STJ diz que plantar maconha para extrair óleo medicinal não é crime

STJ diz que plantar maconha para extrair óleo medicinal não é crime

Na última quarta-feira (13), a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), discutiu os termos sobre a plantação da cannabis medicinal. A decisão é que plantar maconha para extrair o óleo medicinal não configura crime de tráfico, como era considerado anteriormente.

Para fazer o cultivo, é necessário passar não só por prescrição médica, mas também receber uma autorização da ANVISA, que liberava somente a importação do canabidiol.

Justamente por não conseguir pagar o valor excessivo que é cobrado na importação, o cultivo da planta em casa é uma solução viável, desde que regularizada e fiscalizada por órgãos responsáveis.

Em paralelo, o STF está julgando a descriminalização do porte da cannabis para uso pessoal. Praticamente já no fim, o placar está em 5×1 para a liberação, que só precisa ser discutida em relação a quantidade.

Uso para fins medicinais
canabis

Com o objetivo de ajudar na área da saúde, o canabidiol é um óleo extremamente medicinal, que auxilia em quase todo tipo de tratamento, desde ansiedade, a enxaquecas e problemas mais graves. Atualmente, quase ninguém possui acesso ao medicamento, precisando recorrer ao uso de outras formas. Portanto, a discussão sobre a liberação envolve temas como a possível diminuição do tráfico.

Além disso, foram tomadas outras decisões judiciais positivas, como os planos de saúde, e farmácias de manipulação, que agora fornecem esses medicamentos.

 

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Foto de Capa: FioCruz

Goiano que teve dois AVCs volta a andar após tratamento com canabidiol

O empresário Paulo Camargo, natural de Goiânia, sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) em fevereiro de 2022. Com o lado esquerdo do corpo paralisado por conta do derrame, o empresário ficou com dificuldade para se locomover e, por isso, passou quase um ano usando cadeira de rodas. 

Desde janeiro usando o canabidiol do laboratório NuNature prescrito pelo médico que acompanha o quadro clínico, Paulo, agora com 63 anos de idade, conta que melhorou muito sua qualidade de vida, inclusive, uma das evoluções foi voltar a andar sem auxílio. “Cada dia, era uma surpresa! Foram dois AVCs, um isquêmico e outro hemorrágico. Passei 21 dias na UTI. Não tomava banho e nem trocava roupa sozinho. Não andava sem auxílio de bengala! Depois do medicamento, faço tudo sozinho e a bengala e a cadeira de rodas estão encostadas!”, afirma o paciente.

Segundo o empresário, ele tem muito mais autonomia após o uso da medicação. “Eu tô tomando há cerca de seis meses e mudou minha vida. Hoje consigo realizar tarefas do dia a dia sozinho. Faço limpeza da casa, faço comida, resolvo meus negócios bancário, odontológicos e até assistência aos meus clientes. O próximo passo é renovar a carteira profissional e comprar um carro. Também quero voltar à faculdade para terminar meu curso de direito”, celebra Paulo.

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Aos 63 anos, Paulo Camargo volta a andar após tratamento com canabidiol (Foto: Arquivo pessoal)

Benefícios do canabidiol 

De acordo com o Dr. Flávio Geraldes Alves, diretor da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs, o canabidiol pode ser um grande aliado em casos de pós-AVC. “É uma excelente opção terapêutica. O CBD pode auxiliar na recuperação neurológica desse paciente. Outra questão muito comum, os pacientes por terem essas condições debilitantes, podem desenvolver ansiedade ou depressão por perderem os movimentos. Então, o canabidiol tem esse potencial de melhorar a saúde mental e a qualidade de vida”, explica. 

O médico ainda explica que o tratamento também atua na espasticidade, que causa dor crônica e limita ainda mais os movimentos. “Lesões neurológicas podem desenvolver sequelas motoras, como a espasticidade. O Canabidiol Full Spectrum, que contém o THC, pode ajudar nessa espasticidade e na dor que essa sequela pode causar”, afirma o Dr. Flávio.

 

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Curta Mais cria editoria especial para levar informação sobre Cannabis Medicinal

O uso da cannabis medicinal no Brasil tem se tornado um tema cada vez mais relevante e controverso nos últimos anos. Em 2019, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o acesso a produtos à base de cannabis para fins medicinais, permitindo que pacientes com condições médicas específicas tivessem acesso a essa alternativa terapêutica. Desde então, o debate sobre o uso da cannabis medicinal tem ganhado destaque, enfrentando desafios burocráticos e mitos que cercam o assunto.

Nova editoria no Curta Mais

Para tornar a informação sobre a cannabis medicinal mais acessível ao público de Goiânia e no país, o Guia Curta Mais decidiu dar um passo significativo. Em uma demonstração do interesse com a educação e a divulgação responsável, o Curta Mais criou a editoria ‘’Saúde’’ dedicada exclusivamente a essa temática.

Essa iniciativa visa fornecer aos leitores informações atualizadas e confiáveis sobre a cannabis medicinal, suas aplicações terapêuticas e o cenário regulatório em constante evolução no Brasil. A editoria especial do Curta Mais servirá como uma fonte confiável para aqueles que buscam entender melhor os benefícios e os desafios associados ao uso da cannabis para fins medicinais em nosso país.

cannabis
Medicina canábica já é uma realidade no Brasil

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

Cenário da medicina canábica no Brasil

No Brasil, o uso da cannabis medicinal é permitido mediante prescrição médica. Ela tem sido indicada para tratar uma ampla gama de condições, desde dor crônica até epilepsia e câncer. Pacientes que buscam alívio para suas condições médicas muitas vezes encontram na cannabis medicinal uma esperança de melhora na qualidade de vida.

Embora a regulamentação da ANVISA tenha sido um avanço significativo, o acesso à cannabis medicinal ainda enfrenta desafios. O processo burocrático de importação de produtos à base de cannabis pode ser moroso e caro. Muitos pacientes brasileiros ainda lutam para obter os medicamentos de que precisam, o que levanta questões sobre a acessibilidade e a equidade no sistema de saúde.

Desmistificando Mitos

Cannabis Medicinal não é Maconha Recreativa: um dos mitos mais comuns é que a cannabis medicinal é a mesma coisa que a maconha recreativa. Na verdade, esses são dois usos diferentes da planta. A cannabis medicinal é usada sob supervisão médica para tratar condições médicas, enquanto a maconha recreativa é usada para fins de lazer.

Não Causa Dependência: outro mito é que o uso de cannabis medicinal automaticamente leva à dependência. Embora o potencial para dependência exista, ele é muito menor do que com a maconha recreativa, especialmente quando a cannabis medicinal é usada sob orientação médica.

Efeitos Colaterais Controlados: os produtos à base de cannabis medicinal são cuidadosamente dosados e monitorados por profissionais de saúde. Isso ajuda a minimizar os efeitos colaterais e a garantir que os benefícios superem os riscos.

Perspectivas Futuras

A cannabis medicinal no Brasil ainda está em um estágio inicial, com desafios significativos a serem superados. No entanto, à medida que a conscientização aumenta e mais pesquisas são realizadas, espera-se que o acesso se torne mais fácil e que mais pacientes possam se beneficiar desse tratamento alternativo. Além disso, é fundamental continuar desmistificando os mitos que cercam a cannabis medicinal para promover uma discussão informada sobre seu uso no cenário médico brasileiro.

Cenário em Goiás

Em março deste ano, o Diário Oficial do Estado de Goiás publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma o diretor-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego, José Carlos dos Santos.

 

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Medicina canábica é o tema de simpósio gratuito em Goiânia

Presidente da OAB Goiás, Rafael Lara, destaca a importância de desmsitificar o uso da cannabis para uso medicinal

Medicina canábica é tema de simpósio gratuito em Goiânia nesta sexta (1º)

Os avanços, benefícios e desafios da Cannabis Medicinal e seu marco regulatório será tema de um simpósio gratuito em Goiânia (GO), nesta sexta-feira (1º) de setembro, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. 

O evento traz participação de diversas entidades do segmento e renomadas autoridades do assunto em um dia de imersão ao assunto, das 8 às 17 horas. Ele é gratuito, mas é necessário realizar inscrição no link AQUI

O Simpósio será voltado para profissionais médicos, odontólogos, farmacêuticos, advogados, legisladores, representantes de órgãos de controles, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e debater sobre o tema Cannabis medicinal.

Temas do Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Painel I – Marco Legal da Cannabis Medicinal no Brasil; 

Painel II – Perspectivas das Entidades Reguladoras sobre a Cannabis Medicinal; 

Painel III – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Produção de Cannabis Medicinal;

Painel IV – Uso da Cannabis Medicinal no Tratamento de Doenças Específicas e casos clínicos;

O simpósio está sendo promovido pela Iquego, em parceria com a OAB/GO, Golden BRZ, USA Hemp Brasil, ÁGAPE, Hub Curta Mais, Fundação REDWOOD, CDPI Pharma, EPHAR com o apoio dos Conselhos Federal de Farmácia – CFF; Regional de Farmácia – CRF/GO; Regional Odontologia – CRO/GO; Regional de de Psicologia – CRP/GO; Regional de Fisioterapia – CREFITO/GO.

 

SERVIÇO:

Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Data: 1º de setembro de 2023

Horário: 8h às 17h

Local de realização: Auditório OAB – Seção de Goiás, localizado na Rua 1121, n° 200 – Setor Marista

Inscrição gratuita: www.iquego.go.gov.br

 

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Medicina canábica é tema de simpósio gratuito em Goiânia no próximo dia 1º

Os avanços, benefícios e desafios da Cannabis Medicinal e seu marco regulatório será tema de um simpósio gratuito em Goiânia (GO), no próximo dia 1º de setembro, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. 

O evento traz participação de diversas entidades do segmento e renomadas autoridades do assunto em um dia de imersão ao assunto, das 8 às 17 horas. Ele é gratuito, mas é necessário realizar inscrição no link (Clique Aqui)

O Simpósio será voltado para profissionais médicos, odontólogos, farmacêuticos, advogados, legisladores, representantes de órgãos de controles, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e debater sobre o tema Cannabis medicinal.

Temas que serão discutidos no Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Painel I – Marco Legal da Cannabis Medicinal no Brasil; 

Painel II – Perspectivas das Entidades Reguladoras sobre a Cannabis Medicinal; 

Painel III – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Produção de Cannabis Medicinal;

Painel IV – Uso da Cannabis Medicinal no Tratamento de Doenças Específicas e casos clínicos;

O simpósio está sendo promovido pela Iquego, em parceria com a OAB/GO, Golden BRZ, USA Hemp Brasil, ÁGAPE, Hub Curta Mais, Fundação REDWOOD, CDPI Pharma, EPHAR com o apoio dos Conselhos Federal de Farmácia – CFF; Regional de Farmácia – CRF/GO; Regional Odontologia – CRO/GO; Regional de de Psicologia – CRP/GO; Regional de Fisioterapia – CREFITO/GO.

Serviço

Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Data: 1º de setembro de 2023

Horário: 8h às 17h

Local de realização: Auditório OAB – Seção de Goiás, localizado na Rua 1121, n° 200 – Setor Marista

Inscrição gratuita: https://www.iquego.go.gov.br

Goiás sanciona lei que garante medicamento à base de cannabis pelo SUS

Na última quinta-feira (18), foi sancionada pelo Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), a lei que institui a Política Estadual de Fornecimento Gratuito de Medicamentos Prescritos à Base de Cannabis.

A legislação assegura que o Sistema Único de Saúde (SUS) será responsável por distribuir, gratuitamente, medicamentos à base de planta para tratamento de várias doenças, em Goiás, e entrará em vigor em 90 dias.

O projeto de lei é de autoria do deputado estadual Lincoln Tejota (UB) e foi desenvolvido em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape). Nas redes sociais, o parlamentar comemorou a aprovação da lei e o avanço que representa para a medicina goiana. 

Derivados da planta de cannabis foram cientificamente comprovados para fornecer aos pacientes benefícios no tratamento de uma variedade de condições de saúde. Entre elas, doenças crônicas como esclerose múltipla e fibromialgia. Além de tratar autismo, Alzheimer, TDAH, glaucoma, AIDS, epilepsia, dores crônicas e neuropáticas.

A Cannabis Medicinal tem se tornado realidade no Brasil nos últimos anos, com a permissão da Anvisa para importação do CBD nos casos de prescrição médica para o tratamento de epilepsias refratárias às terapias convencionais. Estados como Distrito Federal e São Paulo possuem leis semelhantes à que foi aprovada em Goiás.

 

 

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Iquego é o primeiro laboratório público do Brasil a produzir canabidiol

Em Março, o Diário Oficial publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

Segundo Diony Melo, médico especialista em cannabis medicinal, o intuito é fazer com que a população do estado de Goiás e dos outros órgãos públicos, seja de esfera estadual, municipal ou federal, possam ter os medicamentos à base de canabidiol via SUS.

“Inicialmente, serão disponibilizados de imediato para comercialização os seguintes produtos: Full Spectrum Canabidiol 100mg/ml (3000mg/30ml) – Solução Oral e Full Spectrum Canabidiol 200mg/ml (6000mg/30ml) – Solução Oral. A previsão é de que a produção seja iniciada em junho, pois depende de questões sanitárias e de importação”, destaca o médico.

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma o diretor-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego, José Carlos dos Santos.

A Iquego, com mais de seis décadas de história, e por se tratar de uma estatal que possui como principal acionista o Governo de Goiás, tem como finalidade produzir e comercializar medicamentos e produtos para a saúde atendendo demandas do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde estaduais e municipais.

A Iquego vai cumprir o seu papel, regulando o mercado e o acesso aos produtos via Sistema Único de Saúde (SUS), ofertando por valores mais competitivos e acessíveis. 

iquego

 

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Medicamento à base de Cannabis será vendido via Delivery no Brasil

A farmacêutica brasileira GreenCare, controlada por um dos maiores fundos globais especializados em negócios de cannabis, o Greenfield Global Opportunities, começou esta semana a vender medicamento de cannabis medicinal no varejo por meio de delivery.

Com autorização sanitária obtida junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permitiu a empresa ter localmente estoque desses itens, a companhia consegue encurtar de 30 dias para 48 horas o prazo de entrega do medicamento ao paciente. Antes de obter essa autorização, a importação era feita diretamente pelos pacientes e demorava cerca de um mês até ser finalizada.

“Em 70% do território nacional, vamos conseguir retirar a receita azul (controlada) na casa do cliente em 24 horas após o pedido telefônico e retornamos com o produto no local depois de 24 horas”, explica Fábio Furtado, sócio e diretor comercial da empresa. Ele ressalta que se trata do primeiro delivery de medicamentos à base cannabis do Brasil, um modelo já usado em outros países.

Com a estratégia do delivery, feita por meio de call center dedicado, a expectativa da companhia é ampliar em 40% a base de clientes no prazo de um ano, prevê Martim Prado Mattos, presidente da farmacêutica e controlador do fundo. Hoje a empresa atende 20 mil pacientes.

Mudança

Quando a farmacêutica começou a desenhar o projeto de venda no varejo, chegou a cogitar a possibilidade de comercializar o produto no balcão da farmácia. No entanto, esse caminho está descartado no momento. Mattos diz que pesaram para a mudança de estratégia alguns fatores, como o relacionamento que a empresa já mantém com os clientes, muitos deles idosos e com dificuldade de ir até às farmácias. Também com a pandemia, muitos médicos começaram atender remotamente pacientes de outros Estados. “Percebemos a necessidade do cliente receber o produto dentro de casa.”

Outro ponto que influenciou a decisão foi que, com o delivery, é possível manter a fidelidade da clientela. “Hoje já temos milhares de pacientes que se relacionam com os nossos canais de vendas e não há por que, neste momento, expô-los junto à concorrência no balcão da farmácia”, diz Mattos.

O primeiro produto que começou a ser vendido por meio de delivery é o extrato de cannabis. A companhia planeja disponibilizar duas outras formulações para o varejo em outubro e dezembro. A expectativa é de ter seis novos produtos à base de cannabis no ano que vem. As entregas serão feitas por uma empresa terceirizada, especializada em logística hospitalar, e o frete será gratuito. No modelo atual, onde o cliente importa diretamente, há o custo de frete. 

 

*Agência Estado

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Prefeitura de Goiânia aprova o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica

O prefeito Rogério Cruz sancionou, nesta terça-feira (8), o projeto de lei, criado pelo vereador Lucas Kitão, que inclui a data 27 de novembro como o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no Calendário de Eventos de Goiânia. As informações são do Jornal A Redação.

A proposta foi aprovada no plenário da Câmara, no último dia 10 de Fevereiro, com apenas um voto contrário. De acordo com Kitão, a instituição do Dia Municipal da Cannabis Terapêutica faz parte de uma série de ações de incentivo à pesquisa e à discussão sobre o uso terapêutico da substância, com o objetivo de instruir a população acerca da regulamentação e distribuição dos medicamentos.

Em Goiânia, a Câmara já promulgou a lei que autoriza a regulamentação e a distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base de cannabis medicinal. A legislação precisa ainda ser regulamentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).  

O parlamentar afirmou que quer incentivar o debate e a conscientização, juntamente com a oficialização do Dia da Cannabis Terapêutica, para fomentar ações em defesa dos pacientes que necessitam do tratamento, mas que enfrentam preconceito e dificuldade para adquirir os medicamentos.   

“A inclusão no Calendário Oficial do Município vai permitir que ações sejam realizadas por instituições públicas ou privadas, a fim de promover atividades de caráter educacional na cidade que é referência em todo o Brasil, desde a aprovação da regulamentação desses medicamentos na capital”, explicou o vereador, que tem se dedicado à causa.  

Além disso, a data de 27 de novembro também é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer. A escolha foi idealizada por ativistas defensores do medicamento derivado da cannabis, que apresenta grande efetividade no alívio de sintomas provocados pela quimioterapia.

“Desde 2013 a data já é celebrada não oficialmente. Agora poderemos incluir no Calendário Municipal a realização de debates, palestras e atos públicos, além da distribuição de material informativo”, concluiu Kitão.

 

Imagem: Getty Images

Pesquisa mostra que o uso do Canabidiol reduz tumor cerebral altamente agressivo

O canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da maconha, diminuiu o tamanho do glioblastoma, um tumor cerebral altamente agressivo e letal, em ratos. Os pesquisadores também observaram que, após inalarem a substância, as cobaias apresentaram redução de substâncias essenciais para o crescimento da doença. Detalhes da pesquisa foram apresentados na revista especializada Cannabis and Cannabinoid Research.

Usando células de glioblastoma modificadas de humanos, os especialistas criaram o que é chamado de glioblastoma ortotópico, o modelo mais realista possível para o tumor. No oitavo dia, o câncer se estabeleceu de forma agressiva no cérebro dos camundongos. E, no dia seguinte, a equipe deu início ao tratamento, com doses diárias de CBD inalado. Alguns animais receberam um placebo, e o experimento durou sete dias.

Ao avaliar as imagens do tumor, os pesquisadores notaram uma expressiva diminuição do tamanho da doença nos ratos que ingeriram o CBD, o que não foi visto no grupo placebo. “Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor e também no microambiente tumoral estabelecido pelas células cancerosas, o que inclui vasos sanguíneos e fatores de crescimento diversos que fazem com que ele se espalhe”, explica, em comunicado, Babak Baban, imunologista da Augusta University, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

cientistas
Rutkowski (E) e Baban testam a substância contra o glioblastoma – (crédito: Michael Holahan, Augusta University)

 

Uso combinado

O tratamento para o glioblastoma atualmente inclui cirurgia, seguida de quimioterapia e radioterapia, mas os resultados não são altamente satisfatórios. “O que temos não está funcionando muito bem. Os familiares trazem os pacientes e dizem que eles simplesmente não estão pensando direito, que a memória está desordenada ou que foram demitidos do emprego porque não estão mais fazendo as coisas que faziam há 30 anos”, conta Baban.

Um dos planos dos especialistas, caso o efeito da droga se repita em outras análises laboratoriais, é usar o CBD em conjunto com as abordagens disponíveis, como a cirurgia. “Estamos animados com a redução do tumor e acreditamos que o canabidiol poderá ser explorado como uma ferramenta auxiliar durante o tratamento”, ressalta Baban.

 

*Fonte Correio Braziliense

Imagem: Reprodução / Ilustrativa

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Avon lança sua primeira linha de cosméticos à base de maconha

Avon, empresa de cosméticos, acaba de lançar sua primeira linha de produtos à base de canabidiol. A substância derivada da maconha tem efeitos terapêuticos e propriedades poderosas para o cuidado com a pele comprovados cientificamente. Com isso, tem ganhado cada vez mais o mercado de cosméticos.

A linha denominada “Green Godess”, que no português significa “Deusa Verde”, conta com um óleo hidratante para o rosto e um creme para o corpo, com preço base de US$ 33 (R$ 183 na cotação atual) e um óleo facial, com valor de US$ 50 (R$ 277 na cotação atual). 

Avon Independent Sales Representatives - Barb & Denise - Long ...

Segundo a Avon, o óleo facial reduz visivelmente a vermelhidão, acalma a irritação, equilibra a oleosidade e evita o ressecamento.

O cleansing oil Green Goddess é feito com ingredientes de fontes sustentáveis com óleo da semente da maconha, esqualano, cúrcuma e extrato de jojoba, misturado com a planta da maconha, que contém diversas vitaminas e ácidos graxos essenciais“, explica a empresa no site.

Apesar de não possuir THC, substância considerada psicotrópica, a venda de cosméticos à base de canabidiol no Brasil ainda não é regulamentada. Portanto, não há previsão de chegada dos produtos no mercado nacional.