Estudantes goianos de escola pública estão na final do campeonato brasileiro de robótica

Alunos da Escola do Futuro de Goiás (EFG) Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia, se classificaram para a etapa nacional do FIRA Brasil, o maior evento de robótica do país, e vão disputar a final do torneio em novembro, no Ceará. A equipe, vinculada ao Núcleo de Robótica da EFG, conquistou o 3º lugar na modalidade Cliff Hanger U19, de 15 a 19 anos, na qual robôs de pesos iguais tentam empurrar o oponente para fora da arena, enquanto desviam de obstáculos.

O grupo chamado de Rassiliano é composto por quatro integrantes: Eloá Oliveira, Geovanna Viana, Danielly Khalil e Cauã Rodrigues, que agora vão em busca da classificação para o torneio mundial. Por isso, na competição estadual ocorrida na sexta-feira (29/09), a medalha de bronze foi muito comemorada. Geovanna frisou que “competir e aprimorar o conhecimento foi incrível”. Já Eloá destacou a importância do evento para o aprimoramento do aprendizado. “Queremos ampliar a robótica não só por robôs de competição, mas também na inclusão e automação”, explicou.

O robô usado na etapa estadual foi feito na EFG e, para a final nacional, a equipe já planeja modificações. Se classificados para a etapa mundial, o FIRA RoboWorld Cup and Summit 2024, a turma competirá no Brasil, em São Luís, Maranhão, em agosto do ano que vem. Segundo o coordenador de Serviços Tecnológicos e Apoio à Inovação (STAI) da escola, Vítor Vinícius Gomes Cerqueira, os alunos estão fazendo o levantamento dos materiais para os próximos robôs, com foco na etapa nacional. “Os oponentes [da etapa regional] estavam muito preparados e a equipe agora, mais experiente, está muito animada para a nacional”, apontou.

As EFGs são ligadas à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e geridas pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Elas oferecem cursos técnicos de curta duração tanto em robótica quanto em outras áreas da tecnologia.

 

 

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Foto: Secti

Estudantes goianos de escola pública conquistam primeiro lugar em evento internacional de matemática

Estudantes da rede estadual de Goiás se destacaram na Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras (OIMSF) 2023. Alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Professora Izabel Christina de Sousa Ortiz, em Formosa, e do Colégio Estadual da Polícia Militar do Estado de Goiás (CEPMG) Ayrton Senna, em Goiânia, ganharam as primeiras colocações.

Já em Formosa, 18 estudantes do Ensino Fundamental receberão as medalhas de ouro na etapa nacional, sendo que a metade é do 6° ano e, a outra, do 7°. Os alunos da turma de 9° ano do Cepi alcançaram o 3° lugar, garantindo a medalha de bronze.

De acordo com o professor de matemática da escola, Arlley Kacyo da Silva, a preparação para a olimpíada começou em 2022, através das práticas nas aulas focadas em fortalecer o raciocínio lógico, e das eletivas, que contribuíram para o desenvolvimento das habilidades dos estudantes.

Para o professor, a participação dos alunos em competições como esta tem um impacto significativo na aprendizagem por aprimorar as competências e aumentar o interesse dos alunos na disciplina. O resultado em primeiro lugar dos estudantes foi recebido com orgulho.  “Ver o esforço, a dedicação e o trabalho em equipe sendo recompensados com medalhas de ouro é gratificante. Isso se reflete tanto no talento dos alunos, como no comprometimento da unidade escolar”, comemora o docente. 

Já em Goiânia, no CEPMG Ayrton Senna, os vencedores foram os estudantes da 3° série do Ensino Médio. Ao todo, 10 escolas estaduais receberam medalhas de ouro, prata e bronze na OIMSF 2023.

A Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras é uma competição internacional destinada a estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Com o objetivo de aproximar os alunos do estudo dos componentes curriculares da matemática, a olimpíada busca desenvolver novas habilidades.

A competição possui apenas uma fase e é dividida em três níveis: Básico (4° a 6° ano do Ensino Fundamental), Júnior (7° a 9° do Ensino Fundamental) e Sênior (Ensino Médio). Para participar, as unidades escolares das redes públicas municipais ou estaduais, devem inscrever as turmas como um único time.

 

 

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Equipe feminina é destaque no Torneio Sesi de Robótica First Lego League

No mês dedicado às mulheres, a equipe que representa a Prefeitura de Goiânia no Torneio Sesi de Robótica First Lego League é formada apenas por meninas. Destaque na competição, as jovens estudam na Escola Municipal Alice Coutinho, no setor Vila Morais. A instituição de ensino foi a primeira a receber um Laboratório Maker e de Robótica da rede pública da capital. 

Composta por estudantes do oitavo ano e batizada de “Delta EMAC”, a equipe formada pelas estudantes Andressa, Maria Paula, Maria Eduarda e Lara Muniz, atua em um projeto voltado para a prevenção de acidentes aéreos. A proposta da turma é apresentar, durante a competição, um mecanismo de proteção voltado para os pilotos das aeronaves. 

torneio

Elas são dirigidas pelo professor Kleiber Sales, um dos pioneiros na elaboração de projetos de robótica na Rede Municipal em Goiânia. Ele trabalha com o tema há mais de 10 anos e presencia a consolidação da Cultura Maker – que se baseia na ideia de que as pessoas devem ser capazes de fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos e funções com as próprias mãos – nas escolas públicas da capital. 

Lançados em outubro do ano passado pelo prefeito Rogério Cruz, os Laboratórios Makers ampliam o ensino de robótica em sala de aula e estimula a criatividade e o raciocínio lógico dos estudantes. O projeto está em fase de implantação e a previsão é de que 10 novos laboratórios sejam inaugurados nas próximas semanas. 

“Se hoje Goiânia tem condições de enviar equipe para torneios nacional e estadual de robótica é porque a gestão municipal investe em projetos inovadores que colocam estudantes como protagonistas do processo de aprendizagem”, celebra Rogério Cruz. O encerramento do torneio aconteceu neste sábado (12/03), no Centro Cultural Paulo Afonso Ferreira, no Teatro Sesi em Goiânia.

 

Imagens: Secretaria Municipal de Educação (SME)

Professor brasileiro da rede pública vence prêmio internacional e se classifica como um dos melhores do mundo

No último dia 24 de Outubro, aconteceu o Global Teacher Prize 2021, premiação internacional que recebeu mais de 200 mil inscrições de 110 países. O evento, que acontece na Índia, existe há uma década com o objetivo de reconhecer mestres que, com iniciativas fora da sala de aula formal, tenham contribuído para o desenvolvimento de alunos e da comunidade. Na ocasião, o professor brasileiro da rede pública, Paulo Magalhães, foi premiado e entrou para o seleto grupo de melhores professores do mundo.

O professor foi reconhecido pelo projeto ”Aula Pública”, que realiza na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Duque de Caxias, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo. Ele leva as turmas para conhecerem as ruas e a história do local: ”O maior prêmio é ver a transformação que consegui fazer na região que trabalho, extremamente vulnerável, onde existem cortiços e ocupações irregulares. A violência era muito intensa na escola”, disse Paulo em entrevista para o Portal Metrópoles.

O projeto ”Aula Pública” foi criado em 2010 e foi uma forma que Paulo encontrou de diminuir o abandono escolar, que era muito comum entre os jovens que ensinava. Além de levar os alunos para fora da escola, Paulo ainda trouxe mais livros para dentro da sala de aula. Ele comprava os exemplares com o próprio dinheiro. A cada 15 dias, eram cinco novas obras distribuídas para que os estudantes lesse e trocassem entre os colegas. Agora, ele consegue mais livros a partir de doações de moradores e outros projetos sociais. 

Em dois cargos na Emef, o professor ministra aulas de Geografia pela manhã, e de orientador de informática educativa na parte da tarde e noite. ”Eu dou aula para a escola toda, do primeiro ano do fundamental até a educação de jovens adultos”, contou. Licenciado em Geografia pela Universidade Católica de Santos, Paulo também se formou em Ciências Sociais, na área de Ciências Políticas pela Unesp, é especialista em Globalização e Economia, também pela Unesp, mestre em Arquitetura e Urbanismo, pela PUC Campinas, e pedagogo habilitado em Administração e Supervisão Escolar.

 

*Com informações Portal Metrópoles

Imagem: Divulgação

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Ex-aluna de escola pública é aprovada em 10 universidades internacionais

A estudante de apenas 18 anos, Rhayssa Braz, residente da cidade de Santos em São Paulo, decidiu pegar firme nos estudos e se candidatar em várias universidades estrangeiras. 

Ela, que era estudante da rede pública de educação, conseguiu êxito em dez instituições, e acabou escolhendo o programa Zayed University e Minerva University (Abu Dhabi), que por meio delas, Rhayssa passará por oito campus internacionais, são eles: São Francisco, nos EUA; Seoul, na Coréia do Sul; Berlim, na Alemanha; Buenos Aires, na Argentina; Abu Dhabi, nos Emirados Árabes; Taipei, em Taiwan; Londres, na Inglaterra; e Hyderabad, na Índia.

A estudante chegou a participar de concursos de redação, e ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mas não conseguiu ir devido à falta de condições financeiras. Mesmo assim, ela não desistiu do sonho e participou de outros 44 processos seletivos em universidades internacionais, sendo 43 nos Estados Unidos e uma em Portugal. 

No começo do mês de julho, a estudante já havia conseguido nove bolsas de estudo de até 65%, e a décima bolsa veio através do programa Zayed University e Minerva University, nos Emirados Árabes, com pelo menos 75% de bolsa.

 

Foto: Arquivo Pessoal

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