Cantora Cláudia Garcia morre vítima de Covid-19 aos 49 anos em Goiânia
Foram mais de 30 anos dedicados a arte, interrompidos pela Covid-19 na manhã desta sexta-feira (26). A cantora Cláudia Garcia, um dos nomes mais notáveis e promissores do cenário musical regional, testou positivo na última quinta-feira (18) e dois dias depois já estava entubada. Sem doenças preexistentes e tomando todos os cuidados, a artista não resistiu às complicações causadas pelo vírus, mesmo internada no HCamp – Hospital de Campanha, principal referência no tratamento de pacientes com Coronavírus. “Mesmo com certo sobrepeso, ela não tinha nenhum problema de saúde e estava toda animada para retomar o trabalho após a pandemia”, conta a produtora artística Rejane Neves.
Cláudia tinha finalizado a gravação do novo disco, faltando apenas mixagem para o lançamento. “Vou honrar sua memória e vou lançar esse disco assim que possível”, promete Rejane.
A sambista que também amava soul music era um dos nomes mais requisitados dos palcos goianienses e tinha público cativo por onde passava. Em 2015, foi o nome escolhido pelo Curta Mais para abrir o show de Diogo Nogueira, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. “Cláudia deixa um legado na música e uma saudade de quem teve o privilégio de vê-la ao vivo num palco. Foi uma honra tê-la em nossos eventos”, diz Marcelo Albuquerque, produtor de eventos e fundador do Curta Mais.
Nascida em São Paulo e radicada em Goiânia há mais de uma década, Cláudia iria completar 50 anos na próxima quinta-feira (4). Além de amigos, fãs e família, ela deixa um filho de 16 anos com quem aparece na última foto publicada em suas redes sociais com um trecho da música Canteiros, de Fagner. “Quando penso em você, fecho os olhos de saudade”.
Foto de capa: Angelo Henrike / Divulgação