Sororidade seletiva? Blogueira Mari Ferrer, vítima de estupro, publicou prints mostrando que pediu ajuda a famosas e elas ignoraram

O caso da blogueira Mari Ferrer é um dos mais tristes e mais conhecidos nos últimos anos. A modelo estuprada na boate Café de La Music em Jurerê Internacional, Florianópilis, tenta provar que foi vítima de violência cometida por André Camargo Aranha,  O caso famoso tem até comissão formada no senado para ajudar a defender a moça.

 

Mariana tem sempre usado as mídias sociais para mobilizar e pedir apoio de mulheres famosas para a sua causa. Nomes como Anitta e Marília Mendonça já se posicionaram ao lado dela. Porém, segundo Mari divulgou, nesta noite, há também as famosas que usam o termo sororidade apenas para discurso.

 

A blogueira violentada mostrou que Marina Ruy Barbosa e Isís Valverde foram duas das famosas que leram o contato feito por ela, via direct de instagram, e ignoraram o pedido de ajuda.  A internet logo recorodu que o acusado é amigo dos herdeiros do grupo Globo.

 

isisisis

Marina

 

 

Goiânia terá mobilização em apoio a Mariana Ferrer

Diversos grupos de mulheres organizam protesto em Goiânia, neste domingo (8) para pedir por Justiça no caso da influenciadora digital, Mariana Ferrer, de Santa Catarina. O caso ganhou repercussão nacional após julgamento, o qual o empresário André de Camargo Aranha foi absolvido de uma acusação de estupro.

Os grupos Coletivo de Mulheres Goianas; Bloco Não é Não; Movimento de Mulheres Olga Benario; Instituto Padma; Associação Mulheres na Comunicação; União Estadual dos Estudantes e Coletivo ParaTodos GO organizam a manifestação, que está marcada para às 9h, na Praça Cívica, em frente ao museu.

Conforme trecho do texto que convoca as mulheres a participarem do ato, “a manifestação, apartidária e com fins culturais, levanta duas principais bandeiras: o fim da culpabilização da vítima dentro da cultura do estupro e a revisão do machismo estrutural no sistema judiciário brasileiro”. O protesto também irá pedir a revisão da sentença.

A mobilização acontece a nível nacional, com protestos confirmados nas cidades de: Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Teresina (PI), Campina Grande (PB), além de Goiânia.

Caso Mari Ferrer

Nos últimos dias, o vídeo do julgamento do caso de Mariana Ferrer, de 23 anos, causou revolta no país. A influencer foi humilhada pelo advogado de André Aranha, empresário acusado de tê-la estuprado em uma festa em 2018. Ele foi inocentado, sob a alegação de que cometeu “estupro culposo”. O caso gerou revolta nas redes sociais. As imagens foram obtidas pelo The Intecept Brasil, e causaram grande repercussão.

De acordo com o promotor responsável pelo caso, não havia como o empresário saber, durante o ato sexual, que Mari não estava em condições de consentir a relação, não existindo assim “intenção” de estuprar.

Sendo assim, o juiz aceitou a argumentação de que André cometeu um “estupro culposo”, um “crime” não previsto na lei brasileira. Porém, como ninguém pode ser condenado por um crime que não existe, o réu foi absolvido.

O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, responsável pela defesa do empresário, mostrou várias fotos de Mariana durante a audiência e definiu as imagens como “ginecológicas”. Em momento algum foi questionado por membros do Tribunal de Justiça catarinense sobre a relação das fotos com o caso.

Gastão também disse que “jamais teria uma filha do nível” de Mariana. Bastante incomodada, a influencer respondeu dizendo que está de roupa nas fotos e que elas “não têm nada demais”. A jovem ainda argumentou: “A pessoa que é virgem, ela não é freira não, doutor. A gente está no ano 2020”.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Santa Catarina (OAB-SC) vão apurar as condutas respectivamente, do juiz, do promotor e advogados que atuaram no caso.

Comentarista é demitido da Jovem Pan após dizer que daria ‘esporro’ em filha se fosse estuprada 

O comentarista Rodrigo Constantino, da Jovem Pan, teceu comentários sobre o caso de Mariana Ferrer em um vídeo, que culminou na sua demissão do cargo. No vídeo, ele afirma que se uma situação semelhante acontecesse com sua filha ele daria “esporro” na garota e “não denunciaria” os envolvidos.

Após o episódio, a emissora demitiu o comentarista e em nota, ressaltou que o ocorrido foi em uma “live independente fora de nossas plataformas” e que “desaprova veementemente” as opiniões do comentarista, que foram acusadas de apologia ao estupro.

“No caso de Mariana Ferrer, defendemos que a vítima não deve ser responsabilizada pelos atos de seu agressor, apesar do respeito que todos nós devemos ter às decisões judiciais”, completou a rádio.

Em suas redes sociais, Rodrigo se posicionou dizendo que “vcs (sic) venceram uma batalha, parabéns! A pressão foi tão grande sobre a Jovem Pan, DISTORCENDO CLARAMENTE MINHA FALA, que não resistiram. Não os culpo. É do jogo. Quem me conhece e quem viu de fato sabe que eu jamais faria apologia ao estupro! Mas desde já estou fora da Jovem Pan.”

Vale lembrar que o julgamento do caso de Mari Ferrer ocorreu ontem (03). A sentença inédita e sem precedentes na Justiça brasileira classificou o crime como “estupro culposo”, o que gerou grande repercussão e revolta nas redes sociais.

Foto: Reprodução

 

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Sentença de ‘estupro culposo’ no caso Mari Ferrer gera revolta e mobilização no país

Circula na internet, o vídeo do julgamento do caso de Mariana Ferrer, de 23 anos. A influencer foi humilhada pelo advogado de André Aranha, empresário acusado de tê-la estuprado em uma festa em 2018. Ele foi inocentado, sob a alegação de que cometeu “estupro culposo”. O caso gerou revolta nas redes sociais. As imagens foram obtidas pelo The Intecept Brasil, e causaram grande repercussão.

De acordo com o promotor responsável pelo caso, não havia como o empresário saber, durante o ato sexual, que Mari não estava em condições de consentir a relação, não existindo assim “intenção” de estuprar.

Sendo assim, o juiz aceitou a argumentação de que André cometeu um “estupro culposo”, um “crime” não previsto na lei brasileira. Porém, como ninguém pode ser condenado por um crime que não existe, o réu foi absolvido.

O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, responsável pela defesa do empresário, mostrou várias fotos de Mariana durante a audiência e definiu as imagens como “ginecológicas”. Em momento algum foi questionado por membros do Tribunal de Justiça catarinense sobre a relação das fotos com o caso.

Gastão também disse que “jamais teria uma filha do nível” de Mariana. Bastante incomodada, a influencer respondeu dizendo que está de roupa nas fotos e que elas “não têm nada demais”. A jovem ainda argumentou: “A pessoa que é virgem, ela não é freira não, doutor. A gente está no ano 2020”.

‘Choro dissimulado’

Em seguida, o advogado continuou atacando Mariana. “Só aparece essa sua carinha chorando. Só falta uma auréola na cabeça. Não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso, e essa lágrima de crocodilo”.

Após essas falas, um dos membros do Tribunal de Justiça percebeu que Mariana chorava muito ao ouvir as palavras e perguntou se ela quer sair um pouco para se recompor.

Apesar de estar claramente emocionada, Mari responde as alegações. “Eu gostaria de respeito, doutor. Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito no mínimo. Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma que eu estou sendo tratada gente, pelo amor de Deus. Eu sou uma pessoa ilibada. Nunca cometi crime contra ninguém.”

A OAB de Santa Catarina e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos solicitaram esclarecimentos ao advogado e ao TJ de Santa Catarina sobre a sua conduta durante o interrogatório.

CNJ vai investigar

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai analisar um pedido de investigação contra o juiz, por omissão. O juiz inocentou um empresário ao aceitar a tese de “estupro culposo”, um crime não previsto em lei, mas que significaria um abuso sexual praticado sem a intenção. A decisão polêmica partiu do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, responsável pelo caso.

Assista o vídeo da audiência:

Capa: Reprodução/The Intercept Brasil