Enfermeira de Goiânia cria pulseira para aferir pressão de grávidas hipertensas e conquista prêmio de empreendedorismo

A enfermeira goiana Flávia Sales (na foto à direita), de 34 anos, foi a vencedora de um prêmio de empreendedorismo com um projeto de uma pulseira para aferir pressão de grávidas hipertensas. Ela e a colega de profissão, Janaína de Oliveira (à esquerda), de 41 anos, criaram um produto que monitora e envia dados do paciente para uma equipe médica. As informações são do G1 Goiás.

O concurso é o Prêmio Padre Francisco Xavier Roser SJ de Empreendedorismo de Inovação (Prêmio Roser). De acordo com a organização do evento, a competição é de nível nacional e visa identificar novos talentos e soluções inovadoras para problemas atuais.

Segundo as estudantes, a proposta nasceu em sala de aula. Flávia e Janaína são alunas de mestrado profissional em enfermagem e durante uma disciplina de tecnologia da saúde tiveram a ideia de criar um produto que pudesse auxiliar na gestação.

De acordo com Flávia, a proposta principal é dar mais conforto e segurança durante a gestão de uma grávida hipertensa, e que agora, o próximo passo é conseguir parcerias e investimentos para que a ideia saia do papel e vá para os consultórios.

Em entrevista para o G1, Flávia contou que pretende trazer o projeto para o estado: ‘’Saí daqui para estudar e quero trazer esse projeto para Goiás. A hipertensão é uma doença que pode causar morte durante a gestação ou parto, essa morte pode ser evitada com monitoramento, e é isso que desejamos alcançar com a pulseira’’.

Já Janaína comentou sobre a importância do reconhecimento para as mulheres: “Somos enfermeiras há 15 anos e é muito gratificante! Somos mulheres e estamos quebrando barreiras. Fui uma gestante que a partir da 21ª semana tive alterações de pressões. Me senti desprotegida. Pensando nisso, queremos dar àquelas gestantes maior qualidade de vida”, disse.

Com a vitória na competição, as estudantes ganharam como um dos prêmios seis meses de aceleração do projeto em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, que está programado para acontecer ainda este ano.

 

Imagem: Arquivo Pessoal

‘Deixar a vida passar e não deixar nada de bom é o mesmo que não viver’

A repercussão nacional e a comoção geral pela morte do desportista e político Maguito Vilela, mostra o caráter do amigo, irmão, esposo, pai e líder goiano, morto aos 71 anos após complicações causadas pela Covid-19.

A última frase dita ainda no hospital à uma enfermeira só reforça a personalidade humilde e visionária de Maguito e confirma o legado que um dos maiores goianos de todos os tempos irá deixar à atual e futuras gerações.

“Deixar a vida passar e não deixar nada de bom é o mesmo que não viver”.

 

Enfermeira de Itumbiara mobiliza cidadãos e transforma lote baldio em parque sustentável

Reila Amaro, uma enfermeira de Itumbiara, chamou atenção por ter promovido uma ação positiva para toda uma comunidade que vive próxima ao posto de saúde em que ela trabalha. Antes, um terreno baldio, que vivia repleto de lixo, mato e, consequentemente, poderia ser um criadouro do mosquito Aedes Aegypti, hoje foi transformado em um parque que leva diversão para inúmeras crianças do local.

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Imagens do lote baldio antes da transformação.

Apesar de não morar no bairro do posto de saúde (como a maioria dos funcionários da Estratégia Saúde da Família), Reila conversou com a equipe sobre o que eles achavam da ideia de se construir um parque com materiais recicláveis no terreno até então abandonado. De imediato, todos acharam a ideia maravilhosa e abraçaram a causa, atuando cada qual da maneira que podia. Dentre os ajudantes, se destacou um morador da região que fez o trabalho de limpar e planar o terreno.

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A manutenção do parque é realizada pelos próprios moradores da região (aos finais de semana), que vigiam e regam as plantas e pela equipe que trabalha na ESF (durante os dias de semana).
Conforme nos contou Reila, a resposta ao projeto foi muito positiva. “Recebi respostas super positivas, pois é um bairro super carente em Itumbiara GO, afastado de tudo, então todos se sentiram especiais”, afirmou.
Segundo a enfermeira, a mudança alterou até mesmo o próprio ambiente de trabalho, pois, em suas próprias palavras, “antes a gente olhava e só via mato alto; agora quando olho para fora vejo crianças brincando e muito felizes!”
Reila ressaltou ainda como a transformação física do local acabou mudando também a dinâmica social dos moradores, criando um elo positivo com a comunidade. Ela acredita que se todos tivessem iniciativas como essa, de fazer algo de bom para a população, o mundo seria bem melhor.

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Fotos: Arquivo Pessoal/Reila Amaro.

Feliz pelos resultados do projeto que transformou o lote abandonado e pela repercussão que o caso alcançou, virando, inclusive, reportagem da TV Anhanguera com o trabalho da jornalista Juliana Nascimento, Reila agradeceu à equipe que abraçou a causa – realizando um sonho que antes era só dela – e ao seu marido, sem quem ela não teria conseguido ter sonhado tão alto.
“Deixo um conselho para as pessoas serem mais humanas com o próximo, principalmente nós da área da saúde, que trabalhamos tão próximos das famílias, praticamente dentro das casas das pessoas, então vamos amar e ser gentis, pois só assim vamos construir um mundo melhor”, finalizou Reila.

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Foto: Reila Amaro/Arquivo pessoal.

Histórias como essa mostram que é possível, através do trabalho e cooperação mútuos das pessoas, realizar transformações nos locais em que vivem.