Bomba Nuclear: Saiba o que é e quais seriam os efeitos de um ataque deste tipo para o mundo

Após Vladimir Putin, presidente da Rússia, alertar sobre o uso das armas nucleares neste domingo (27), a discussão sobre os efeitos de uma bomba nuclear se tornou constante e preocupou o mundo todo.  A ciência e a história mostram que ataques nucleares causam efeitos severos tanto para o local onde ocorre, quanto para áreas próximas.

 

Kathryn Higley, professora de ciência nuclear na Oregon State University, afirmou ao site Business Insider que, caso uma bomba nuclear fosse lançada, seu potencial de destruição seria capaz de acabar com uma cidade inteira. De acordo com ela, é muito possível prever como seria, pois, de acordo com ela, é preciso analisar o tamanho da arma, como é a topografia, onde eles detonam, como está o vento e as questões climáticas.

 

De acordo com ela, quando uma bomba nuclear atinge o solo, ela desencadeia uma bola de fogo laranja enorme e ondas de choque capazes de derrubar prédios. Pessoas no centro da explosão, ou seja, que estão a menos de 800 metros para uma bomba de 300 quilotons, podem ser mortas imediatamente, enquanto indivíduos nas proximidades podem sofrer queimaduras de terceiro grau.

 

O Business Insider explicou em sua matéria que se uma bomba dessa capacidade destrutiva fosse solta em Washington, nos Estados Unidos, muitos cidadãos não iriam sobreviver, e alguns residentes próximos estariam sujeitos a lesões devastadoras. Ainda de acordo com a matéria, uma dose letal de radiação cobriria praticamente a maior parte da cidade e um pouco na Virgínia.  Com apenas uma bomba nuclear, estima-se que 300 mil pessoas morreriam na capital dos Estados Unidos.

 

 Os especialistas destacam que quanto maior a arma, maior o raio de destruição. Em nível comparativo, a bomba que arrasou Hiroshima, por exemplo, tinha 16 quilotons, enquanto a de Nagasaki tinha em volta de 20 mil quilotons. Mas a bomba nuclear mais potente já detonada foi a Tsar Bomb, com um poder destrutivo de 50 megatons.

 

Segundo os especialistas, as explosões nucleares produzem nuvens de poeira e partículas radioativas que, quando dispersas na atmosfera, podem causar problemas como envenenamento por radiação aos seres vivos que estiverem próximos a elas. Os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki enfrentaram problemas de saúde graves após a exposição à radiação das bombas, como câncer.

 

Os cientistas explicam ainda que existem diferenças também em relação ao local atingido pela arma nuclear. De acordo com os especialistas, se a arma atingisse a terra, “a explosão produziria mais precipitação radioativa à medida que sujeira e outros materiais fossem lançados na atmosfera”. Se a bomba fosse detonada no ar, “as ondas de choque rebateriam no chão e amplificariam umas às outras, o que resultaria em uma área de destruição muito maior”.

 

O perigo russo 

 

O armamento nuclear da Rússia é o maior de todo o mundo, segundo a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN). O país possui aproximadamente 6,3 mil armas nucleares, que podem ser lançadas de mísseis, submarinos e aeronaves. Em 2020, a Rússia gastou cerca de US$ 8 bilhões para construir e manter suas forças nucleares. Já a Ucrânia  não possui nenhuma arma nuclear, já que abriu mão de todas elas com o final da União Soviética, em 1991.

 

A bomba nuclear 

 

A bomba atômica, ou bomba nuclear, é uma arma de explosão com um grande poder de destruição, em virtude da grande quantidade de energia que ela libera. Essa bomba funciona por meio do processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que possibilita uma grande liberação de energia a partir de uma pequena quantidade de matéria.

 

O funcionamento das bombas nucleares é semelhante, diferenciando-se apenas pelo elemento utilizado na composição. Os principais elementos que compõem as bombas são urânio-235 e plutônio-239. A bomba nuclear funciona pelo princípio da fissão nuclear, que é a divisão de um átomo instável pelo bombardeamento de partículas, como um nêutron. Isso gera uma reação em cadeia que vai provocando a fissão nuclear dos outros átomos presentes.

Rússia x Ucrânia: Saiba quais os efeitos atmosféricos de uma guerra nuclear

 A invasão Russa à Ucrânia e as ameaças de Putin sobre o uso de armas nucleares, deixaram o mundo todo bastante preocupado com a possibilidade do uso desses recursos que no passado já fizeram estragos imensuráveis em Hiroshima e Nagasaki.  Mas quais seriam, de fato, os impactos  de uma guerra nuclear?

 

Buscando responder essa pergunta, a equipe do Curta Mais, encontrou um estudo desenvolvido  pelo National Center for Atmospheric Research (NCAR). Esta pesquisa  avaliou quais seriam os impactos de conflitos nucleares em cenários local e global e concluiu que  os resultados são assustadores.

 

Os modelos usados para o estudo consideraram o sistema complexo da atmosfera terrestre e como as reações químicas aconteceriam na estratosfera da Terra. Os resultados indicam que os danos ao meio ambiente podem ser ainda mais nocivos e persistentes do que pesquisas anteriores indicaram. A pesquisa considera, ainda, os efeitos do aquecimento inicial de explosões nucleares e a perda da camada de ozônio como consequência.

 

O cientista climático Alan Robock, da Rutgers University e co-autor do estudo, disse que ele e sua equipe já suspeitavam de que o ozônio seria parcialmente destruído logo após uma explosão. De acordo com ele, isso resultaria no aumento da luz ultravioleta na superfície da Terra e, caso a explosão gerasse muita fumaça, ela  bloquearia a entrada de luz ultravioleta. 

 

A pesquisa quantificou ainda  como a fumaça liberada afetaria a atmosfera. Para  fazer isso, os cientistas analisaram dois cenários de uma guerra nuclear. Primeiro, uma explosão regional de 5 megatons. E, em sequência, uma explosão em escala global de até 150 megatons de fuligens liberadas.

 

 No contexto global, cerca de 75% da camada de ozônio seria perdida ao longo de 15 anos. Uma guerra local reduziria a camada em 25% em 12 anos. Nos primeiros anos, a fumaça bloquearia os raios ultravioletas, mas com o dissipar dela, a incidência destes raios nocivos aumentaria novamente. Com a quantidade de raios ultravioletas crescendo, os danos para qualquer ser vivo que tenha sobrevivido às explosões vão desde o câncer de pele até o declínio das plantações. 

 

O cientista atmosférico Charles Bardeen, da NCAR,  principal autor do estudo, explicou que as condições mudariam drasticamente e qualquer adaptação, que funcionaria no início, não ajudaria à medida que as temperaturas voltassem e subir, bem como a radiação ultravioleta. 

 

A pesquisa destaca que as armas nucleares hoje são uma ameaça global rea

 

Trump cancela encontro com líder norte-coreano

Escrito por Etielly Haag

 

Encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, é cancelada por Trump. A reunião de cúpula estava marcada para acontecer em Singapura no dia 12 de junho deste ano.

Infelizmente, com base na enorme raiva e hostilidade aberta exibida em sua declaração mais recente, sinto que é inadequado, neste momento, ter essa reunião planejada há muito tempo“, afirmou Trump.

A decisão do presidente americano veio logo após o anuncio de desmantelamento completo do centro nuclear da Coréia do Norte. Houve o teste de seis bombas nucleares em Punggye-ri como gesto de boa vontade de Jong-un, ao que o presidente norte-americano respondeu nocivamente.

Você fala de suas capacidades nucleares, mas as nossas são tão grandes e poderosas que eu rezo a Deus para que elas nunca tenham que ser usadas”, acrescentou Trump.

Kim respondeu a decisão afirmando que Trump “não está alinhada com os desejos do mundo” e que ainda deseja resolver assuntos inacabados com o país americano.

 

Foto: CNN / reprodução da internet