Pela primeira vez na história turistas podem visitar o subsolo do Coliseu em Roma

O labirinto de túneis subterrâneos do Coliseu foi inteiramente aberto ao público pela primeira vez na história nesta segunda-feira (28). Durante os 450 anos em que a arena exibiu competições entre gladiadores, lutas com animais selvagens e até batalhas navais, os seus bastidores eram um segredo bem guardado. Só acessava o piso inferior, chamado de “hipogeu”, os “artistas” e demais ajudantes que faziam parte dos espetáculos. 

De lá para cá, os corredores que abrigavam jaulas e o maquinário para içar cenários, adereços e pessoas ficaram restritos a arqueólogos, historiadores e demais especialistas. Uma pequena sessão do subterrâneo já estava aberta ao público desde 2010, mas a diferença é que agora os visitantes poderão caminhar pelos túneis que cruzam toda a extensão do Coliseu.

A abertura dos túneis subterrâneos marca o fim da segunda fase de um projeto de restauração do Coliseu, para o qual foram necessários € 25 milhões que estão sendo desembolsados pela fabricante de artigos de luxo Tod’s. O primeiro estágio da reforma envolveu a limpeza e restauração da fachada e a substituição dos portões de metal nas entradas. O terceiro prevê a restauração de galerias no segundo andar e a realocação do centro de serviços para fora do monumento. 

Essa não é a primeira vez que grifes italianas ajudam a financiar a restauração de  construções históricas em Roma. A Bulgari já reformou a escadaria da Piazza di Spagna e a Fendi promoveu uma limpeza na Fontana di Trevi.

Atualmente, boa parte dos túneis subterrâneos do Coliseu estão expostos e podem ser vistos de cima porque o piso da arena foi sendo removido durante escavações feitas por arqueólogos a partir do século 18. No entanto, isso deve mudar em breve. No último dia 2 de maio, o ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, anunciou que a empresa Milan Ingegneria foi a vencedora de uma licitação para construir um piso retrátil de madeira que cobrirá a arena por completo. A ideia é que um sistema de engrenagens faça com que as ripas sejam recolhidas a qualquer tempo, permitindo que o ar circule pelas câmaras subterrâneas. As obras, estimadas em € 18,5 milhões, devem começar ainda em 2021 e terminar até 2023.

 

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Reconstrução em Coliseu colocará público no mesmo lugar usado por gladiadores

Um projeto apresentado pelo Ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, em maio deste ano, colocará visitantes e turistas no centro do Coliseu, mesma posição em que gladiadores ficavam quando enfrentavam os  leões, no período antes de Cristo (a.C)

 

Em um dos pontos turísticos mais famosos do mundo será construído um piso retrátil de madeira que cobrirá a area por completo. Um sistema com engregagens fará com que as ripas que compõem o piso sejam recolhidas a qualquer tempo, permitindo que o ar circule pelas câmaras subterrâneas. 

 

As obras que tem início para começar ainda neste ano, custará em um valor superior a 18 milhões de euros, o equivalente a R$115.141.435,00 reais. O Coliseu se tornou um dos lugares mais visitados antes da pandemia paralisar as viagens internacionais. Apenas em 2019, foram colecionadas mais de 7,6 milhões de entradas vendidas.

 

O subsolo do Coliseu, escavado há mais um século, possuía instalações de madeira onde eram despejadas toneladas e toneladas de areias. E nessa junção de salas, elevadores e jaulas ficaram os gladiadores e a feras antes de entrarem em cenas

 

“Estamos finalmente devolvendo ao público a mesma visão que as pessoas tinham durante a anituguidade”, confessou 

 

Porém, o projeto possui seus motivos prós e contras relacionados ao ponto turístico. Estudantes, especialistas e arqueólogos indagaram o motivo da cobertura no Coliseu e acreditaram que tal reforma não merece ser feita em um espaço considerado monumento. “É a Itália vista como se fosse Las Vegas. A ideia de que o monumento como está não seria o suficiente e deve ser transformado é ridícula. Monumentos não são coisas para serem preenchidas”, afirmou o historiador de arte Tomaso Montanari em entrevista ao jornal The New York Times.

 

Porém, Dario Franceshini defendeu que o projeto é importante e combina com atributos muito importantes para o país como: sustentabilidade, conservação, proteção e inovação tecnológica. Inclusive, ainda salientou que o espaço ficará muito agradavél para fãs de filmes como Ben-Hur (1959), Spartacus (1960) e Gladiador (2000). Veja algumas fotos:

 

Tour guiado no Coliseu de Roma: visita exclusiva ao subterrâneo e terraço -  Vidai, sua vida mais inteligente

Área interna do Coliseu. Foto: Reprodução/Divulgação

 

Excursão subterrânea ao Coliseu com Arena Gladiador e Fórum Romano
Área interna do Coliseu, Foto: Reprodução/Divulgação

 

Confira o projeto:

 

Foto: Divulgação