Saiba como funciona o Botão do Pânico, criado em Goiânia para proteger mulheres

Quase 900 mulheres estão cadastradas no Botão do Pânico. A ferramenta permite que vítimas de violência doméstica acionem ajuda emergencial com apenas um clique, uma vez que o alerta é enviado diretamente à Guarda Civil Metropolitana (GCM). Segundo a Prefeitura de Goiânia, a medida garante mais agilidade no atendimento, além de oferecer mais proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.

Como funciona:

  • O botão emergencial está localizado dentro do aplicativo Prefeitura 24; Para utilizá-lo, é preciso que as vítimas contem com medida protetiva emitida pelo Judiciário e sejam atendidas pela Patrulha Mulher Mais Segura; 
  • Assim que o botão é pressionado, os guardas escalados para essas ocorrências recebem automaticamente os dados da vítima e do agressor, e vão prontos para lidar com a situação.

Proteção às mulheres
O Botão do Pânico faz parte das medidas adotadas pela Prefeitura com o objetivo de enfrentar a violência doméstica. Entre as ações, também se destaca o Programa Mulher Mais Segura, cujo trabalho é feito por uma equipe formada por 24 membros da GCM, que receberam capacitação para ações de combate à violência contra mulheres.

O atendimento é feito por meio de visitas contínuas às mulheres. Caso haja descumprimento das medidas protetivas por parte dos agressores, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) é acionado para que aplique as penas cabíveis, incluindo pedido de detenção. “O apoio do prefeito Rogério Cruz muito nos auxilia no enfrentamento à violência contra a mulher e, principalmente, em ações da Prefeitura em prol dessas mulheres”, afirma a coordenadora do programa, comandante Luiza Sol.

Outra ferramenta é a Casa Abrigo Sempre Viva, que oferece suporte às mulheres que precisam de suporte e acolhimento. É um espaço projetado para oferecer proteção e assistência integral às vítimas e seus filhos. O local funciona 24 horas por dia e o acesso à unidade ocorre mediante encaminhamento das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam). Antes do ingresso na casa, as mulheres passam por escutas e triagens, garantindo que a intervenção seja eficaz e dirigida às necessidades específicas de cada caso.

“O trabalho no local é desenvolvido de forma que as abrigadas conheçam os seus direitos, ampliem a consciência sobre relacionamentos afetivos saudáveis e retomem suas vidas seguras e, se possível, já inseridas no mercado de trabalho, explica a secretária da Mulher, Kátia Hyodo.

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Exposição em Goiânia homenageia mulheres que simbolizam a resistência e o combate à violência

Nesta quinta-feira (19), foi lançada a exposição “A voz delas”, do artista Hector Angelo. Com o apoio da Prefeitura de Goiânia, a  coletânea reúne cinco obras que retratam as histórias Maria da Penha, Dra. Cristina Lopes, Marielle Franco, Sylvie Alves e Glamour Garcia.

 A amostra está localizada no Armazém da Decoração, e estarão disponíveis para serem visitadas até dia 31 de agosto. A exposição tem como objetivo homenagear mulheres que enfrentaram as dores da violência doméstica, política e de gênero e que hoje representam uma potente força no combate à violência e ao desamor. 

Sobre essas mulheres mulheres

Maria da Penha

Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de Marco Antonio Heredia Viveros. Ela ficou paraplégica devido lesões irreversíveis e constam-se ainda outras complicações físicas e traumas psicológicos. A Lei Maria da Penha foi sancionada estabelecendo que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, deve ser apurado através de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público. 

Dra. Cristina Lopes Afonso

Em 1986, aos 20 anos, Cristina Lopes teve 85% do corpo queimado por seu, então, ex-namorado em uma tentativa de homicídio. Seu caso marcou a história do país como o primeiro caso de tentativa de feminicídio com vítima viva, a ter o agressor julgado e condenado de forma exemplar. Ela ajudou a fundar o Núcleo de Proteção aos Queimados, a Liga Acadêmica de Queimaduras em Goiânia, a Sociedade Brasileira de Queimaduras, a Federação Latino-Americana de Queimaduras e o curso de Fisioterapia da Eseffego, onde deu aulas por 15 anos. 

Marielle Franco

Em sua carreira política, Marielle foi reconhecida internacionalmente, por ONGs como a Anistia Internacional, pela formulações de projetos de leis e pautas em defesa dos direitos da população LGBTI e das mulheres pretas e faveladas. No dia 14 de março de 2018, Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados com 13 tiros. O caso Marielle, como ficou conhecido, foi notícia no mundo todo e gerou diversas manifestações que, mais de dois anos depois, continuam pedindo justiça e buscando manter seu legado vivo.

Sylvie Alves

Silvye Alves, apresentadora do Cidade Alerta Goiás, da Record TV, foi agredida em sua casa pelo ex-namorado, o empresário Ricardo Hilgenstieler, precisando ser submetida a uma cirurgia após ser violentada. Ela compartilhou o valor gasto com os procedimentos cirúrgicos feitos no rosto, onde foi mais agredida, no valor de R $20.500. A violência doméstica foi presenciada pelo filho da jornalista, de 11 anos.

Glamour Garcia

A atriz Glamour Garcia, durante sua personagem da novela “Dona do Pedaço”,  passou por sérios problemas. Na vida pessoal, ela enfrentou situações abusivas com o então marido, Gustavo Dagnese. O relacionamento só chegou ao fim em 2020. Glamour Garcia aos treze anos, descobriu ser uma mulher transexual, logo assumindo sua real identidade, o que a fez enfrentar a transfobia, a misoginia e o preconceito social.

Fonte: Portal Prefeitura de Goiânia

 

 

Goiânia recebe palestra para pais e alunos discutirem o bullying

Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully​, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português”

O ambiente escolar é um dos mais propícios para essas “brincadeiras” mascaradas e tudo se torna motivo para risos, deboches e a eclosão da violência. Os motivos são variados: aparência, sexualidade, desempenho nas notas…

É preciso rasgar o verbo e colocar na mesa tudo aquilo que incomoda e pode gerar consequências irreversíveis.

Quarta-feira que vem, dia 27, a advogada Tatiana Takeda e a pedagoga Tetê Ribeiro ministrarão a palestra “Aprendendo a lidar com o Bullying”

O evento emitirá certificado.
 
Serviço:
 
“Aprendendo a lidar com o Bullying”
 
Local: Educandário Yara
 
Endereço: Alameda Paraná, 320 – St. Jaó.
 
Data: 27/02/2019
 
Horário: 19h
 
Inscrições: 1kg de alimento não perecível
 
Informações: 3093-7036
 
Imagem: iStock/banco de imagem

Botões de ‘pânico’ poderão ser implantados no transporte coletivo de Goiânia

Foi aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal de Goiânia, um projeto que visa combater o Assédio Sexual no transporte coletivo de Goiânia.

A proposta prevê o treinamento de motoristas e cobradores e a interligação entre os veículos e o sistema de monitoramento da Secretaria Estadual de Segurança Pública.

De acordo com Eduardo Prado (Vereador responsável pelo projeto), na prática a norma prevê a instalação obrigatória de botões de pânico nos ônibus que, ao ser acionados, enviarão um alerta para os órgãos de segurança informando a localização do veículo via GPS, para que possa ser abordado pela viatura mais próxima.

(Imagem: Vinicius Martins/Revista Factual)