Você conhece a primeira escola de medicina dos Estados Unidos? Fundada em uma igreja em 1754, a Universidade Columbia também é uma das melhores universidades do mundo, de acordo com o ranking da Times Higher Education. Entrar lá não é fácil: em 2018, apenas 6,6% dos candidatos foram admitidos. Esta porcentagem, aliás, vem diminuindo ano a ano.
Entretanto, o esforço vale a pena. A Columbia University ostenta em seu hall da fama personalidades como Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, e Barack Obama, que também foi presidente do país. Além disso, 84 membros da Universidade Columbia (divididos entre professores, alunos, pesquisadores e administradores) já foram laureados com o prêmio Nobel.
A Universidade Columbia conta com mais de 32,5 mil estudantes. Desse total, apenas cerca de 6,2 mil estão na graduação; os outros 26,3 mil estão nos programas de pós-graduação da universidade.
Em termos de estudantes internacionais, são quase 12 mil alunos de 152 países, de acordo com os dados mais recentes da instituição. O Brasil é um dos países mais representados no campus, com mais de 200 estudantes.
Todavia, os estudantes estrangeiros devem atender a algumas exigências específicas em seus processos de candidatura. Conheça os principais: Histórico escolar detalhado, Resultados dos testes de admissão, Atestado de proficiência em inglês, Carta de intenções ou essay e Cartas de recomendação.
Para completar ainda mais essa instituição impecável, lá há os programas de graduação, o Columbia Undergraduate Scholars Program (CUSP). Basicamente, ele promove o crescimento intelectual, social e cultural essencial para a liderança em nosso mundo altamente especializado e culturalmente diverso.
O Programa oferece aos bolsistas nomeados oportunidades acadêmicas e culturais aprimoradas, exclusivas para uma grande universidade de pesquisa no coração de Manhattan. Incrível né?
Dentre as oportunidades de programas na graduação, há o programa Science Research Fellow que é uma designação prestigiosa de quatro anos para apenas 10 dos alunos de ciências mais promissores da Columbia.
Os bolsistas de pesquisa científica se destacam por sua curiosidade intelectual, habilidade acadêmica e claro interesse e compromisso com a pesquisa científica e, como tal, causam impacto na comunidade científica de Columbia.
Para você ter uma ideia, cada bolsista de pesquisa científica tem acesso a uma bolsa de $10.000 que pode ser usada durante os anos do bolsista na Universidade de Columbia para cobrir os custos incorridos associados à sua pesquisa.
Além de um conselheiro especializado do Center for Student Advising, os Fellows recebem orientação de membros do corpo docente de ciências e de graduados em ciências, em que muitos deles já ganharam até o Prêmio Nobel.
Parece um sonho utópico estudar nessa universidade, não é mesmo? Mas a goiana Nicole Vieira Pires, de 18 anos, moradora de Goiânia, foi contemplada com uma bolsa de cerca de R $2 milhões para estudar na Universidade, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Para você ficar ainda mais de boca aberta, ela é uma das dez pessoas do mundo selecionadas para integrar ao tal programa “Science Research Fellow”.
A carta oficial de aprovação da universidade chegou no último dia 6 de abril, e, por 4 anos, ela fará graduação em física e ciência da computação, áreas que escolheu para ajudá-la a realizar um sonho antigo.
A jovem ainda sonha mais alto. “Quero ser a primeira astronauta mulher brasileira a ir para o espaço e fazer o país se tornar linha de frente em ciência mundial. Desde criança eu tenho esse sonho, antes ele ficava só no imaginário, mas agora tenho métodos para fazê-lo acontecer”, disse ela ao G1.
Nicole explica que, para receber a bolsa, precisou fazer aquela inscrição criteriosa com a renda dos pais detalhada e traduzida para o inglês. Ao G1, ela mostra o valor detalhado da bolsa, que além dos estudos, inclui moradia e alimentação. O documento aponta que, por ano, seriam gastos $89,540, pouco mais de R $475 mil, segundo a cotação do dólar nesta quarta-feira (19). Celma comemora o recebimento da bolsa.
“O fato de ela ter ganhado a bolsa integral foi fantástico, porque senão a gente não conseguiria arcar com os custos”, afirma a mãe ao veículo, aliviada.
Nicole ainda explicou que para conseguir estudar e ser aprovada, participou de materiais gratuitos no Brasil e no exterior. Em um dos projetos, ela recebeu, por exemplo, ajuda financeira para ir a outras cidades realizar provas de proficiência de idioma, necessárias para a inscrição na universidade.
Agora com ansiedade a mil, a jovem já está com a passagem comprada e partida definida para o dia 19 de agosto, ela divide o tempo em se organizar para a viagem e compartilhar conhecimento sobre estudar fora do país em suas redes sociais.
Mas olha, a jovem é amante da ciência desde a infância, ela coleciona prêmios, como uma medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de Xadrez de 2019. Ela conta ainda que tem um artigo científico publicado na Revista Internacional d’ Humanitats e lançará um livro antes da partida para o exterior.
Já em 2020, foi selecionada para um programa de estudos de verão na Universidade de Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Nicole explica que, também em 2019, recebeu medalha de bronze na International Young Physicists Tournament (IYPT), conhecida como Copa do Mundo de Física, e no ensino médio participou de uma iniciação científica no Laboratório de Bioquímica da Universidade Federal de Goiás. No projeto, ela estudou por seis meses como uma bactéria poderia gerar partículas de óleo do oceano.
Imagem de capa: Reproduzida das redes sociais