Anvisa aprova vacina com eficácia de 80% contra a dengue

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, nesta quinta-feira (2), a 1ª vacina contra a dengue. A eficácia do imunizante é de 80,2% durante os 12 meses seguintes à aplicação.

A nova vacina, chamada a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, é o primeiro imunizante liberado no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue, mas ele também poderá ser aplicado em quem também já teve a doença.

Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a doença. Ela poderá ser aplicada em ambos os casos.

. De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos;

. É aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações;

. A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.

. A partir da aprovação da Anvisa, a Qdenga já pode ser comercializada no Brasil na rede privada e no Sistema Único de Saúde (SUS), caso o Ministério da Saúde decida pela sua incorporação.

. Até então, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue. Essa vacina protege contra uma possível segunda infecção, que, no caso da dengue, pode se manifestar de forma mais agressiva e levar à morte.

Eficácia da Qdenga

Nos ensaios clínicos, a Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.

Em dezembro de 2022, a agência sanitária europeia European Medicines Agency também autorizou o uso do imunizante na União Europeia.

Recorde de mortes

Em 2022, o Brasil registrou 1.016 mortes por dengue em 2022, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença “ressurgiu” no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade.

 

*Com informações G1

 

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Primeira vacina anticoncepcional para homens apresenta eficácia de 97% e deve sair em 2023

Um contraceptivo masculino inédito em forma de vacina — cujos efeitos duram por até 10 anos — deve ficar pronto em 12 meses. É o que prometem os cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia, que estão desenvolvendo o anticoncepcional Risug (Inibição Reversível do Esperma Sob Controle). A injeção completou seus testes finais e foi considerada melhor que a vasectomia, por ser menos dolorosa e também reversível.

Risug é um gel que danifica as caudas dos espermatozóides individuais, impedindo-os de fertilizar um óvulo. O procedimento leva apenas alguns minutos e pode ser revertido a qualquer momento com uma injeção de água e bicarbonato de sódio. Um teste feito em 300 voluntários apontou 97% de eficácia. Os efeitos contraceptivos foram observados em até 6 meses.

A injeção é aplicada nos dois ductos deferentes, canais que transportam os espermatozoides depois de seu amadurecimento para que se juntem aos líquidos seminais e formem o sêmen. Uma anestesia local é feita no escroto antes duas aplicações da vacina anticoncepcional.

Além de inchaço escrotal temporário e dor escrotal e inguinal leve (na região da virilha) que se resolveram dentro de um mês, nenhum efeito colateral adverso foi relatado durante os testes em humanos para Risug.

O contraceptivo usa um gel feito de polímero chamado anidrido maleico de estireno que reveste o ducto espermático. O produto químico foi originalmente usado para revestir canos em sistemas de água rurais na Índia, com o objetivo de matar bactérias.

Testes em coelhos, ratos e macacos mostraram o produto que tinha um efeito semelhante no esperma. O Risug completou vários ensaios clínicos em seres humanos na Índia e aguarda a aprovação das autoridades médicas do país. Nos Estados Unidos, um contraceptivo masculino chamado Vasalgel, que funciona de forma semelhante, está em desenvolvimento.

Dificuldade na criação de anticoncepcionais masculinos

A grande vantagem deste tipo de contraceptivo é que ele não é baseado em hormônios. As tentativas de desenvolver uma pílula anticoncepcional masculina baseada em hormônios sexuais sofreram problemas no passado, devido a efeitos colaterais em homens, incluindo acne e alterações de humor — ambosm problemas comuns em pílulas para mulheres.

Mas outros problemas também foram relatados, como ganho de peso, depressão e aumento dos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o que consequentemente aumenta o risco de doença cardíaca, além de baixa efetividade.

Desde a criação da pílula anticoncepcional na década de 1960, utilizada hoje por mais de 214 milhões de mulheres no mundo, cientistas buscam um método contraceptivo que funcione de forma parecida e possa ser direcionado aos homens.

Enquanto as mulheres na nascem com todos os óvulos que serão liberados durante a sua vida, o homem produz novos espermatozoides a cada 75 dias. Um anticoncepcional masculino teria que inibir a formação do esperma ou impedir sua liberação na prática sexual.

Além disso, a testosterona é o principal hormônio que rege o corpo masculino — inclusive o fator reprodutivo. O anticoncepcional feminino é feito de estrogênio e progesterona em dose baixa, mas suficiente para que o organismo da mulher entenda que não precisa mais produzi-los.

Assim, não há mais a quantidade necessária para provocar a ovulação. Já para o homem, o mecanismo de ação da testosterona é bem mais amplo no corpo, e sua inibição oferece uma série de efeitos considerados mais graves, como perda de libido, mudanças de humor e disfunção erétil.

 

*Agência O Globo

 

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Vacina contra Herpes Zóster é lançada no Brasil com alto custo

A vacina contra a herpes zóster, doença conhecida popularmente como “cobreiro”, começou a ser aplicada no Brasil neste mês. O imunizante tem eficácia com duas doses, e o custo por aplicação é de R$ 843 (R$ 1.686 ao todo). As informações foram divulgadas pelo jornal Poder360 nesta segunda-feira (20). As informações são portal Poder 360.

A vacina Shingrix, da farmacêutica GSK, tem o preço mais caro do mercado. A eficácia passa de 90% para pessoas acima dos 50 anos, que sofrem maior influência do vírus. 

O custo das duas doses pode aumentar de acordo com os impostos de cada região do país e conforme o valor estipulado pelas clínicas. A Shingrix custa quase o triplo do preço da Zostavax, vacina da geração anterior, que tem esquema de dose única e o valor de R$ 550. Até o momento nenhuma das duas está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). 

De acordo com a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVac), o preço elevado tem relação com a alta do dólar, o valor do câmbio e as tecnologias recentes, que tornam os imunizantes mais potentes. 

Em janeiro deste ano, as farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram que estão desenvolvendo a primeira vacina de mRNA contra a herpes zóster. Caso o imunizante seja lançado no Brasil, o custo da Shingrix pode baixar.

Herpes Zóster

A herpes zóster é causada pelo vírus varicella-zoster e tem a primeira manifestação no corpo humano como catapora, que ocorre comumente na infância. Ao contrário de outros microorganismos, a doença permanece no organismo do paciente por toda a vida, podendo se manifestar novamente como a herpes-zóster. 

Os primeiros sinais da doença são dor e hipersensibilidade em alguma região da pele, em seguida surgem vesículas (pequenas bolhas) que podem evoluir para uma crosta dolorosa. Essas lesões podem surgir em qualquer região do corpo, mas é mais comum na barriga, tórax ou nas costas. 

Para tratar o vírus o paciente precisa de auxílio médico para receber o diagnóstico. Os medicamentos usados normalmente são antivirais, sendo o aciclovir o mais comum, além de analgésicos para a dor ou corticóides para auxiliar na contenção da inflamação. 

 

Imagem: Getty Images

Estudos comprovam eficácia da CoronaVac contra a variante Delta da Covid-19

A revista The Lancet, uma das mais antigas e conhecidas revistas médicas e descrita como uma das mais prestigiadas do mundo, publicou um estudo neste mês, onde comprova que a vacina CoronaVac é 100% eficaz para prevenir casos graves causados pela variante delta, e aproximadamente 69,5% eficaz na prevenção de pneumonia decorrente da doença.

 

De acordo com o Instituto Butantan, esse é o primeiro estudo publicado sobre a eficácia da CoronaVac na prevenção de pneumonias e casos graves de covid-19 causados pela variante delta.

 

O estudo analisou 10.813 pessoas e foi realizado entre os meses de maio e junho de 2021. Os participantes haviam sido vacinados com uma das 4 vacinas de vírus inativo autorizadas para uso emergencial na China: a CoronaVac, também usada no Brasil, os imunizantes HB02 e WIV04, da Sinopharm, e a BICV, da Biokangtai.

 

As descobertas estão no artigo “Effectiveness of Inactivated COVID-19 Vaccines Against Covid-19 Pneumonia and Severe Illness Caused by the B.1.617.2 (Delta) Variant: Evidence from an Outbreak in Guangdong, China”, publicado em uma plataforma vinculada à revista científica.

 

A variante delta, identificada pela 1ª vez na Índia em outubro de 2020, está sendo responsável pelo aumento do número de casos da doença, inclusive em países onde a pandemia parecia controlada, como Israel e Reino Unido. No Brasil, já foram registrados mais de 700 casos desta variante.

 

 

Foto: Geovana Albuquerque (Agência Saúde-DF)

 

Veja também: Pesquisadores da USP comprovam que CoronaVac é eficaz em pacientes imunossuprimidos

Estudo explica que vacinas da AstraZeneca e Pfizer garantem eficácia contra variante delta do coronavírus

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (21), mostra que as vacinas Pfizer e Astrazeneca contra a Covid-19 são quase tão eficazes contra a variante Delta, considerada altamente transmissível, e com a linhagem dominante na maior parte do mundo atualmente. As autoridades afirmam, porém, que sua eficácia será garantida somente após as duas doses dos imunizantes.

 

Publicada pelo jornal ‘’New England Journal of Medicine’’, a pesquisa confirma as principais descobertas fornecidas pelo governo britânico sobre a eficácia das vacinas feitas pela Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca, que resultaram positivamente em 88% e 67%, respectivamente, na prevenção de doenças sintomáticas da variante Delta, em comparação com mais de 90% contra a variante Alfa. Considerada altamente contagiosa, esta variante foi descoberta na Índia e vem causando o aumento das infecções na Europa e nos Estados Unidos e em Israel, que retomaram as medidas de prevenção.

 

Ambas vacinas são autorizadas no Brasil, que por sua vez, teve um aumento considerável dos casos por causa da variante, com indicações de transmissão comunitária. Os especialistas também estimaram que a variante Delta poderá ser responsável por cerca de 70% dos novos casos da Europa no mês de agosto.

 

Imagem: Reuters

Veja também: Cientista brasileira encontra proteína chave para tratamento da Covid

 

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