Amazônia brasileira guarda um santuário de biodiversidade e beleza inexplorada simplesmente fantástico

O Amapá,  localizado na Amazônia  brasileira, é um dos estados mais preservados do país e abriga verdadeiros tesouros escondidos em seu extremo norte, oferecendo aventuras em locais pouco explorados e uma rica biodiversidade que surpreende até os viajantes mais experientes. Um dos destaques é o Parque Nacional do Cabo Orange, situado na foz do rio Oiapoque e abrangendo os municípios de Calçoene e Oiapoque. Este parque é um santuário da natureza que se estende por 619 mil hectares, protegendo uma variedade de ecossistemas desde mangues, campos inundáveis, cerrados, até florestas de terra firme e ecossistemas marinhos. Esta diversidade torna o parque único, sendo tanto continental quanto marinho, com cerca de 200 mil hectares sob águas oceânicas​​.

O Parque Nacional  Cabo Orange

O Parque Nacional do Cabo Orange, com sua vasta extensão de 657.318 hectares, oferece uma notável diversidade de ecossistemas que vão desde manguezais até campos inundáveis, florestas de terra firme, e áreas marítimas. Situado na foz dos rios Oiapoque e Uaçá, na fronteira com a Guiana Francesa, o parque desempenha um papel crucial na proteção da biodiversidade única da região amazônica, incluindo espécies ameaçadas como o gato-do-mato (Leopardus tigrinus) e a tartaruga-verde (Chelonia mydas)​​​​​​.

Criado em 15 de julho de 1980, o parque não apenas protege uma importante variedade de habitats terrestres e marinhos, mas também serve como área essencial para a pesca, sustentando algumas das pescarias mais importantes do Brasil. Entre as espécies protegidas, encontram-se o tatu-canastra (Priodontes maximus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), a onça-pintada (Panthera onca), e várias outras, reforçando o papel do parque na conservação de fauna crítica. Além disso, a região foi designada como um Sítio Ramsar em 2013, reconhecendo-a como uma área úmida de importância internacional​​.

Além de sua importância ecológica, o Cabo Orange é uma região de significativo valor histórico e cultural, marcado pelas ocupações de diversas populações indígenas e disputas coloniais. Este patrimônio histórico-cultural, junto à sua biodiversidade excepcional, faz do parque um local de grande interesse para a conservação, pesquisa científica, educação ambiental e eco-turismo​​​​​​.

O acesso ao parque é desafiador, exigindo uma viagem por barco, mas oferece aos visitantes uma experiência única de imersão na natureza praticamente intocada. A visitação, embora não seja proibida, requer autorização prévia, visando a proteção dos ecossistemas vulneráveis e a promoção do turismo sustentável na região​​.

A flora do parque é marcada pela presença de significativas espécies de manguezal, como a siriúba (Avicenia nitida), o mangue-vermelho (Rhizophora mangle) e o mangue-amarelo (Laguncularia sp.), além de vastas áreas de campos cobertos por gramíneas. A fauna é igualmente diversificada, com destaque para as tartarugas, o peixe-boi (Trichechus inunguis), e uma rica avifauna que inclui espécies como o guará (Eudocimus ruber)​​.

O parque não só possui uma relevância ecológica, devido à proteção de espécies ameaçadas e a conservação dos ecossistemas, mas também uma rica herança cultural e histórica, refletindo o legado das populações indígenas, além das influências dos colonizadores europeus. Em 2013, o PNCO foi designado como um Sítio Ramsar, reconhecendo sua importância como uma área úmida de relevância internacional, o que facilita o acesso a fundos internacionais e apoio para pesquisa e conservação​​.

Embora o parque ofereça uma oportunidade única para a observação da natureza e aventura em uma das áreas mais preservadas da Amazônia, a infraestrutura para turismo ainda está em desenvolvimento. Visitantes interessados devem buscar autorização prévia, especialmente para atividades como o turismo comunitário, que se encontra em fase de experimentação. A melhor época para visitar vai de agosto a dezembro, quando há menos chuvas e as condições dos caminhos são mais favoráveis​​​​.

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Santuário extraordinário e apaixonante em Minas Gerais é o destino perfeito para a Semana Santa

O Santuário do Caraça, situado na serra da região central de Minas Gerais, é um refúgio espiritual e natural que se prepara para as celebrações da Semana Santa, entre 24 e 31 de março. Este período, essencial no calendário cristão católico, simboliza uma profunda jornada de fé, introspecção e renovação espiritual. O santuário, localizado próximo às cidades históricas de Catas Altas e Santa Bárbara, encontra-se a aproximadamente 120 quilômetros de Belo Horizonte, a capital mineira. Para visitantes vindos de locais mais distantes, como Goiânia, o santuário está a cerca de 840 quilômetros, oferecendo uma peregrinação significativa para aqueles em busca de paz e espiritualidade.

O Santuário do Caraça, uma propriedade extensa de 11.233 hectares, gerida pela Província Brasileira da Congregação da Missão, se estabelece como um farol de múltiplas dimensões: espiritualidade, educação, cultura, e conservação ambiental. Localizado nos municípios mineiros de Catas Altas e Santa Bárbara, o Caraça transcende sua beleza natural, sendo um epicentro de diversas finalidades sociais, culturais e ecológicas.

Este local sagrado não é apenas um retiro para a fé e a contemplação; é também uma instituição católica da família Vicentina, engajada em missões e no cuidado com os menos favorecidos. O Caraça é um lar para uma comunidade de educadores, incluindo padres, coirmãos, ex-alunos, pesquisadores e colaboradores, todos unidos por um compromisso com a educação, a cultura e a missão espiritual.

Além disso, o Caraça se destaca como um centro multifacetado de peregrinação, ecologia, turismo e educação ambiental. É uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, integrando a Área de Proteção Ambiental (APA) Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte e a Reserva da Biosfera, enfatizando seu papel crítico na preservação e na educação ambiental através de suas trilhas e centro de visitantes.

A magnitude do Caraça é ampliada por sua classificação como Patrimônio Cultural do Brasil, reconhecido em níveis federal, estadual e municipal, e como uma das sete maravilhas da Estrada Real. O santuário é um empreendimento turístico que inclui hospedagem, restaurante, lanchonete e loja, além de oferecer uma riqueza de atrativos naturais e culturais, promovendo o turismo regional e contribuindo significativamente para a economia local ao gerar empregos diretos e estimular o turismo na região.

O Complexo Santuário do Caraça é uma síntese de sua vasta propriedade, abrangendo o imponente Conjunto Arquitetônico com sua igreja neogótica, o prédio do antigo colégio convertido em museu e biblioteca, e uma pousada acolhedora. A área também inclui importantes zonas de manejo, como a Fazenda do Engenho e o Buraco da Boiada, cada uma com sua história e contribuição para o mosaico de Caraça.

Este ano, o santuário celebra um marco histórico de 250 anos desde a realização da primeira missa e a chegada do Irmão Lourenço, enaltecendo a importância deste período com uma programação especial que reflete a tradição e a espiritualidade do local. A Semana Santa no Caraça é um convite para vivenciar as cerimônias religiosas que comemoram a paixão, morte e ressurreição de Cristo, proporcionando uma experiência única de fé e reflexão.

A programação é diversificada e contemplativa, incluindo momentos solenes como a Missa de Ramos, celebrações eucarísticas diárias, a tradicional Via Sacra, a reflexiva Adoração da Cruz, culminando com a Missa da Vigília Pascal. Estes rituais são realizados em um cenário de beleza natural exuberante e significado histórico, onde a natureza e o sagrado se entrelaçam para criar um ambiente de paz e contemplação.

O complexo do Santuário do Caraça é um patrimônio que guarda não apenas riquezas arquitetônicas, como a primeira igreja neogótica do Brasil, mas também um ecossistema diversificado, com uma vasta gama de espécies de fauna e flora, algumas das quais únicas na região. Ele está situado em uma área que é um cruzamento entre dois biomas brasileiros importantes, a Mata Atlântica e o Cerrado, e faz parte de zonas de preservação ambiental que são cruciais para a biodiversidade local.

Além de sua importância ecológica e espiritual, o Santuário é um centro de acolhida para visitantes, oferecendo hospedagem e uma oportunidade para se desconectar do cotidiano e se reconectar com o interior, através da tranquilidade e da beleza que o local proporciona.

Para os interessados em participar das celebrações ou visitar esse local sagrado, o Santuário do Caraça está localizado em um ponto estratégico, acessível por importantes rodovias e até mesmo por trem, facilitando o acesso de peregrinos e turistas. A entrada é acessível, com descontos para idosos e moradores locais, além de um dia no mês com entrada gratuita, possibilitando que todos possam experienciar a espiritualidade e a paz que o local oferece.

A visita ao Santuário do Caraça, especialmente durante a Semana Santa, é uma jornada para o coração, um convite para renovar a fé, contemplar a beleza da criação e participar de um legado histórico e espiritual que tem sido preservado e celebrado ao longo dos séculos.

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Zoológico de Goiânia ganha 4 filhotes de lobo-guará

O Zoológico de Goiânia tem motivos para celebrar: a chegada de quatro filhotes de lobo-guará, espécie típica do Cerrado e ameaçada de extinção. Os animais estão sob os cuidados da equipe técnica da unidade, que garante a segurança e o bem-estar dos filhotes e da mãe, loba-guará Catarina. Essa é a terceira ninhada de Catarina na unidade. 

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A reprodução dos lobos-guará no zoológico é uma prova de que os animais estão bem cuidados e saudáveis. A equipe responsável destaca que a atenção especial é dada à mãe (Loba Catarina) e seus filhotes (três machos e uma fêmea), com um ambiente separado do macho e alimentação suplementada, devido à amamentação.

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O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Valdery Júnior, destacou a importância da preservação da espécie para garantir um banco genético seguro. Ele também ressalta que o zoológico recebe animais órfãos, vítimas de atropelamentos, acidentes e tráfico.

No Instagram do Zoológico, sempre há postagens sobre os animais. Dá uma olhadinha nessa que mostra filhotinhos de lobo-guará:

 

Mais Informações

Funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 08h30 às 17h.

Para acessar o espaço, é necessário realizar a compra de ingressos na bilheteria do local até às 16h.

Ingressos:

-Inteira: R$ 5,00

-Meia-entrada: R$2,50: idosos com 60 anos ou mais, estudantes portando a Carteira de Identificação Estudantil, jovem de baixa renda devidamente identificado, professores das redes estadual e municipal de ensino, e doadores de sangue habituais devidamente identificados.

Isenção para crianças com até 5 anos, e pessoas com deficiência e acompanhante.

 

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Fotos: Agetul