A fantástica série épica perdida no catálogo da Netflix que você precisa assistir

Ao explorar a série épica “The Last Kingdom”, encontramos uma obra que se perdeu discretamente no vasto catálogo da Netflix, apesar de ser um tesouro repleto de história, aventura e emoção. Lançada inicialmente no Reino Unido em 2015 e concluída em 2022 com cinco temporadas, a série baseia-se nas “Crônicas Saxônicas” de Bernard Cornwell, uma adaptação que transita entre fatos históricos e ficção para retratar a tumultuada época das invasões vikings e o esforço pela unificação da Inglaterra sob um único reinado.

Explorando a trajetória de “The Last Kingdom”, a série revela-se um épico histórico que, embora tenha se perdido discretamente entre as inúmeras ofertas do catálogo da Netflix, merece reconhecimento e apreciação. Concluída em 2022 após cinco temporadas, a série baseia-se nas “Crônicas Saxônicas” de Bernard Cornwell, uma adaptação que equilibra com habilidade eventos históricos e ficção narrativa para retratar as invasões vikings e o esforço pela unificação da Inglaterra sob um único reino.

A quinta e última temporada de “The Last Kingdom” foi recebida com aclamação, destacando-se como um fechamento brilhante para o épico histórico. A série, conhecida por sua ação constante, precisão histórica (em grande parte) e excelente drama político, provou ser única em seu gênero. Comparada a “Game of Thrones”, mas sem os elementos de fantasia e um desfecho desastroso, “The Last Kingdom” consegue entregar um final convincente e totalmente envolvente para uma das melhores séries de drama de época do ano. A temporada explora a continuação das tensões entre Saxões e Danes, a busca de Uhtred por vingança e a complexa política de sucessão em Wessex e Mercia, adaptando-se dos nono e décimo livros das Crônicas Saxônicas, com elementos do décimo primeiro​​​​.

Alexander Dreymon, elogiado por sua atuação como Uhtred, trouxe uma profundidade notável ao personagem com seu carisma e amplitude dramática. A última temporada reforçou o sentimento de grandiosidade ao redor da saga de Uhtred, chegando a um fim que, embora alguns possam achar apressado, manteve o equilíbrio magistral entre o desenvolvimento do personagem e a progressão da trama. Este equilíbrio, muitas vezes difícil de alcançar em outras produções, foi magistralmente mantido em “The Last Kingdom”. A série também foi elogiada pelo seu design de produção, que recriou de forma autêntica o período retratado, desde os trajes até os cenários, contribuindo para a imersão total na história​​.

Apesar de ser a última temporada, a saga de Uhtred não termina por completo com a série. “Seven Kings Must Die”, um filme que adapta o décimo terceiro e final romance das Crônicas Saxônicas, incluindo elementos do décimo segundo livro, oferece um desfecho final para a história de Uhtred de Bebbanburg. O filme lida com as consequências após a morte do Rei Eduardo, a disputa pelo trono da Inglaterra e uma guerra que decide o futuro do país, prometendo ser um grandioso encerramento para a jornada épica do personagem​​.

Central para a trama é a figura de Uhtred de Bebbanburg, um jovem nobre inglês capturado e criado por vikings, cuja vida é marcada por conflitos constantes que testam sua lealdade, fé e determinação. O enredo se desenrola em uma época em que a fé cristã começa a se impor sobre as crenças pagãs, em meio a lutas pelo poder e pela identidade.

“The Last Kingdom” oferece mais do que apenas batalhas e estratégias políticas; é uma jornada emocional que mergulha nas profundezas das relações humanas, explorando temas de amor, lealdade, perda e a incessante busca por um lar. A série, com sua narrativa rica e personagens complexos, consegue capturar a essência da era medieval com autenticidade e drama, oferecendo uma visão única sobre um período crucial da história inglesa.

Apesar de seu sucesso e da forte base de fãs, “The Last Kingdom” parece ser subestimada dentro da plataforma da Netflix. A série, no entanto, merece reconhecimento não apenas por sua qualidade narrativa, mas também pela habilidade de entrelaçar com maestria elementos históricos e fictícios, criando um tapeçário rico que é ao mesmo tempo educativo e extremamente envolvente.

Para os aficionados por história, aventura e dramas épicos, “The Last Kingdom” é uma recomendação imperdível, prometendo horas de entretenimento e reflexão. A notícia de um filme para continuar a saga de Uhtred é a cereja no topo do bolo, mantendo viva a expectativa de novas aventuras neste fascinante universo.

O personagem principal 

No coração da narrativa de “The Last Kingdom” encontra-se Uhtred de Bebbanburg, uma personagem cuja vida é tecida entre os mundos inglês e viking. Capturado na infância por vikings, Uhtred é forjado nas tradições e conflitos destas culturas divergentes, encontrando-se perpetuamente em um cruzamento entre lealdades, crenças e aspirações. Seu percurso é um espelho das turbulências de uma era onde o avanço do cristianismo sobre práticas pagãs marca não apenas um conflito religioso, mas também o embate entre diferentes visões de mundo e poder.

Além do rico pano de fundo histórico e das dinâmicas de poder, “The Last Kingdom” destaca-se pela profundidade com que explora a humanidade de seus personagens. O enredo transcende a mera reconstituição de batalhas e estratégias para adentrar o território das emoções humanas — amor, lealdade, perda, e a eterna busca por pertencimento e identidade. Esta abordagem confere à série uma autenticidade e uma relevância que ressoam profundamente com a audiência, oferecendo uma perspectiva íntima sobre os desafios e as conquistas pessoais em meio às adversidades da era medieval.

Apesar do evidente sucesso e da dedicação de um público leal, “The Last Kingdom” frequentemente parece não receber o destaque merecido dentro da vastidão do catálogo da Netflix. Sua habilidade em entrelaçar elementos históricos com tramas fictícias resulta em uma narrativa rica e envolvente, que não apenas entretém mas também educa, ilustrando a complexidade da história inglesa com nuances e profundidade raramente vistas em produções do gênero.

Para entusiastas da história, da aventura e do drama épico, a série representa uma oportunidade inestimável de imersão em um mundo onde as questões mais fundamentais da existência são colocadas à prova em um cenário de beleza e brutalidade. A promessa de um filme para dar continuidade à saga de Uhtred adiciona ainda mais expectativa e entusiasmo para os fãs, sugerindo que as aventuras no rico universo de “The Last Kingdom” ainda estão longe de terminar.

Em resumo, “The Last Kingdom” não é apenas uma janela para o passado, mas uma obra que convida à reflexão sobre questões atemporais de identidade, fé e lealdade. Cada episódio, cada temporada, é um convite para explorar não apenas a história, mas a complexidade das relações humanas, prometendo aos espectadores uma jornada emocional tão envolvente quanto educativa.