Cresce interesse de estudantes goianos de estudar no exterior

Novas culturas e experiências são parte da vida dos estudantes que, cada vez mais, buscam outros países para dar continuidade aos estudos. Isso também se aplica aos estudantes do estado de Goiás. O aumento do interesse dos estudantes (que cresceu 30% de acordo com levantamento do Student Travel Bureau em 2022), estimulou a Escola Canadense Maple Bear a implantar, em 2024, o primeiro High School/Ensino Médio em Goiânia voltado a preparar os estudantes para universidades brasileiras e estrangeiras. Na formação, os estudantes poderão obter uma dupla certificação: a do ensino médio brasileiro e a do ensino médio canadense.

A dupla certificação está em conformidade tanto com o currículo e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), quanto com a regulamentação canadense. O aluno fará uma grade de 4000 horas-aula ao longo de três anos, porque fará disciplinas do currículo estabelecido pelo Canadá.  

Com isso, explica a coordenadora acadêmica da Maple Bear Brasil, Carol Nassif,  uma das responsáveis pela expansão do High School no País, os alunos estarão sendo preparados tanto para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e os vestibulares brasileiros, quanto para o ingresso em universidades estrangeiras com a mesma excelência. 

“Nosso propósito é proporcionar oportunidades para que nossos alunos sejam preparados para a vida, para que alcancem seus objetivos, onde quer que eles estejam ou queiram estar”, diz Carolina Nassif.

Ela explica que fora do Brasil, além da necessidade da proficiência em inglês, a maior parte das universidades estrangeiras fazem a análise curricular para aprovar o ingresso do aluno, ao invés de uma prova seletiva. Por isso, o diploma canadense é um grande diferencial. “Quando se tem um currículo forte academicamente, como é o caso da dupla certificação, e a proficiência em inglês, isso facilita a entrada na universidade no exterior, especialmente no Canadá e Estados Unidos”, concluiu a coordenadora.

Outra vantagem é que, caso a universidade pretendida solicite alguma disciplina complementar, o aluno poderá fazer a disciplina na província de New Brunswick (Canadá) à distância. “Normalmente, o aluno teria de ir para o exterior um ano antes apenas para fazer a disciplina solicitada para, depois, submeter seu currículo para análise”, compara. 

Em sua visão, interesse dos estudantes por fazer universidade fora cresceu porque a realidade de mundo do jovem de hoje mudou. Ele tem mais acesso à informações em uma sociedade globalizada e conectada, além de ser ávido por experiências. “Fizemos uma pesquisas interna e quase 100% de nossos alunos tinham esta aspiração”, comenta. 

Carolina lembra ainda que um paradigma a ser desfeito diz respeito ao custo de se estudar fora. “Há possibilidades para diferentes bolsos e, inclusive, o aluno brasileiro que tem o diploma canadense tem também os mesmos descontos que um estudante canadense nos primeiros anos da universidade”, informa

Nas outras 13 cidades onde a Escola Canadense Maple Bear já oferece o ensino médio, quatro já têm alunos que concluíram o Ensino Médio com dupla certificação. O índice de aprovação destas turmas em universidades brasileiras e no exterior é de 91%, em países como Estados Unidos, Canadá, Irlanda do Norte e Inglaterra. 

Como vai funcionar o ensino com dupla certificação

Em Goiânia, a diretora da Escola Canadense Maple Bear, Sabrina Oliveira, explica que as aulas do Ensino Médio previstas na grade do Ministério da Educação serão ministradas em português. Já as aulas do currículo canadense, serão ministradas em inglês.

A diretora reforça que os estudantes que tiverem dificuldade com a língua inglesa terão um acompanhamento especial  na escola. “Teremos um programa de entrada tardia para a proficiência no inglês. O importante é que ele [aluno] tenha o desejo, porque o apoio nós vamos oferecer”, reforçou.

Em 2024, serão abertas apenas turmas do 1º ano na unidade em Alphaville, que será exclusiva para os alunos do High School. As aulas começarão às 7h30min e irão até às 13h10min durante três dias. Duas vezes por semana, acontecerão em período integral, indo até as 17h50min.

A unidade está sendo reformada para receber os estudantes, que poderão contar com atividades complementares como: xadrez, vôlei, basquete, futebol, dança, teatro, música, desenho e pintura, circo, oficina de podcast e vídeo, robótica, programação, introdução a inteligência artificial. Um restaurante interno atenderá as turmas.

Mentor de carreiras

Para auxiliar os estudantes no planejamento de sua jornada de estudos, Sabrina conta que eles vão ter encontros semanais com conselheiros, profissionais que farão um acompanhamento individual com cada aluno, a fim de ajudá-los a descobrir suas aptidões profissionais, a mostrar os cursos do momento, a construírem um currículo que atenda as exigências do local pretendido e auxiliá-los no contato com essas  universidades.

“Não é um teste vocacional, mas alguém que irá trazer informações que ajudarão estudantes na tomada de decisão. Esse conselheiro será, inclusive, o elo entre o aluno e a universidade, principalmente se for no exterior”, explica.

A escola contará, também, com uma plataforma de inteligência artificial exclusiva, que apresentará um mapa de desempenho do aluno e mostrará os resultados dos últimos cinco exames do curso que ele escolheu, o que ajudará na preparação. Sabrina lembra ainda que, mesmo que o aluno não queira estudar fora do País, as disciplinas canadenses agregam valor a seu conhecimento. 

Difundida em mais de 30 países, a Maple Bear oferece formação desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. A marca é líder em educação bilíngue no Brasil e está presente em mais de 100 cidades brasileiras com mais de 170 escolas.

 

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Estudantes de Goiás ganham campeonato de robótica na Alemanha

 

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Estudantes de Goiás vencem prêmio nacional de Robótica

Estudantes do Colégio Estadual da Polícia Militar do Estado de Goiás Integral (CEPMGI) Doutor Tharsis Campos, de Catalão, venceram duas categorias na etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2023. Dentre as 22 equipes premiadas, duas são da unidade escolar, que se destacaram pelos melhores projetos. 

Participaram, ao todo, 14 alunos da escola, dos quais sete, divididos em duas equipes, foram premiados. A equipe Wizards of the World, se classificou como melhor Design, que é destinado à equipe que produziu um robô com melhor projeto mecânico e melhor acabamento.

Já a equipe Stars OBR, foi classificada como melhor Programação, destinada à equipe que programou o robô com código mais bem avaliado, apropriado e documentado pelos juízes. Ambas participaram da competição de nível 2, que é realizada entre os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio.

O aluno da 1ª série do Ensino Médio, Kaio Alves Botelho, da equipe ‘Wizard’, que participou pela primeira vez da OBR. “Essa experiência foi inesquecível para toda a equipe. Participamos pela primeira vez e já trouxemos uma medalha para casa”, comemora o estudante.

Já a integrante da equipe ‘Stars’, Nicole Carolina, também da 1° série, contou que foi gratificante receber o resultado: “Estamos muito felizes em trazer o prêmio para a escola, porque nós pensamos em desistir várias vezes. Então foi bom para termos a lição que não devemos desistir dos nossos sonhos, mesmo que apareçam dificuldades.” 

A competição foi realizada no último sábado (12/08), no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. Neste ano, participaram 126 equipes, sendo que 78 competiram, 22 foram premiadas e duas foram selecionadas para a etapa nacional, que será realizada em outubro.

Destaques em competições

 Não é a primeira vez que alunos do CEPMGI Doutor Tharsis Campos se destacam em competições de Robótica. Desde 2018, a escola participa do Torneio de Robótica FIRST LEGO LEAGUE, onde já conquistou diversos prêmios, entre eles, nas categorias superação, solução inovadora, design do robô e técnico destaque. Eles já foram classificados duas vezes para a fase internacional, uma em São Paulo e, em março de 2023, em Brasília.

O CEPMGI Doutor Tharsis Campos é uma das escolas da rede pública estadual de ensino que contam com laboratório de Robótica. As aulas são extracurriculares.  “Este projeto entrega uma ampla possibilidade de competências, uma vez que os jovens conseguem vislumbrar e perceber que o conhecimento adquirido pode ser utilizado na realidade, contemplando o trabalho em equipe”, conclui o gestor da escola, coronel Renner Rodrigues. 

 

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Foto: Seduc

Estudantes de Goiânia conquistam 1º lugar na Olimpíada Brasileira de Robótica

A Etapa Estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que aconteceu neste sábado (27) na Universidade Federal de Goiás (UFG), reuniu cerca de 50 equipes formadas por alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o estado. Na ocasião, alunas do Colégio Lassale em Goiânia (duas são ex-alunas), conquistaram o 1º lugar na categoria geral. As estudantes Sofia Pereira, Rebecca Draschi e Maria Fernanda Nascimento serão as únicas representantes, em seu nível, a disputar a etapa nacional em outubro deste ano em São Bernardo do Campo-SP.

Para o professor Walisson Águas e sócio da Jumper Robótica Educacional, empresa responsável pelas aulas de programação e robótica no Colégio Lassale, a equipe obteve um resultado muito expressivo, graças ao esforço das alunas, que disputam o campeonato desde 2017, quando a equipe foi criada. “É muito gratificante acompanhar a evolução das meninas que já receberam prêmios de Inovação, em 2017, Maker em 2018 e 3º lugar geral em 2019. Elas iniciaram seus estudos em programação e robótica no Lassale sob as minhas orientações e hoje, duas delas já estão no ensino médio. Realmente elas vêm crescendo a cada ano, superando obstáculos e atingindo seus objetivos”, ressalta.

Walisson também é orientador de outras duas equipes da escola formadas por alunos do 6º ao 9º ano e que levaram os prêmios de Inovação, equipe Brainbots (nível 2) com a criação mais inovadora e Melhor Design, que ficou para a equipe Cybercookies (nível 1), que premiou o robô mais bonito e bem acabado. “As premiações extras que a OBR distribui para equipes que não se classificaram nos três primeiros lugares são muito importantes, uma vez que valorizam o trabalho das crianças. Essa ação, incentiva os alunos a melhorar seus projetos e dessa forma, com disposição para retornarem no ano seguinte com projetos mais avançados e robustos”, orienta.

Segundo Sofia Pereira, aluna do 9º ano e uma das integrantes da equipe, foi a realização de um sonho estar em primeiro lugar depois de cinco anos participando diretamente da olimpíada. A estudante ressalta que já foram classificadas para a etapa nacional, mas nunca, sendo as únicas representantes de Goiás em seu nível. “Programar um robô autônomo e competir com pessoas de todo o estado já é incrível e fica ainda melhor, quando fazemos novas amizades e dançamos juntos (se refere a uma tradição típica da competição). Dessa vez, a responsabilidade é ainda maior, porque somos a única equipe, nível 2, a representar o nosso estado. Vamos nos dedicar ao máximo para a primeira colocação na nacional”, desabafa.

Aluno do 9º ano, Caio Fidelis, é integrante da equipe ganhadora do prêmio de Inovação, que destaca a equipe que inseriu algum processo inovador de modo a conquistar pontos na competição. Ele fala da experiência e aprendizado com o campeonato. “Fomos para a OBR com um robô que não estava pronto, logo o 1º lugar seria mais difícil. Mas isso não tirou nossa motivação, entregamos nosso melhor e conquistamos a 12º colocação. Por isso já valeu a pena, além disso me diverti e até decorei umas coreografias”, ressalta o estudante.

A competição

A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é um evento sem fins lucrativos voltado para o ensino da Robótica e da Inteligência Artificial para estudantes do ensino fundamental, médio e técnico. Na modalidade prática da OBR, disputada na capital, os estudantes tinham a missão de construir e programar um robô para resgatar vítimas, sem interferência humana, em um ambiente hostil e muito perigoso para a saúde do ser humano. Os participantes concorreram nas categorias de melhor robô, melhor programação, prêmio de inovação, prêmio maker, dentre outros, porém, apenas o 1º colocado geral do nível 1 e nível 2 representarão o estado na etapa nacional.

Para Ricardo Franco, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás e representante da OBR no estado, a competição foi um verdadeiro show de criatividade e inovação por parte das equipes. “A etapa prática em Goiânia foi realizada para os estudantes e mais importante até mesmo que os resultados da competição, é o alcance do objetivo principal de estímulo à educação juntamente com o ensino de robótica em todo o estado de Goiás”, completa o professor que também é pesquisador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA).

A OBR possui as modalidades Prática e Teórica, que procuram adequar-se tanto ao público de escolas que já têm contato com a robótica educacional quanto ao público que nunca viu robótica. Na etapa Prática a ideia é que os alunos, com a orientação do professor, desenvolve-se um robô para superar diversos tipos de desafios e que no final resgate vítimas (representadas por bolinhas pretas/mortas e prateadas/vivas) para assim ajudar em possíveis desastres.