Vacinação de idosos acima de 85 anos começa nesta quarta-feira em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dá início nesta quarta-feira (10/2) à vacinação de todos os idosos com mais de 85 anos da capital. Ao todo, cerca de 13 mil pessoas devem ser imunizadas com a vacina Coronavac.

A logística compreende a aplicação das doses em nove pontos, seguindo ordem alfabética para evitar aglomerações. O cronograma prevê a vacinação em três dias, sem a obrigatoriedade de agendamento, em sete escolas municipais de Goiânia, além de dois pontos de drive thru. A organização se dá da seguinte forma:

1. 10/2 – iniciais de A a I

2. 11/2 – iniciais de J a M

3. 12/2 – iniciais de N a Z


Reprodução: SMS

Confira a lista com o endereço dos locais de vacinação para os idosos acima de 85 anos

Região Norte: Escola Municipal Pedro Costa de Medeiros
Endereço: R. Caiapônia, 240 – Jardim Guanabara I, Goiânia

Região Leste: Escola Municipal Bárbara de Sousa Morais
Endereço: Av. Uruguaiana – Jardim Novo Mundo, Goiânia – GO

Região Sudoeste: Escola Municipal Francisco Matias
Endereço: R. Carlos Gomes – Parque Anhanguera, Goiânia – GO

Região Oeste: Escola Municipal Lions Club Bandeirante.
Endereço: Praça da Bandeira, 200, Quadra 30, Bairro Goiá, Goiânia-GO

Região Noroeste: Escola Municipal Coronel José Viana
Endereço: Rua CM7 – St. Cândida de Morais, Goiânia – GO

Região Sul: Escola Municipal Moacir Monclair Brandão
Endereço: Rua C-115 – Jardim América, Goiânia – GO

Região Campinas-Centro: Escola Municipal Santa Helena
Endereço: Av. Curitiba, 400 – Vila Paraíso, Goiânia – GO

Reprodução: SMS

Postos com atendimento na modalidade drive-thru para idosos acima de 85 anos:

Shopping Passeio das Águas
Endereço: Avenida Perimetral Norte, 8303 – Fazenda Caveiras. Acesso exclusivo pela entrada da Av. Perimetral

Pontifícia Universidade Católica de Goiás – Área 1(atendimento para pedestres e drive -thru)
Endereço: Rua 235, 722 – Setor Leste Universitário.

Em coletiva realizada nesta segunda-feira (8/2), o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, esclareceu que a escolha das instituições educacionais prioriza “estrutura e conforto aos imunizados, como sanitários e locais para sentar”. Segundo o titular da pasta, o início da vacinação para o grupo nesta quarta-feira respeita tanto a necessidade da divulgação eficiente do calendário quanto a própria organização das famílias. “Muitos idosos dependem de familiares e outras pessoas para se locomover, assim, é necessário tempo para que se organizem”, explicou.

Importante destacar que, para o atendimento, o idoso deve portar cópias do CPF e comprovante de endereço.

Imunização para acamados
Nesta terça-feira (9/2), teve início a vacinação para idosos acamados maiores de 60 anos em sistema home care. O idoso atendido pela Estratégia de Saúde da Família ou planos de home care não precisam efetuar nenhuma solicitação. Por outro  lado, aqueles que não são atendidos pela Estratégia de Saúde da Família devem agendar a vacinação pelos telefones da Central Humanizada de Orientações da Covid-19: 3267-6123 e 3524-6305.     

Reprodução: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Goiânia     

Sputnik V: estudo aponta eficácia de 91,6% da vacina russa contra a Covid-19

A vacina Stupnik V, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, na Rússia, apresentou 91,6% de eficácia contra a Covid-19, segundo estudos preliminares publicados na revista científica “The Lancet” nesta terça-feira (2). Em casos moderados e graves da doença, o imunizante apresentou 100% de eficiência. 

Os resultados são baseados em uma análise de dados com 19.866 participantes, maiores de 18 anos, onde parte do grupo recebeu a vacina e outra parte o placebo. Além disso, o imunizante também apresentou resultados positivos quanto aos idosos: em uma subanálise com adultos de mais de 60 anos, a eficácia ficou na taxa de 91,8%. 

Vacina Sputnik V | Reprodução: Poder360

Entendendo a taxa 

A eficácia representa a capacidade da vacina em impedir uma infecção com sintomas da Covid-19, ou seja, a pessoa vacinada tem 91,6% menos chances de se contaminar quando comparada àqueles que não se vacinaram. Aplicada em duas doses, com o intervalo de 21 dias entre elas, a Sputnik V também não apresentou nenhum efeito colateral associado à aplicação, apenas eventos adversos leves. 

A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, o que significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas, dando valor científico a seu uso. Ainda em andamento, o estudo pretende envolver 40 mil participantes para publicar informações mais conclusivas. 

Assim como todos os desenvolvedores de vacinas da Covid-19 até agora, os pesquisadores envolvidos no estudo mediram somente os casos sintomáticos para calcular a eficácia da vacina. Nesse sentido, são necessários estudos para determinar a eficácia da vacina em impedir a transmissão da doença. 

Recebimento de caixas com vacinas Sputnik V, em Buenos Aires (Argentina) | Reprodução: Agustin Marcarian/Reuters 

Importação para o Brasil

A Sputnik V ainda não está sendo testada em território nacional, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando um pedido para que ensaios da fase 3 sejam realizados no Brasil. Essa aprovação é fundamental, pois a agência determinou que somente vacinas testadas em solo brasileiro podem receber autorização de uso emergencial. 

Na última semana, a Anvisa se reuniu com a farmacêutica União Química para discutir a respeito da vacina no país. A empresa apresentou um acordo de transferência de tecnologia da Sputnik V e poderá fabricá-la no Brasil.

A farmacêutica afirmou que a Rússia está pronta para entregar 10 milhões de doses no primeiro semestre assim que o uso emergencial for aprovado. Na segunda-feira (01), a União Química enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que diz ter a capacidade de entregar 150 milhões de doses da Sputnik V até o final de 2021.

Sede da União Química | Reprodução: ICTQ

Análise e compra

O presidente Jair Bolsonaro disse, na última semana, que comprará a vacina desenvolvida pela Rússia quando houve aprovação da Anvisa. No entanto, a agência afirmou que os dados publicados a respeito deste imunizante são diferentes daqueles submetidos pela União Química. 

Para que o pedido seja analisado, é necessário que a farmacêutica dê acesso aos dados completos gerados nos estudos clínicos da vacina. Em comunicado, a Anvisa ressaltou que há dados pendentes, e é necessário o fornecimento de relatórios de estudos clínicos da vacina que incluam dados sobre a fase 3, demonstrando ao menos 50% da eficácia. 

No Brasil, a campanha de imunização está ocorrendo atualmente com a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan e a vacina da Oxford.