Caso Lázaro Barbosa: série documental sobre vida e fuga do criminoso chega ao PlayPlus

Os três primeiros episódios da série documental “Os 20 dias de Lázaro”, que  investigou a vida e a morte do criminoso mais procurado do Brasil em 2021, Lázaro Barbosa, estreou ontem no PlayPlus, que é o  serviço de streaming multiplataforma da Record TV. A série terá ao todo,  seis episódios com duração de 30 minutos cada.

 

O roteiro recria uma cronologia que vai desde a infância no sertão baiano à captura midiática no cerrado de Goiás. Todos os fatos foram apurados jornalisticamente. A série apresenta ainda  detalhes inéditos dos crimes cometidos pelo maníaco e diferentes ângulos da perseguição implacável que moveu mais de 250 policiais contra um fugitivo.

 

Caso Lázaro 

 

O caso ocorreu em junho de 2021, quando Lázaro Barbosa matou com crueldade quatro pessoas de uma mesma família na cidade de Ceilândia, na região metropolitana do Distrito Federal. Após os assassinatos, Lázaro iniciou uma fuga deixando rastros de terror e que fez o Brasil parar em frente à TV por 20 dias. As investigações policiais indicam que o criminoso agiria como jagunço em uma “rede de criminosos”.

Caso Lázaro: Descubra 5 buscas mais longas e famosas por bandidos do mundo

Desde o dia 9 de junho deste ano, a equipe policial do Estado de Goiás e Distrito Federal tem iniciado as buscas por Lázaro Barbosa de Sousa, acusado de vários crimes como homicídios e roubos na região Centro-Oeste.

 

Mais de 270 policiais estão envolvidos nesta megaoperação de busca, que já completa mais de 14 dias sem respostas. De acordo com informações e testemunhas de vítimas, o rapaz tem atuado na área rural em torno de Cocalzinho, Edilândia e Girassol, municípios interiores localizados na BR-070.

 

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E com isso, a paralisação dos policiais sobre o caso, o receio dos moradores e a quantidade dos dias de busca sem respostas nos faz remeter a casos semelhantes que ganharam visibilidade no Brasil e no mundo. E que hoje, as histórias totalmente resolvidas se tornaram marcantes para o universo policial e outros ainda permanecem na mira, apenas com informações de pistas e achados, mas sem desdobramentos maiores. Confira abaixo as 5 buscas mais longas da história:

 

Ted Bundy

 

Considerado um dos mais famosos serial killers na década de 70, o norte-americano Ted Bundy deu muito trabalho para a polícia ao cometer uma série de crimes e sequestro de estupro de mulheres.

 

Em 1974, várias estudantes começaram a sumir nas regiões de Washington e Oregon, região vizinha à casa de Bundy. Logo, o jovem começou a estudar Direito na Universidade de Utah e, não por coincidência, diversas estudantes de lá foram sequestradas, abusadas e mortas. Porém, uma de suas vítimas conseguiu fugir antes de ser morta, e foi por meio dela que a polícia conseguiu traçar um perfil do assassino em série.

 

No mesmo ano, por acaso, Ted Bundy acabou sendo preso por um agente de trânsito por dirigir de forma estranha, e depois, por encontrar ferramentas, como, picador de gelo, pé-de-cabra, meia-calça com buracos para os olhos, luvas e outros itens questionáveis em seu carro. Mas não durou muito para o assassino fugir da cadeia três anos depois.

 

E com isso, as buscas por Bundy duraram aproximadamente três meses, que chegou encontrado após mais um assassinato realizado no mês de fevereiro de 1978. Esta, foi a última vez que o serial killer foi preso e morreu no ano seguinte após sua sentença de pena de morte.

 

Ted Bundy confessou ter matado 36 jovens, mas a polícia estimava que o número poderia chegar até 65 vítimas, sendo o primeiro assassinato aos 14 anos de idade.

 

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Foto: Reprodução/Divulgação

 

Maníaco do Parque

 

O brasileiro Francisco de Assis Pereira foi considerado serial killer que atuou entre os anos 1997 e 1998, em São Paulo.

Ele sequestrava suas vítimas, em sua maioria, mulheres, e levava ao Parque do Estado para realizar o ato de estupro e assassinato. Porém, uma das vítimas sobreviveu aos ataques de Francisco que ajudou a localizar a região onde o serial trabalhava como motoboy, facilitando o trabalho policial de criar um retrato-falado e começar as buscas pelo assassino.

Francisco foi alvo de buscas intensas e colaboração da polícia de diversos estados, até que o assassino foi encontrado em Itaqui, interior do Rio Grande do Sul. Após a prisão, ele colaborou com a polícia para a localização dos restos mortais de suas vítimas, que no total, contabilizaram oito cadáveres encontrados no Parque.

O maníaco foi condenado a 280 anos de prisão, mas por conta da lei brasileira, o tempo máximo permitido para presidiários é de apenas 30 anos. Sendo assim, Francisco tem previsão para deixar a prisão no ano de 2028 e voltar à vida como cidadão comum.

Caso Maníaco do Parque: o serial killer que aterrorizou São Paulo - Mega  Curioso
Foto: O Globo/Reprodução

Bonnie e Clyde

 

Uma das histórias reais que inspira muitos filmes de terror e suspense é do casal Bonnie e Clyde, que atuaram entre os anos 1932 e 1934, na região dos Estados Unidos.

 

Bonnie Elizabeth, nascida no ano de 1910, tinha facilidade com a escrita e chegou a escrever introduções de discursos para políticos locais. Na época, a jovem era descrita como uma jovem inteligente, de personalidade e força de vontade e conheceu seu segundo parceiro Clyde Barrow enquanto trabalhava como garçonete em uma lanchonete no ano de 1930.

 

Clyde Barrow, natural de Kansas e nascido em 1909, já possuía um histórico de envolvimento com a polícia desde pequeno. Aos 16 anos, foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder que não havia devolvido à locadora no prazo certo. Logo, foi preso novamente juntamente com o seu irmão Buck, ao roubar perus de uma propriedade privada, e assim sucessivamente. Mesmo empregado, Clyde praticava pequenos furtos em lojas de conveniência e roubando carros, sua preferência era por pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.

 

Ao conhecer Bonnie, ambos decidiram criar uma gangue chamada Barrow, que tinha amigos e outros adolescentes como integrantes do grupo. Porém, Clyde acabou sendo presa e ao conseguir sair da cadeia, voltou novamente para os braços do seu amado e cúmplice. Na bagagem, o casal colecionou dezenas de assaltos a bancos, lojas e o assassinato de, pelo menos, nove policiais, começando a chamar atenção da polícia e da mídia e espalhar medo na sociedade.

 

Ao serem considerados mestres das fugas, a polícia norte-americana nunca conseguia achá-los durante os anos em que atuaram, até que em 1934, as autoridades conseguiram um informante, que também serviu como cúmplice do casal.

 

Após informações sobre como e onde eles costumavam viajar, agentes dos estados do Texas e Louisiana emboscaram Bonnie e Clyde na estrada, matando o casal em um tiroteio.

bonie and clyde. 1933 | Bonnie parker, Bonnie clyde, Bonnie n clyde
Foto: Divulgação/Reprodução

Jack, o Estripador

 

Considerado um dos assassinos mais assustadores, Jack – pseudônimo dado ao assassino em série – atuou na periferia de Whitechapel, distrito de Londres, e arredores no ano de 1888. A diferença entre eles e os outros citados acima é que por mais que a polícia tivesse feito todos os esforços possíveis para prender o homem responsável pela morte e retirada de órgãos de cinco mulheres, eles nunca conseguiram identificá-lo.

 A capital da Inglaterra passou por três meses aterrorizantes, período em que Jack não só matou as vítimas como mandou cartas à polícia, sendo uma delas, com um rim humano preservado. Três anos depois, em 1891, outros assassinatos aconteceram, mas a polícia nunca conseguiu descobrir se o irreconhecível Jack era o autor das matanças.

 No geral, 100 homens foram suspeitos de serem o serial killer, mas nenhuma prova conseguiu fazer com que a polícia londrina  tivesse certeza de sua identidade. Mais de 2 mil testemunhas foram questionadas e mais de 300 foram investigadas. Até a população criou um comitê de vigilância na região onde Jack costumava atuar, mas tudo foi em vão.

O mistério de Jack, o Estripador se estende até os dias de hoje, com pesquisas policiais para desvendar a verdadeira identidade do assassino em série, mesmo com poucas provas que foram resgatadas na época.

Novas evidências sobre a identidade de Jack, o Estripador | Internacional |  EL PAÍS Brasil
Foto: Divulgação/Reprodução

Paulo Cupertino

E por último, o brasileiro Paulo Cupertino que assassinou o ator Rafael Miguel, 22 anos, e sua família em frente à sua casa em São Paulo, no ano de 2019. O motivo do crime foi que o assassino não aceitava o namoro dele com sua filha.

Cupertino fugiu após o crime e nunca mais foi encontrado. A polícia busca por informações que indiquem sua localização, e já receberam pistas em diversas cidades do Brasil e em um local na Argentina. Mais de 300 locais já foram investigados e nada foi encontrado.

A busca pelo assassino, acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, foi incluso na lista da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), ou seja, qualquer país do mundo pode prendê-lo caso o encontre.

Cupertino está entre os 17 assassinos mais procurados pelo Estado de São Paulo.

Polícia prende Paulo Cupertino, assassino do ator Rafael Miguel
Foto: Divulgação/Reprodução