Romance inspirado em história real está deixando fãs da Netflix apaixonados

O filme “2 Corações”, recentemente adicionado ao catálogo brasileiro da Netflix, está conquistando os assinantes do serviço com sua trama envolvente. Atualmente, o longa-metragem ocupa o primeiro lugar no Top 10 do streaming. Como evidenciado no filme, a história é baseada em fatos reais, o que torna tudo ainda mais emocionante.

Na trama, somos apresentados a Chris (Jacob Elordi), um jovem universitário em busca de seu propósito na vida. Ele enfrenta problemas de relacionamento com seu pai exigente e vê sua rotina e destino se transformarem quando conhece a jovem Sam (Tiera Skovbye), por quem se apaixona rapidamente. Paralelamente a essa história, que parecia caminhar para um romance como qualquer outro, conhecemos o cubano Jorge (Adam Canto), membro de uma família rica que construiu um império de rum. Jorge lida com problemas graves nos pulmões desde a infância, mas isso não o impede de seguir em frente e encontrar o amor no relacionamento com a aeromoça Leslie (Radha Mitchell). Esses dois caminhos, que aparentemente nunca se cruzariam, são surpreendidos pelo destino, onde dilemas, dor, amor e perda se encontram em momentos determinantes de suas jornadas. Vale ressaltar que o filme é baseado em fatos reais, sendo o personagem Jorge inspirado em Jorge Bacardi, um dos herdeiros da famosa marca de bebidas destiladas.

A narrativa, em busca de uma reviravolta iminente, complica o que deveria ser simples: explicar detalhadamente as duas histórias, que em muitos momentos seguem uma linha previsível e confusa. Quando os dilemas surgem, a trama ganha força ao enfatizar a mensagem presente em todos os aspectos do roteiro: valorizar os momentos. Acompanhar essa história pelo ponto de vista de Jorge nos leva por um caminho mais amplo e repleto de reflexões, inclusive geopolíticas, quando detalhes sobre a chegada do governo de Fidel Castro em Cuba levaram sua família a se mudar para a Flórida, na busca por manter seus negócios. Já pelo lado do jovem universitário, testemunhamos um quase adulto sem ambições na vida, preso em um eterno conflito com o pai.

Aproveite para assistir a este filme cativante!

“Dois Corações” aborda um tema importante que continua sendo polêmico: a doação de órgãos. Os Estados Unidos, até recentemente, lideravam em número de transplantes de órgãos em comparação com outros países, inclusive o Brasil. No entanto, isso não diminui os méritos do nosso país nesse aspecto, já que ocupamos a segunda posição no ranking mundial. A diferença para a maior potência mundial reside nos investimentos feitos nessa área. Espera-se que o filme, ao fazer sucesso ao entrar na Netflix, promova cada vez mais reflexões sobre esse tema crucial relacionado a salvar vidas.

 

Família autoriza doar órgãos de jovem vítima de racha em Goiânia

O estudante de agronomia Wictor Fonseca Rodrigues foi um dos jovens vitimados em acidente que aconteceu na av. T-9. O jovem foi internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas teve morte encefálica confirmada três dias após sua internação. 

Após essa confirmação, a família do rapaz autorizou a doação dos órgãos de Wictor. Nessa quarta-feira (11) o procedimento da captação foi realizada. Segundo informações do hospital, foram captados os ríns, córneas e fígado, que serão destinados á cinco pessoas, sendo todos goianos.

O acidente aconteceu na semana passada, envolvendo seis jovens que estavam no veículo. Até o momento, duas das vítimas vieram a óbito.

 

Foto: Reprodução/ Instagram.

Porque os órgãos de Gugu não foram doados no Brasil

A vida de Gugu Liberato era no Brasil, onde ele nasceu e trabalhava como apresentador da Record. Por este motivo, a família do artista tentou doar pelo menos alguns de seus órgãos em seu país de origem. No entanto, segundo um comunicado enviado pela assessoria de imprensa do comunicador, que recebeu homenagens póstumas de muitos famosos, a equipe médica norte-americana explicou que por causa da distância e do tempo de conservação dos órgãos, isso não seria possível. A atitude do apresentador, que teve sua morte cerebral declarada após 48 horas de observação, pode beneficiar até 50 pessoas que aguardam na fila do transplante.

Os médicos do hospital também fizeram uma menção de honra a Gugu pela doação de órgãos. “Ao tocarmos a vida de muitos hoje, podemos entender nosso papel em transmitir o presente heroico da vida de um ser humano para outro”.

A doação de órgãos era um desejo do apresentador e deve beneficiar cerca de 50 pessoas.

Após a morte de Gugu e a decisão do apresentador de doar seus órgãos, o assunto despertou a curiosidade de muita gente. Curta Mais compartilha aqui uma lista do doutor Drauzio Varella com 6 dúvidas mais frequentes sobre doação de órgãos. Vale a pena ler para tomar sua decisão:

  1. É PRECISO TER ALGUM DOCUMENTO OU REGISTRO PARA SER DOADOR DE ÓRGÃOS?

Não. O mais importante é deixar claro para a família o seu desejo de ser doador. No Brasil, o transplante de órgãos só pode ser realizado após a autorização familiar. Não há nenhuma lei que garanta que a vontade do doador seja feita, isto é, se uma pessoa manifesta seu desejo de doar e, após sua morte, a família nega, seus órgãos não serão doados. Entretanto, se o assunto é debatido e a família tem conhecimento desse desejo, frequentemente ela autoriza a doação.

  1. QUANTAS PESSOAS PODEM SER BENEFICIADAS POR UM DOADOR DE ÓRGÃOS?

Um único doador que teve morte encefálica pode ajudar até dez pessoas que estão na fila de espera do transplante. É possível doar órgãos (coração, fígado, rins, pâncreas, pulmões e pele) e tecidos (ossos, córneas e medula óssea). São realizados diversos exames para verificar a compatibilidade entre doador e receptor para aumentar a chance de cirurgias bem-sucedidas. A posição na lista de espera é definida a partir de critérios como urgência do procedimento e tempo de espera.

  1. O QUE É MORTE ENCEFÁLICA?

A morte encefálica consiste na perda total e irreversível das funções cerebrais. Pela legislação, a doação de órgãos só pode ser realizada quando ela é confirmada. Algumas pessoas confundem morte encefálica com coma, mas essas são condições completamente diferentes. O coma é reversível; ou seja, a pessoa ainda pode acordar. Um paciente com morte encefálica não está em coma e não tem possibilidade de acordar novamente. O diagnóstico de morte encefálica é confiável e segue critérios específicos regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

  1. A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS PODE DEIXAR O CORPO DO DOADOR DEFORMADO?

Não, a retirada de órgãos para doação é feita por uma cirurgia consolidada há muitos anos na Medicina e não causa nenhuma deformidade. Após o procedimento, a família poderá velar seu ente querido ou proceder com seus rituais normalmente.

  1. É POSSÍVEL DOAR ÓRGÃOS EM VIDA?

Sim. Existem dois tipos de doadores, vivo e falecido. O doador vivo pode doar um dos rins, parte da medula óssea, parte do fígado ou do pulmão. Qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que o procedimento não seja prejudicial à sua saúde, pode doar. Nesses casos, é preciso ter sangue compatível com o receptor e passar por avaliação médica.

Familiares de até quarto grau podem ser doadores dentro de sua própria família. Para doar para outras pessoas, é necessário autorização judicial. Já o doador falecido é aquele que teve morte encefálica (normalmente são pacientes vítimas de problemas como acidente vascular cerebral – AVC – ou traumatismo craniano, causas de morte que na maioria das vezes mantêm os órgãos em condições de serem doados).

  1. QUAIS SÃO OS RISCOS PARA O DOADOR VIVO?

O doador está sujeito aos riscos normais de se submeter a uma cirurgia com anestesia geral, mas antes do procedimento são feitos exames a fim de minimizar os riscos. Veja os detalhes de doação e transplante para os principais órgãos:

Rim: A função renal pode ser realizada adequadamente por um único rim, sem que isso cause prejuízos à saúde do doador;

Fígado: Apesar de uma boa parte do fígado ser retirada, esse é um órgão que tem enorme capacidade de regeneração, o que possibilita que ele retome seu tamanho original após a cirurgia;

Pulmão: Esse transplante normalmente é feito de um doador adulto para um receptor criança, de forma que apenas um pequeno pedaço do pulmão é retirado e o doador consegue viver normalmente, exceto em casos excepcionais (por exemplo, se tiver uma profissão que exija sobremaneira esse órgão, como um nadador profissional);

Medula óssea: Existem dois métodos para doação de medula e apenas um deles é feito em centro cirúrgico, com anestesia geral. Os riscos são mínimos e a medula se recupera em poucas semanas.

Carta despedida de Gugu é lida antes da doação de órgãos: ‘Estarei batendo em outros corações’

Antes do início do processo para doação dos órgãos de Gugu Liberato, familiares do apresentador leram em frente a ele, no hospital Orlando Health, um texto escrito em primeira pessoa, como se fossem palavras do próprio Gugu se despedindo da sua vida na Terra e falando sobre a doação de órgãos.

Leia a mensagem na íntegra:

“Deus em sua infinita bondade nos dá a oportunidade da vida. Vivi minha jornada na Terra seguindo os ensinamentos que recebi de meus pais , Augusto e Maria do Céu. Com eles aprendi a importância de olhar para o próximo com amor e fraternidade.

Agora eu sigo adiante por um caminho que me levará mais próximo ao Pai. E neste momento quero praticar os ensinamentos do mestre Jesus. Assim como ele compartilhou o pão com os seus, eu compartilho meu corpo com aqueles que necessitam de uma nova oportunidade de viver.

Aos meus familiares eu agradeço por terem realizado a minha vontade. Tenham certeza que, a partir de agora, eu estarei batendo em muitos outros corações e compartilhando minha vida com outros irmãos.

Que eu seja um instrumento de amor, oportunidade e de luz.

Gugu”

Os médicos do hospital também fizeram uma menção de honra a Gugu pela doação de órgãos. Leia na íntegra:

“Momento de honra, Neste momento e a partir deste momento, honramos Antonio Augusto Moraes Liberato e essa oportunidade de salvar e melhorar a vida de outras pessoas. Ao cuidarmos dele agora, também somos responsáveis por cuidar desse gracioso presente da vida. Estendemos nosso respeito e gratidão à família e os mantemos em nossos pensamentos. Ao tocarmos a vida de muitos hoje, podemos entender nosso papel em transmitir o presente heroico da vida de um ser humano para outro. Que tenhamos um momento de silêncio agora para lembrar Gugu Liberato e todos os que se juntam à sua história do passado, presente e todos os dias à frente.”

A instituição Our Legacy realizou os trâmites referentes a retirada dos órgãos, conservação e intermediação com os pacientes.

Os familiares de Gugu verificaram com a equipe médica se seria possível doar algum órgão para um paciente brasileiro que estivesse na fila para transplante, o que acabou não ocorrendo por questões de distância e tempo de conservação.

A doação de órgãos era um desejo do apresentador e deve beneficiar cerca de 50 pessoas.

Um médico legista deverá fazer os exames necessários nesta segunda-feira, 25. Ainda não há informações certas sobre o traslado do corpo para o Brasil.

O velório será na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), mas a data ainda não foi confirmada. O sepultamento ocorrerá no jazigo da família no Cemitério Getsêmani, em São Paulo.

Doação de órgãos no Brasil aumenta e deve bater recorde de transplantes

As doações de órgãos, tecidos e células subiram de 1.653 para 1.765 no primeiro semestre de 2018 em comparação com primeiro semestre de 2017.

Com esses números, o Brasil deve alcançar o recorde nos transplantes de fígado, pulmão e coração até o final do ano.

Akém das doações de órgãos, espera-se também que os transplantes de medula óssea atinjam seu maior número em toda a história, chegando a 2.684.

Em 2018 o Brasil deve realizar 26.400 transplantes. Deste número, 8.690 são órgãos sólidos como coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim.