Pesquisadores do estado do Pará descobriram uma substância em uma fruta chamada Camapu, um fruta típica brasileira geralmente encontrada na região amazônica, que tem potencialidade de estimular a produção de novos neurônios no hipocampo, área do nosso cérebro ligada à memória. Por isso, a fruta pode ser um forte aliado no combate de doenças como o mal de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas, como o Parkinson.
O Camapu já era conhecido como uma planta medicinal para tratar doenças neurodegenerativas, diminuir o colesterol e fortalecer a imunidade. A “fruta” do camapu – que se encontra bem no centro da planta e fica amarela quando amadurece – na verdade é um fruto exótico cheio de nutrientes e propriedades medicinais. Ele é rico em fibras, vitaminas A e C e sais minerais importantes, como o ferro e o fósforo, além de contar com a presença de antioxidantes, carotenoides e flavonoides.
A fruta do Camapu (Foto: Reprodução)
Em reportagem no portal Olhar Digital, o cientista Milton Nascimento dos Santos, do Grupo de Pesquisas Bioprospecção de Moléculas Ativas da Flora Amazônica da Universidade Federal do Pará, disse que ‘’a notícia é muito boa, principalmente pelo fato de esta substância estimula o crescimento neuronal na área do hipocampo. A gente está falando da criação de novos neurônios, algo que algum tempo atrás não se falava”.
Por enquanto, a pesquisa se limita a animais, mas já se encontra em estudo uma forma de viabilizar a produção de um medicamento fitoterápico que possa ser aplicado em humanos. Além disso, os estudos apontam a possibilidade de que estes medicamentos possam ser usados para os que sofrem de depressão grave, onde há perda neuronal.
Os primeiros testes aconteceram em ratos e, agora, devem iniciar a testagem clínica e a produção em larga escala.
Imagem: Reprodução
Veja também:
Veneno de cobra nativa do Brasil contém molécula capaz de bloquear o Coronavírus
Pesquisadores da USP comprovam que a CoronaVac é eficaz em pacientes imunossuprimidos
Cientistas testam células-tronco para tratamento de diabetes e afirmam que a cura está próxima