The Crown: Conheça os castelos que foram utilizados para gravar a série que conta a história de Elizabeth II

 

A vida da falecida Elizabeth II, falecida recentemente, está sendo recontada em The Crown na Netflix.  A quinta temporada do seriado, que é sucesso absoluto, foi liberada esta semana e encanta, entre outras coisas, pelos castelos que compõem o cenário e a história da soberana. 

 

O que nem todo mundo sabe é que a série não foi gravada nos castelos reais, mas em outros que tem a arquitetura semelhante.  Para explicar isso direitinho e detalhar para os fãs das séries onde são estes lugares maravilhosos, preparamos a lista abaixo:

Wilton House – Wiltshire

 

 

Foi usado para reproduzir o Palácio de Buckingham durante as três primeiras temporadas da série. Ele é um palácio rural inglês situado em Wilton, próximo de Salisbury, no Wiltshire. Foi a sede rural dos Condes de Pembroke por mais de 400 anos.

O primeiro edifício registado no lugar onde se ergue a Wilton House foi um prédio fundado pelo Rei Egberto cerca de 871. Mais tarde, devido à magnificência do Rei Alfredo, foram concedidas terras e solares a este priorado até este se tornar numa poderosa e rica abadia. No entanto, quando a Abadia Wilton foi dissolvida, durante a Dissolução dos Mosteiros pelo Rei Henrique VIII de Inglaterra, a sua prosperidade já estava em declínio — depois da confiscação da abadia, o Rei Henrique VIII ofereceu-a com as suas propriedades William Herbert, 1º Conde de Pembroke (na criação de 1551) por volta do ano 1544.

 

Wilton House é descrita, frequentemente, como um dos mais belos palácios rurais da Inglaterra, num país de belas casas de campo onde o julgamente tem que ser feito por cada um individualmente. Uma forma precisa para descrever Wilton na atualidade é uma citação direta do escritor arquitectónico John Summerson escrita em 1964, tão verdadeira agora como na época em foi escrita:

…a ponte é o objecto que atrai o visitante antes de tomar consciência da fachada Jonesiana. Ele aproxima-se da ponte e, dos seus degraus, volta-se para ver a fachada. Atravessa a ponte, vira-se outra vez e toma consciência da ponte, do rio, do relvado e da fachada como uma fotografia em profunda recessão. Pode imaginar o pórtico; dificilmente irá lamentar a contenção. Pode fotografar os nós formais, sebes torturadas e estátuas do jardim do 3º Conde de Pembroke; ficará mais feliz com o relvado. Permanecendo aqui, pode refletir como uma cena tão clássica, tão deliberada, tão completa, foi cumprida não pela decisão duma mente num momento, mas por uma combinação de acidente, seleção, gênio e marés de gosto.

Hoje o belíssimo palácio pertence ao conde de Pembroke, Herbert de Almeida feito conde em 2003 após a morte do pai.

 

Outras produções cinematográficas foram gravadas no local. São elas: 

 

Lancaster House – Londres  

 

Também foi usado para reproduzir o Palácio de Buckingham internamente. Ele é um palácio de Londres situado no distrito de St. James’s, no West End da capital britânica. Fica próximo do St. James’s Palace e muito do espaço que ocupa fez parte, em tempos, daquele complexo palaciano. É um listed building classificado com o Grau I.

 

A construção da Lancaster House foi iniciada em 1825 para Frederick, Duque de York e Albany, o segundo filho do Rei Jorge III, sendo inicialmente conhecida como York House, no entanto, aquando da morte do príncipe era apenas uma carcaça vazia. O exterior foi desenhado principalmente por Benjamin Dean Wyatt. Foi construído em Pedra de Bath, num estilo neoclássico, sendo o último palácio de Londres a usar este estilo essencialmente georgiano. O edifício possui três andares de altura, com as salas de aparato no primeiro andar, ou piano nobile, as salas de estar da família no andar térreo e os quartos no segundo andar. Também possui uma cave contendo salas de serviço. O interior foi desenhado por Benjamin Dean Wyatt, Sir Charles Barry e Sir Robert Smirke, tendo ficado concluído em 1840.

O edifício foi comprado e concluído por George Leveson-Gower, 2º Marquês de Stafford (mais tarde 1º Duque de Sutherland) ficando conhecido por Stafford House durante quase um século. Foi avaliado para efeitos de cálculo de impostos de propriedade como a casa privada mais valiosa de Londres.

As políticas liberais de Sutherlands e o amor às artes atraíu muitos convidados ilustres, incluindo o reformador fabril Anthony Ashley-Cooper, 7º Conde de Shaftesbury, a autora anti-esclavagista Harriet Beecher Stowe e o líder revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi. Quase tão influente como as visitas era a decoração, a qual representou a moda das salas de recepção de moda durante quase um século. Os interiores, principalmente em estilo Luís XIV, criaram um esplêndido fundo para a impressionante colecção de pinturas e objectos de arte dos Sutherland, muitos dos quais ainda podem ser admirados no palácio actualmente.

“Vim da minha Casa para o seu Palácio”, terá afirmado a Rainha Vitória à Duquesa de Sutherland ao chegar a Stafford House. Com a sua ornada decoração e dramática extensão da grande escadaria, o Grande Vestíbulo é uma magnífica introdução a uma das mais refinadas casas de cidade em Londres. Mais de um século depois, a sua grsndeza permanece esplendorosa, permanecendo inesquecível para aqueles que o visitam.

Em 1912 o palácio foi comprado por Sir William Lever, 1º Baronete (mais tarde 1º Visconde Leverhulme), um fabricante de sopas e filantropo, o qual renomeou o edifício em honra do seu condado natal, o Lancashire, tendo-o oferecido à nação no ano seguinte. A partir de 1924, e até pouco depois da Segunda Guerra Mundial, Lancaster House acolheu o London Museum’, mas actualmente é usado para recepções do governo, encontrando-se encerrado ao público, com excepção de raros dias de abertura.

A Comissão Consultiva Europeia reuniu-se em Lancaster House no ano de 1944. Em Janeiro de 1947, um enviado especial teve reuniões no palácio para discutir assuntos relacionados com a Áustria ocupada. Em 1979 serviu de cenário ao Acordo de Lancaster House, o qual consistiu no contrato de independência da Rodésia (actual Zimbabwe) em relação ao Reino Unido

Old Royal Naval College 

 

O castelo foi usado para representar os Jardins do Palácio de  Buckingham.  O centro do que é chamado Maritime Greenwich, área declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, são dois prédios gêmeos nas margens do Tâmisa.

Atualmente são chamados de Antiga Escola Real Naval de Greenwich (Old Royal Naval College) e abrigam três atrações abertas ao público: o Centro de Informações, a sala denominada Painted Hall e uma Capela dedicada a São Pedro e São Paulo.

Projetados no final do século XVII por Sir Christopher Wren – arquiteto que deixou sua marca em vários edifícios de Londres, inclusive na magnífica St. Paul’s Cathedral – os prédios abrigaram, por mais de 150 anos, um hospital para marinheiros (Royal Hospital for Seamen).

Em 1873, o hospital foi convertido na Escola Real Naval de Greenwich (Royal Naval College), uma instituição para formação de oficiais da Marinha Britânica que operou no local até 1998.

Brocket Hall – Hatfield

Simula as casas de campo do príncipe Charles, de Diana e a da princesa Margaret. Brocket Hall é uma casa de campo neoclássica situada em um grande parque no lado oeste da área urbana de Welwyn Garden City, em Hertfordshire, Inglaterra. A propriedade está equipada com dois campos de golfe e sete edifícios tombados menores, além da casa principal.

Hylands House – Essex

Simulou a casa branca quando a família real fez visitas ao governo americano.  Hylands House é um palácio rural, rodeado por um parque com 232 hectares (574 acres), localizado no Essex, Sul da Inglaterra. Actualmente, é propriedade do Conselho Municipal de Chelmsford. O parque está, geralmente, aberto ao público, excepto quando é usado para eventos especiais, como por exemplo o V Festival. O edifício sofreu obras de restauro que terminaram em 2007.

Hylands House foi construído em 1730, por Sir John Comyns; o edifício original era uma mansão em tijolo encarnado ao estilo Rainha Ana, difícil de imaginar actualmente. 

Em 1797, Cornelius Kortright comprou Hylands House e empregou o bem conhecido jardineiro paisagista Humphry Repton, que começou a modernizar e ampliar a propriedade. Adicionou as alas Este e Oeste, um pórtico colunado, e cobriu todo o edifício com estuque branco. De qualquer forma, apesar do charme de Hylands e do Condado de Essex, Kortright não viu o desenho de Repton concluído.

Foi Pierre Labouchere, proprietário entre 1814 e 1839, que completou o desenho de Repton para Hylands House, o qual produziu o edifício em estilo neo-clássico que se vê actualmente.

Em 1839, John Attwood comprou a Hylands House. Foi este proprietário que alterou grandemente o edifício, fazendo dele o palácio rural de três andares que sobreviveu até 1977.

O proprietário Arthur Pryor deixou a sua marca na comunidade local durante a sua época em Hylands House e, durante a posse de Sir Daniel e Lady Mary Gooch, numerosos convidados bem conhecidos foram recebidos em Hylands.

Em 1922 a propriedade foi comprada pelos seus últimos donos privados, Mr. John e Mrs Christine Hanbury. Infelizmente, Mr. Hanbury faleceu antes de se mudar para o palácio, mas Christine Hanbury e o seu filho Jock continuaram a viver em Hylands House mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, quando o palácio foi usado como quartel-general do SAS. Jock era um piloto da RAF e foi tristemente abatido durante os confrontos. Mrs Hanbury continuou a viver em Hylands House até à sua morte em 1962.

 

Castelo de Belvoir  – Leicestershire

 Ele foi utilizado para gravar as cenas do interior do castelo de Windsor. O Castelo de Belvoir localiza-se no vale de Belvoir, condado de Leicestershire, na Inglaterra. Está próximo da cidade de Grantham e de várias aldeias, incluindo Redmile, Woolsthorpe-by-Belvoir, Knipton, Harston, Harlaxton, Croxton Kerrial e Bottesford.

Trata-se de um palácio rural classificado como listed building com o Grau I. Um dos cantos do edifício ainda é usado como residência por David Manners, 11.° Duque de Rutland, e pela sua família, permanecendo como sede dos Duques de Rutland. Originalmente, erguia-se um castelo normando em posição dominante no ponto mais alto deste lugar.

Durante a Guerra Civil Inglesa foi uma das mais notáveis fortificações dos apoiantes de Carlos I da Inglaterra. Posteriormente passou para as mãos dos Duques de Rutlande, logo depois, foi destruído parcialmente por um incêndio. Foi reconstruido pela esposa do quinto Duque, ganhando o seu actual aspecto de castelo gótico. O arquitecto James Wyatt foi o principal responsável por esta reconstrução, e por isso Belvoir ficou com uma aparência superficial de um castelo medieval, com a sua torre central a recordar o Castelo de Windsor. O actual castelo é o quarto edifício que se ergue no local desde os tempos normandos.

Belvoir foi um solar real até ser concedido a Robert de Ros, 1º Barão de Ros em 1257. Quando aquela famílai se extinguiu, em 1508, o solar e o castelo passaram para a posse de George Manners, 12º Barão de Ros, que herdou o castelo e a baronia através da sua mãe. O seu filho foi feito Conde de Rutland em 1525, e John Manners, 9º Conde de Rutland foi feito Duque de Rutland em 1703. Desta forma, o Castelo de Belvoir tem sido a residência da família Manners nos últimos quinhentos anos e sede dos Duques de Rutland desde há mais de três séculos.

O edifício encontra-se aberto ao público e contém muitas obras de arte. Em 1964, foi ali instalado um museu sobre regimentos de cavalaria, o Queen’s Royal Lancers Regimental Museum dos 17º e 21º regimentos, mas a sua saída foi requerida em 2007. Os pontos mais altos da visita são as luxuosas salas de aparato, sendo as mais famosas o Elizabeth Saloon (Salão de Isabel – nomeado em homenagem à esposa do quinto Duque), a Regents Gallery (Galeria dos Regentes) e a Sala de Jantar de Aparato de inspiração romana.

 

Castelo de Caernarfon 

Ele foi utilizado para gravar as cenas da coroação do Príncipe Charles que foram exibidas na terceira temporada.  O Castelo de Caernarfon é uma fortaleza medieval em Caernarfon, Gwynedd, noroeste do País de Gales, cuidada por Cadw, o histórico serviço de meio ambiente do governo galês. 

Foi um castelo motte-and-bailey do final do século XI até 1283, quando o rei Eduardo I da Inglaterra começou a substituí-lo pela estrutura de pedra atual. A cidade e o castelo eduardianos atuavam como o centro administrativo do norte do País de Gales e, como resultado, as defesas foram construídas em grande escala. Havia uma ligação deliberada com o passado romano de Caernarfon, e o forte romano de Segontium fica próximo.[2]

Enquanto o castelo estava em construção, as muralhas da cidade foram construídas em torno de Caernarfon. O trabalho custou entre 20 mil libras e 25 mil libras desde o início até o final do trabalho em 1330. Embora o castelo pareça quase completo do lado de fora, os edifícios internos não sobrevivem e muitos dos planos de construção nunca foram concluídos. A cidade e o castelo foram saqueados em 1294, quando Madog ap Llywelynliderou uma rebelião contra os ingleses. Caernarfon foi recapturado no ano seguinte. Durante o Glyndŵr Rising de 1400-1415, o castelo foi sitiado. Quando a dinastia Tudorascendeu ao trono inglês em 1485, as tensões entre galeses e ingleses começaram a diminuir e os castelos foram considerados menos importantes. Como resultado, o Castelo de Caernarfon foi autorizado a cair em estado de abandono. Apesar de sua condição em ruínas, durante a Guerra Civil Inglesa o Castelo de Caernarfon foi mantido por monarquistas e foi cercado três vezes por forças parlamentares. Esta foi a última vez que o castelo foi usado na guerra. O castelo foi negligenciado até o século XIX, quando o estado financiou reparos. O castelo foi usado para a investidura do Príncipe de Gales em 1911 e novamente em 1969. Faz parte do Patrimônio MundialCastelos e Muralhas da Cidade do Rei Eduardo em Gwynedd“.[3]

 

Ardverikie Estate  – Condado de Inverness

 

Foi utilizado para gravar as cenas referentes ao Castelo de Balmoral na Escócia.   Ele está localizado no povoado de Argyll, fundado pelo Duque de Argyll, que ordenou a construção deste castelo de pedra azulada nas margens do lago. Não é um dos mais conhecidos, mas é um dos mais bonitos. É uma mistura dos estilos gótico e barroco, e preserva a fachada original e a decoração interior.

Alguns dizem que tem certa semelhança com Hogwarts, o castelo onde Harry Potter e seus amigos magos estudavam, devido às suas torres cúbicas e pontiagudas.

Rainha Elizabeth II: Relembre a trajetória da monarca

Elizabeth II assumiu o trono britânico em 1952, o qual reinou por 70 anos. Sendo assim, a monarca mais longeva da história da monarquia britânica. A rainha, era filha de George VI e assumiu o trono após a morte de seu pai. Sua ascensão ao poder quase não aconteceu, uma vez que ela era filha do segundo herdeiro na linha de sucessão do trono inglês.

 

A rainha Elizabeth II foi colocada sob supervisão médica após sua equipe de saúde expressar preocupação com seu quadro, informou nesta quinta-feira (8) o Palácio de Buckingham. Posteriormente, tivemos a confirmação de seu falecimento aos 96 anos.

 

A trajetória da monarca

Cr: McCarthy’s PhotoWorks e Shutterstock

Quando nasceu, a pequena Elizabeth tinha poucas chances de se tornar rainha: seu pai, George, era o irmão mais novo do primeiro na fila de sucessão, o príncipe Edward. Sendo assim, o segundo herdeiro na linha do trono.

 

Entretanto, em 1936 Edward (nomeado rei Edward VIII) abdicou do trono para se casar com uma mulher americana que era divorciada, ato proibido na monarquia.

 

Assim, o pai de Elizabeth foi nomeado rei George VI e Elizabeth, que tinha 10 anos, se tornou a primeira na linha de sucessão.

 

 

Casamento com Philip (1937)

Cr: (PA Images/Getty Images)

Elizabeth e Philip, se conheceram quando a então princesa tinha 13 anos, em uma visita da família real à Marinha em 1939, onde Philip servia.

 

Os dois passaram a se corresponder por carta durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), e Philip pede a mão da princesa logo após o fim da guerra.

 

 

Coroação (1952/1953)

Cr:(PA Images/Getty Images)

Aos 25 anos, Elizabeth tornou-se rainha do Reino Unido, no dia 6 de fevereiro de 1952, o dia que seu pai, Jorge VI, faleceu. No último ano do reinado de Jorge VI, sua saúde estava muito debilitada em razão do câncer de pulmão. Isso fez com que Elizabeth o substituísse em eventos públicos com grande frequência, afinal, ela era a herdeira do trono.

Quando seu pai faleceu, Elizabeth e seu marido estavam em viagem. Após o falecimento do pai, ela retornou para a Inglaterra e, nesse mesmo dia, um conselho se reuniu no Reino Unido e anunciou que ela sucederia o trono. Os preparativos para a coroação de Elizabeth duraram quase um ano.

Dentro do Reino Unido, estima-se que 27 milhões de pessoas assistiram à cerimônia, e 11 milhões ouviram pelo rádio, cerca de 80% da população. O discurso de Natal da rainha também foi televisionado em 1957. 

 

Charles, seu primeiro filho, se torna príncipe de Gales (1968)

O príncipe Charles, primeiro filho de Elizabeth e Philip, nasceu em 1948, seguido dois anos depois por sua irmã, Anne. A rainha teria ainda outros dois filhos nos anos 1960: Andrew, em 1960 e Edward, em 1964. Mas ao longo do reinado de Elizabeth, os holofotes estiveram em Charles, e esperava-se que, em breve, o herdeiro se tornaria rei.

 

Em 1968, ele foi nomeado “Príncipe de Gales”, título oficial conferido ao herdeiro do trono. Biógrafos apontam que a relação de Charles com a mãe foi, em vários momentos, conturbada, embates que se tornariam claros após o casamento de Charles com Diana, nos anos 1980.

Primeira quebra de protocolo real (1970)

Cr: (Central Press/Getty Images)

Segundo biógrafos, a rainha Elizabeth, ao longo das décadas em que permaneceu no trono, quebrou alguns protocolos então existentes na monarquia. Um dos mais lembrados é caminhada entre a população (ou plebeus), o que Elizabeth fez pela primeira vez em 1970 em uma visita à Austrália. Até então, nas visitas oficiais, monarcas britânicos somente acenavam de dentro dos veículos ou a uma distância segura das multidões.

 

Desde então, o gesto de cumprimentar a população mais de perto foi seguido por outros membros da família real.

Crises familiares e os primeiros divórcios (1992)

Cr: (Tim Graham Photo Library/Getty Images)

 

O ano de 1992 foi um ano marcado por crises familiares. Como era sabido na época, o casamento entre o príncipe Charles e Diana Spencer, em 1981, foi marcado por relações extraconjugais e polêmicas. Os dois se separaram em 1992, se divorciando anos depois, em 1996.

 

No mesmo ano, o príncipe Andrew se divorciou de sua esposa, assim como a princesa Anne de seu primeiro marido. Por fim, o castelo de Windsor, residência da família real, pegou fogo — e imagens de luxuosos artigos sendo salvos do incêndio fez a riqueza da família real ser exposta em rede nacional. Em meio às críticas, a rainha Elizabeth concordou em pagar impostos sobre sua renda privada. Mais tarde, 1992 seria descrito como “Annus Horribilis” (“ano horrível”, em latim).

 

Morte da princesa Diana (1997)

 

Com Diana sendo muito popular no Reino Unido e fora do país (conhecida “Princesa do Povo”), e as, agora conhecidas, desavenças entre a rainha e a princesa levaram a uma crise de imagem. O ápice ocorreu após a trágica morte de Diana em um acidente de carro.

 

A princípio, a família real se isolou no interior e se preservou de declarações públicas sobre o acidente. Mas, após críticas, a rainha Elizabeth retornou a Londres e fez um pronunciamento na televisão.

 

 

Jubileu de ouro e luto (2002)

 

O ano de 2002 marcou os 50 anos do reinado de Elizabeth, a popularidade da família real começou a se restaurar no século XXI

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No mesmo ano, a rainha passou por uma tragédia familiar dupla: morreram sua única irmã, princesa Margaret, aos 71 anos, e sua mãe (a “Rainha mãe”), aos 101 anos.

Jubileu de diamante (2012)

A rainha completou 60 anos de reinado em 2012. No mesmo ano, a monarca realizou outro marco, ao abrir as Olimpíadas de Londres (como a rainha já havia aberto os jogos de Montreal 1976, se tornando a primeira monarca a abrir duas competições olímpicas).

 

Três anos depois, em 2015, Elizabeth se tornaria a monarca a mais tempo governar o Reino Unido, quando superou a rainha Vitória, que ficou no trono por 63 anos.

 

Jubileu de Safira (2017)

Cr: Lorna Roberts e Shutterstock

 

A rainha Elizabeth segue no trono britânico e, em 2017, recebeu o Jubileu de Safira, uma homenagem por completar 65 anos no trono. Ela é a única monarca a receber essa homenagem em toda a história da monarquia britânica.

 

Coronavírus (2020)

 

A rainha também será lembrada na história por estar à frente do trono britânico durante a pandemia da covid-19. Fato que, segundo ela própria, foi um dos maiores desafios do Reino Unido desde a Segunda Guerra Mundial.

 

Morte do príncipe Philip (2021)

 

Cr: (Antony Jones/Getty Images)

 

Ainda em meio à covid-19, a família real perdeu no ano passado um de seus principais nomes, o príncipe Philip, que esteve casado com a rainha por 69 anos, o mais longevo “consorte” da história britânica.

A rainha Elizabeth II foi uma figura extremamente reservada, evitando aparições públicas frequentes, além de ter concedido poucas entrevistas. Apesar de ser rainha, os poderes dela são bastante limitados, porque ela é chefe de Estado, e não chefe de Governo. 

Atualmente, seu filho Charles, nascido em 1948, é o primeiro na linha de sucessão ao trono britânico. O filho mais velho de Charles com Diana, príncipe William, é, o segundo na linha de sucessão. Essa ordem segue com o filho mais velho do príncipe William, George, o terceiro na linha de sucessão.

 

Foto de capa: Palácio de Buckingham/POOL/AFP