecer proteção contra essa nova variante”, disse Ugur Sahin, acrescentando: “Mas, cientificamente, é altamente provável que a resposta imunológica por esta vacina também possa lidar com as novas variantes do vírus”,

Sahin disse que as proteínas na variante detectada no Reino Unido são 99% idênticas às da estirpe inicial e, portanto, a BioNTech tem “confiança científica” de que a sua vacina será eficaz.

“Mas saberemos apenas se testarmos e precisaremos de cerca de duas semanas a partir de agora para obter os dados”, disse.

Contudo, o responsável da BioNTech considerou ainda que a probabilidade de que vacina que desenvolveram com a Pfizer funcione “é relativamente alta”. Se a vacina precisar de ser ajustada para a nova variante, a empresa garante que o poderá fazer em seis semanas, embora os reguladores possam ter de aprovar as alterações antes de as vacinas serem usadas.

A vacina da BioNTech, desenvolvida em conjunto com a farmacêutica norte-americana Pfizer, está autorizada para uso em mais de 45 países, incluindo a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a União Europeia.

Foto: Divulgação