LGBTQIAPN+: o que significa cada letra? Entenda

O dia 28 de junho celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, promovendo o diálogo sobre o movimento e disseminando informações essenciais para a mudança de comportamento e cultura.

Ações e diálogos nas empresas são fundamentais para alcançar esse objetivo, permitindo que o movimento cresça e se espalhe por toda a sociedade, levando a mudanças significativas. Por isso, um dos pontos a se considerar é entender o que cada letra da sigla LGBTQIAPN+ significa.

Ela abrange uma diversidade de identidades de gênero e orientações sexuais, proporcionando uma representação mais inclusiva e abrangente. Essa sigla substitui as anteriores GLS e LGB, que surgiram nos anos 80, refletindo uma evolução na forma de reconhecer e acolher uma maior diversidade de pessoas.

A inclusão de uma sigla ampla é uma conquista significativa, semelhante ao reconhecimento do Dia da Consciência Negra. Isso é crucial para chamar a atenção para os indivíduos que ainda enfrentam preconceitos e discriminação. Consequentemente, essa comunidade precisa de mais atenção aos fatores de riscos psicossociais.

Reconhecimento e representatividade

Esse movimento é fundamental para que a comunidade receba o devido respeito. Também para garantir direitos básicos, como o casamento e a constituição de família. O movimento LGBTQIAPN+ também conscientiza sobre a importância do cuidado com as pessoas que pertencem a essa comunidade.

Além disso, o reconhecimento e a representatividade são essenciais para garantir direitos e conquistas, além de promover o respeito.

Ataques homofóbicos e violência contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ ainda são frequentes. A intolerância de gênero torna desafiador pertencer a essa comunidade, destacando a importância do movimento LGBTQIAPN+ para fomentar o debate e conscientização sobre o tema.

Brasil

No Brasil, apesar de alguns discursos de ódio persistirem, há um espaço para discussões abertas sobre identidade de gênero. No entanto, em muitos países, ser LGBTQIAPN+ ainda é considerado crime. Assim, ainda há muito a ser conquistado.

Em 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a reconhecer, por unanimidade, união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Assim, homossexuais puderam ter os mesmos direitos previstos na lei 9.278/1996, a Lei de União Estável, que julga como entidade familiar “a convivência duradoura, pública e contínua”.

Essa conquista deu à comunidade LGBT mais energia para pressionar o STF por uma conversão da união estável ao casamento civil, como já é previsto no Código Civil para casais heterossexuais. E em 2013, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou uma jurisprudência que determinava que cartórios realizassem também o casamento civil homoafetivo.

Evolução da Sigla

Nos anos 80, o termo gay foi substituído pelas siglas GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) e LGB (lésbicas, gays e bissexuais). Com o tempo, novas letras foram incorporadas para representar a diversidade de gênero de forma mais abrangente, promovendo maior acolhimento para pessoas que não são heterossexuais nem cisgênero.

Mas não se trata apenas de reconhecer a existência delas. O fato de incluir esses indivíduos na comunidade e no movimento da sigla LGBTQIAPN+ também possibilita a luta pelos direitos citados.

Significado das Letras da Sigla LGBTQIAPN+:

L (Lésbicas): Mulheres ou pessoas não binárias atraídas pelo sexo feminino.

G (Gays): Pessoas atraídas por indivíduos do mesmo gênero ou gêneros parecidos.

B (Bissexuais): Pessoas atraídas por ambos os sexos.

T (Transgêneros): Pessoas que não se identificam com seu gênero biológico, incluindo travestis no Brasil.

Q (Queer): Indivíduos que não se identificam com nenhum gênero ou preferem não se rotular.

I (Intersexuais): Pessoas com alterações hormonais que influenciam seus genitais.

A (Assexuais): Indivíduos que não sentem atração romântica ou sexual.

P (Pansexuais): Pessoas atraídas por indivíduos de qualquer identidade de gênero.

N (Não Binárias): Pessoas que não se identificam totalmente com seu gênero biológico.

O sinal “+” representa outras identidades de gênero e orientações sexuais além dessas.

Significado das cores da bandeira LGBTQIAPN+

A criação da bandeira do arco-íris remonta a 1978, quando o artista norte-americano Gilbert Baker, um homem abertamente gay e drag queen, se propôs a criar um símbolo de orgulho para a comunidade, conforme relata a Enciclopédia Britannica (plataforma de dados do Reino Unido voltada para a educação).

Em 1978, Baker se inspirou no arco-íris para criar o símbolo que representaria todas as pessoas queer. Ele viu neste fenômeno da natureza uma espécie de “bandeira natural”, no céu, como explica a Enciclopédia. Então, adotou oito cores para as faixas, cada uma com um significado específico.

Conforme registrado na Britannica, o significado de cada cor seria o seguinte: rosa intenso para representar o sexo; vermelho para a vida; laranja para a cura; amarelo para a luz do sol; verde para a natureza; turquesa para a arte; azul-índigo para a harmonia; e violeta para o espírito.

No entanto, houve problemas no processo de produção devido à falta de disponibilidade de algumas das cores de tecido. Por isso, em 1979, adotou-se um design de seis faixas, que é o que prevalece até hoje, sem o rosa e o turquesa.

 

 

 

Veja também:

 

 

10 filmes para celebrar o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ e onde assistir

Em todo o mundo, o dia 28 de junho é considerado o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Durante todo o mês, eventos e paradas celebram as vitórias históricas e reforçam a luta para garantir os direitos da comunidade.

As diversas passeatas são marcadas por serem, ao mesmo tempo, uma celebração das relações homoafetivas e movimentos políticos de reivindicação por direitos e cidadania por parte da comunidade.

Pensando nisso, para celebrar o movimento, separamos hoje 10 filmes com a temática LGBTQIAPN+ para você conhecer e curtir no fim de semana, sem medo de ser feliz, porque afinal: ‘’consideramos justa, toda forma de amor’’!

 

  1. Me Chame Pelo Seu Nome

O sensível e único filho da família americana com ascendência italiana e francesa Perlman, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega.

Disponível no Prime Video

 

  1. Elisa y Marcela

Em 1910, acontecia na Igreja de San Jorge, na região de Coruña, na Galícia, um casamento inesperado entre Elisa e Marcela. Para driblarem as regras locais e poderem se casar, Elisa forja documentos de um parente falecido e se passa por um homem para viabilizar a primeira união homossexual da Europa.

Disponível na Netflix

 

  1. Tio Frank

Após a morte repentina do pai, Frank é forçado a voltar para casa de sua infância, com relutância, para o funeral, e finalmente enfrentar um trauma do qual ele passou toda a sua vida adulta fugindo.

Disponível no Prime Video

 

  1. Com Amor, Simon

Aos 17 anos, Simon Spier (Nick Robinson) aparentemente leva uma vida comum, mas sofre por esconder um grande segredo: nunca revelou ser gay para sua família e amigos. E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de escola, anônimo, com quem troca confidências diariamente via internet.

Disponível na Netflix

 

  1. O Segredo de Brokeback Mountain

Jack e Ennis se conheceram em Wyoming, no verão de 1963, quando foram trabalhar para um rancheiro que criava ovelhas. Naquele ambiente solitário nas montanhas, eles acabam tendo um rápido contato sexual. Quando o trabalho no rancho acaba, cada um segue seu caminho. Ambos casaram e vivem com suas respectivas esposas. Por muitos anos, não se veem até que um dia, eles começam a marcar encontros esporádicos e mantêm um caso amoroso durante uns vinte anos.

Disponível na Netflix

 

  1. Alguém Avisa?

Encontrar a família da sua namorada pela primeira vez pode ser difícil. Planejar pedir casamento no jantar de Natal da família dela – até você perceber que eles nem sabem que ela é gay – é ainda mais difícil. Alguém Avisa conta a história de Abby (Kristen Stewart), uma mulher que descobre que Harper (Mackenzie Davis), sua namorada, manteve o relacionamento amoroso entre elas em segredo. Por conta disso, Abby começa a questionar a sua amada, a pessoa ela tanto pensava que conhecia.

Disponível na Netflix

 

  1. Clube da Luta para Meninas

Em Bottoms, as melhores amigas impopulares, PJ e Josie, iniciam um clube de luta no colégio para conhecer garotas e finalmente perder a virgindade. Mas elas logo se veem perdidas quando as alunas mais populares começam a espancar umas as outras em nome da legítima defesa.

Disponível no Prime Video

 

  1. Desobediência

A fotógrafa Ronit (Rachel Weisz) retorna para a cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança na comunidade, mas ela acaba acolhida por um amigo de infância (Alessandro Nivola), para sua surpresa atualmente casado sua paixão de juventude, Esti (Rachel McAdams).

Disponível na Netflix

 

  1. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

Disponível na Netflix

 

  1. Você Nem Imagina

Em Você Nem Imagina, Ellie Chu (Leah Lewis) é a típica aluna deslocada que possui o hábito de fazer a lição de casa de seus colegas por dinheiro para contribuir com as contas em casa. Secretamente, ela possui uma paixão pela bela Aster Flores (Alexxis Lemire). Quando Paul, um jogador de futebol, se aproxima de Ellie para pedir ajuda para escrever uma carta de amor para sua amada, ela entra em conflito.

Disponível na Netflix

 

*Sinopses: Adoro Cinema