Bolso do brasileiro: 49% estão com faturas de cartão de crédito em aberto

Nos últimos 12 meses, 41% dos brasileiros afirmam terem procurado empréstimo, em 2021 eram 32% neste mesmo período. Os bancos foram os mais acionados por quem viu no dinheiro emprestado uma saída para as finanças, 47% da população apontou essas instituições como sua primeira opção, mesmo que não tenham concluído o acordo.


Entre aqueles que converteram as transações e conseguiram os empréstimos, 38% foram atendidos por bancos; 34% por empréstimo consignado também em bancos; familiares, 23%; cartão de crédito, 11%; instituições financeiras que operam apenas por app (fintechs), e amigos, 8%, cada; agiotas ou empréstimos informais, 5%; adiantamento de salário na empresa (4%) e empresas de crédito (4%).

 

Renda familiar abalada

Em análise sobre o ano de 2022 até o momento, os dados mostram que 27% dos brasileiros tiveram ainda mais redução na renda doméstica, na contramão de 8% que conseguiram aumentar a renda familiar no mesmo período. Para 22% não foi notado impacto, mesmo com a pandemia. Os brasileiros ainda declaram que um integrante da família perdeu o emprego (13%); alguém em casa tem feito “bico” em outra área para ajudar na renda (10%); venderam alguns pertences para se manter nesse período (6%); alguém em casa fechou ou desativou seu negócio (5%); estão empreendendo com produção caseira para pagar as contas (4%); mudou de casa para diminuir custos em aluguel (4%).

 

Alta dos combustíveis e carnes são os vilões atuais

Entre os gastos da rotina doméstica que têm causado maior preocupação na hora de mexer no bolso, três itens ganharam maior destaque: combustíveis (63%), a carne (55%) e os itens da cesta básica (34%). Porém, é importante notar que o peso do preço com medicamentos figura na sequência, sendo o fator que pesa no bolso de 30% da população.

 

Outros itens da lista, são:

Legumes e verduras em geral 26%

Plano de saúde 23%

Manutenção do carro 13%

Aluguel 13%

Produtos de limpeza 7%

Escola 6%

Vestuário 4%

Nenhum dos anteriores 2%

 

O carrinho de compras está bem diferente

54% reduziram a quantidade ou o volume de itens comprados por mês

51% não colocam mais alguns itens do carrinho no momento da compra

44% substituíram algumas marcas ou cortes de carne por alternativas mais baratas

39% reduziram os pedidos em delivery / comida pronta em casa

35% devido à falta de dinheiro, não vão a cabeleireiros, manicure, etc.

22% reduziram o uso de carro particular

20% cancelaram alguma assinatura (revista, streaming, etc)

14% reduziram a frequência da faxineira / diarista

12% venderam itens usados para conseguir algum dinheiro

10% cancelaram atividades como inglês / academia, por conta do dinheiro

10% reciclaram itens que tinham em casa (roupas, itens de decoração)

3% mudaram o(s) filho(s) de escola

8% não se identificaram com as mudanças citadas

 

Na hora de pagar, há um reflexo no aumento de gastos de cartão de crédito observados por 36% dos brasileiros. Já 37% mantiveram os mesmos gastos do começo do ano e 28% conseguiram diminuir os custos gerados para os cartões.

 

A inflação gera discussão

Os brasileiros também estão desconfiados sobre a relação da inflação com a alta de preços sentidos em postos de combustíveis e mercados. A grande maioria, 84%, não confiam nos dados oficiais e acreditam que a inflação é maior do que a divulgada oficialmente; 16% acreditam que é a mesma  divulgada oficialmente, e 1%, menor.

Goiás: PIB cresce acima da média do país, no 1º trimestre de 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás obteve taxa de crescimento de 4,1% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Boletim Trimestral da Economia Goiana, publicado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, com base nos relatórios do Instituto econômico de Políticas aplicadas (IPEA) Banco Central do Brasil (Bacen) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). 

As contribuições positivas para o resultado vieram da indústria e dos serviços. O PIB brasileiro, nesse mesmo período, apresentou crescimento de 1,7%, puxado pelo setor de serviços. No primeiro trimestre de 2022, indústria goiana cresceu 4,3%, na comparação com o período homólogo. Os resultados positivos do setor vieram das atividades de serviços industriais de utilidade pública, da construção civil e da indústria extrativa. 

O setor de serviços goiano cresceu 5,7%, na comparação com o 1° trimestre em 2021. Nesse mesmo período, o Brasil avançou 3,7%. A agropecuária em Goiás e no Brasil recuou 0,8% e 8%, respectivamente, ante mesmo período de 2021. O resultado do trimestre foi afetado, principalmente, pelo aumento do custo intermediário observado na lavoura temporária e na pecuária. No Centro-Oeste, Goiás se destaca como o estado que mais gerou empregos formais no 1º trimestre em 2022 – saldo superior a 38 mil novas vagas, ocupando o 6º lugar no ranking nacional (Caged). Verificou-se também a recuperação do mercado de trabalho no país, com queda significativa na taxa de desocupação. 

Em Goiás, a taxa de desocupação passou de 13,9% no 1º trimestre de 2021 para 8,9% no 1º trimestre de 2022 – redução de 5 pontos percentuais. No Brasil, também houve redução da taxa de desocupação, saindo de 14,9% para 11,1%, nesse mesmo período (PNAD Contínua Trimestral).O valor total das exportações do estado de Goiás foi o segundo maior do Centro-Oeste, no 1º trimestre de 2022, ficando atrás de Mato Grosso. O saldo da balança comercial goiana neste trimestre foi de U$ 1,6 bilhão.

O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comercio e Serviços de Goiás, Joel de Sant’Anna Braga Filho, comentou a boa notícia: “os resultados positivos em Goiás são fruto da gestão voltada para a retomada da economia, com linhas de créditos para os micros e pequenos empresários, o FCO e a política de incentivos para os empresários”.

Foto: Pixabay

*Agência Cora Coralina