Ministro assina Cota de Tela para proteger o cinema nacional após polêmica com Vingadores: Ultimato

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, assinou um termo que obriga que os cinemas brasileiros tenham uma percentuagem de salas para filmes nacionais durante o ano. A decisão veio por causa da controvérsia envolvendo o mais novo sucesso da Marvel, Vingadores: Ultimato. O filme ocupou mais de 80% das salas em sua estreia, no fim do mês passado, e levou mais de 20 mil goianos aos cinemas na primeira semana de exibição.

Ainda não foi estabelecido, contudo, o número mínimo de dias em que as salas serão obrigadas a exibir as produções brasileiras. A regra deve ser publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União.

Um decreto é sempre publicado em dezembro discriminando os valores da cota para o ano seguinte. Em 2018, no entanto, o decreto não foi publicado e permitiu que blockbusters estrangeiros estreassem com porcentagens recordes. Vingadores: Ultimato já garantiu mais de 2 bilhões de dólares em bilheterias, um recorde estrondoso.

Filmes nacionais, como De Pernas pro Ar 3, tiveram suas sessões reduzidas ou foram tirados de cartaz a despeito de seus resultados para acomodar mais salas para a grande estreia do mês.

A decisão polêmica fez com que a Agência Nacional do Cinema (Ancine) convocasse uma reunião para tratar do tema na última sexta-feira (03/05). A reunião teve efeito contrário: houve um bate-boca entre cineastas e a própria Ancine, questionada sobre a paralização de verba para a produção de filmes nacionais.