Rio Verde se consagra como a melhor cidade para o Agronegócio em 2022

Em 2021, a cidade de Rio Verde, em Goiás, inaugurou um terminal rodoferroviário para a operação de grãos e de farelo de soja, ligando de forma mais fácil a Ferrovia Norte-Sul, com acesso ao Porto de Santos. O novo modal logístico levou ao escoamento mais rápido da produção fazendo com que a cidade, sozinha, tivesse uma fatia de 30% do total de exportações do estado de Goiás em 2022.

Esse avanço logístico ajudou a tornar Rio Verde a melhor cidade para fazer negócios no setor agro, segundo ranking da consultoria Urban Systems, publicado com exclusividade pela EXAME. Para a lista de 2022, foram analisados municípios com mais de 100 mil habitantes, e em seis eixos econômicos: comércio, serviço, indústria, mercado imobiliário, educação e agropecuária.

Nesta nona edição, foram avaliados mais de 60 quesitos e indicadores somando as seis áreas econômicas, com análises referentes à infraestrutura de saneamento, transportes, mobilidade urbana, logística e telecomunicações. A fotografia foi feita com dados referentes até outubro deste ano.

Uma das maiores cooperativas do país e que fica na cidade de Rio Verde, a Comigo, deve ver a receita crescer de R$ 10 bilhões para R$ 15 bilhões em 2022, por conta do terminal rodoferroviário. “Aumentou muito a capacidade da recepção de grãos e da venda de insumos. Mandamos e trazemos tudo via Santos e tiramos muitos caminhões para usar a ferrovia. Neste ano já exportamos 50 mil toneladas de farelo de soja”, diz Antonio Chavaglia, presidente da cooperativa.

Willian Rigon, diretor de marketing da Urban Systems, avalia ainda que o crescimento do agro na cidade de Rio Verde fomentou também a economia local. “Quando aumenta o nível de trabalhadores que necessitam de uma mão de obra mais qualificada, há um desenvolvimento de boas escolas, shoppings, comércio. Tudo isso permite que as pessoas migrem para a cidade”, afirma.

O prefeito Paulo do Vale (União Brasil) destaca que o orçamento do município é atrelado diretamente ao agro, com 30% da arrecadação de impostos vindo do setor. Outros 30% vêm do comércio, e 15% de serviços. “É preciso observar que o comércio e o setor de serviços só crescem porque os trabalhadores do agronegócio têm um alto poder de compra. Ou seja, tudo gira em torno do setor”, diz.

 

Veja a lista com as 100 melhores cidade para fazer negócios no agro:

 

 

Melhores Cidades para Fazer Negócios no agro

Posição

 Município

UF

IQM

2022

2021

1

36

 Rio Verde

GO

3,758

2

84

 Três Lagoas

MS

3,163

3

 Tangará da Serra

MT

2,923

4

5

 Brasília

DF

2,885

5

52

 São Paulo

SP

2,881

6

8

 Juazeiro

BA

2,863

7

7

 Valinhos

SP

2,833

8

11

 Uberlândia

MG

2,826

9

53

 Catalão

GO

2,816

10

 Leme

SP

2,762

11

76

 Pelotas

RS

2,741

12

 Manaus

AM

2,735

13

14

 Uberaba

MG

2,728

14

47

 Lages

SC

2,719

15

77

 Cuiabá

MT

2,686

16

 Eunápolis

BA

2,677

17

1

 Petrolina

PE

2,671

18

2

 Patos de Minas

MG

2,646

19

 Aparecida de Goiânia

GO

2,644

20

69

 São Mateus

ES

2,637

21

 Criciúma

SC

2,632

22

44

 Itapetininga

SP

2,630

23

27

 Bragança Paulista

SP

2,628

24

 Rondonópolis

MT

2,622

25

91

 Sinop

MT

2,610

26

10

 Londrina

PR

2,610

27

4

 Cascavel

PR

2,604

28

 Almirante Tamandaré

PR

2,575

29

94

 Novo Hamburgo

RS

2,570

30

65

 Linhares

ES

2,560

31

 Jequié

BA

2,559

32

46

 Campo Grande

MS

2,559

33

 Senador Canedo

GO

2,556

34

3

 Barreiras

BA

2,528

35

 Paragominas

PA

2,515

36

12

 Sumaré

SP

2,499

37

73

 Mogi Guaçu

SP

2,484

38

42

 Campinas

SP

2,481

39

 Abaetetuba

PA

2,454

40

 Maringá

PR

2,444

41

22

 Porto Alegre

RS

2,440

42

 Jaboatão dos Guararapes

PE

2,439

43

37

 Passo Fundo

RS

2,430

44

 Jataí

GO

2,425

45

30

 Salto

SP

2,417

46

92

 Araguari

MG

2,417

47

 Caxias do Sul

RS

2,410

48

 Colombo

PR

2,403

49

34

 Ribeirão Preto

SP

2,400

50

 Várzea Grande

MT

2,388

51

 Juiz de Fora

MG

2,386

52

80

 Barretos

SP

2,374

53

58

 Jacareí

SP

2,360

54

35

 Mogi das Cruzes

SP

2,353

55

 Limeira

SP

2,352

56

20

 Indaiatuba

SP

2,346

57

71

 Apucarana

PR

2,340

58

 Goiânia

GO

2,339

59

97

 Erechim

RS

2,333

60

43

 Rio Claro

SP

2,331

61

62

 Varginha

MG

2,323

62

15

 Tatuí

SP

2,319

63

50

 Aracruz

ES

2,319

64

70

 Salvador

BA

2,318

65

93

 Chapecó

SC

2,318

66

 Itumbiara

GO

2,317

67

95

 São José do Rio Preto

SP

2,315

68

83

 Piracicaba

SP

2,314

69

13

 Dourados

MS

2,314

70

 Bento Gonçalves

RS

2,311

71

67

 Santa Cruz do Sul

RS

2,286

72

38

 Ituiutaba

MG

2,285

73

81

 Ponta Grossa

PR

2,278

74

60

 Presidente Prudente

SP

2,276

75

32

 Paranaguá

PR

2,275

76

39

 Colatina

ES

2,274

77

100

 Campo Largo

PR

2,266

78

 Vilhena

RO

2,262

79

 Uruguaiana

RS

2,262

80

 Maceió

AL

2,260

81

40

 Poços de Caldas

MG

2,259

82

 Blumenau

SC

2,259

83

85

 Serra

ES

2,244

84

64

 Jaraguá do Sul

SC

2,241

85

 Santarém

PA

2,232

86

31

 Araxá

MG

2,229

87

19

 Guarapuava

PR

2,224

88

 Corumbá

MS

2,217

89

 São Gonçalo

RJ

2,209

90

 Foz do Iguaçu

PR

2,203

91

59

 Passos

MG

2,203

92

 Petrópolis

RJ

2,201

93

 Contagem

MG

2,198

94

6

 Toledo

PR

2,195

95

16

 Atibaia

SP

2,192

96

 Sete Lagoas

MG

2,191

97

 Conselheiro Lafaiete

MG

2,190

98

 Bagé

RS

2,189

99

 Cachoeiro de Itapemirim

ES

2,189

100

 Teixeira de Freitas

BA

2,187

 

 

*Portal Exame 

Imagem: Reprodução Veja – Dirceu Portugal

 

Goiás bate recorde histórico no comércio exterior no primeiro bimestre de 2022

Com uma diferença de saldo de US$ 610 milhões entre as vendas e compras internacionais, Goiás bateu recorde histórico no comércio exterior no primeiro bimestre de 2022. O salto foi de 456% na comparação com o mesmo período do ano passado. No total, o Estado obteve US$ 1,58 bilhão em exportações, que também é o recorde de vendas internacionais de dois meses, contra US$ 975,3 milhões em importações.

De acordo com o Governo de Goiás, as commodities foram as maiores impulsionadoras dos números, com o complexo da soja alcançando 42,4% do total vendido pelo Estado para outros países. Carnes ocupam a segunda posição no ranking, com 20,3%. Também estão entre os produtos mais vendidos para outros países: ferroligas (9,6%), ouro (5,6%), sulfeto de cobre (4,5%) e o complexo do milho (4,2%).

Segundo o governador Ronaldo Caiado, os números refletem a capacidade do Estado em desafiar momentos de crise. “Podem ter certeza de que, neste ano, temos tudo para dar a grande virada. Goiás está preparado”, declarou.

Para o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, a tendência é de números ainda melhores. “São números que impressionam e a tendência é melhorar”, avaliou.

Os municípios goianos que mais enviaram produtos para outros países no período foram Rio Verde, Jataí, Barro Alto, Mozarlândia e Luziânia, com principais compradores a China, Holanda, Estados Unidos, Índia e Japão.

Foto: Secom / Governo de Goiás

 

Exportações batem recorde no primeiro semestre em Goiás

 

As exportações no estado de Goiás no primeiro semestre de 2021 apresentaram seu nível mais elevado em toda a série histórica, com registro de US$ 4,760 bilhões. O número representa um crescimento de 14,35% na comparação com o mesmo período de 2020. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia.

 

As importações também registraram números positivos de US$ 2,372 bilhões, aumento de 47,92% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do forte desempenho das exportações nesse período, o saldo sofreu queda de 6,69%, fechando com 2,387 bilhões. 

Balança comercial 

Já a balança comercial do mês de junho apresentou superávit de US$ 492,86 milhões, queda de 20,30% na comparação com o mesmo mês de 2020. O valor é resultado de US$ 839,52 milhões em exportações contra US$ 346,67 milhões em importações. 

 

O resultado das exportações em junho, comparado com o mesmo mês de 2020, foi de queda de 4,20%. Já as importações, também na comparação com o mesmo período, apresentaram registro de alta de 34,39%. 

 

O governador Ronaldo Caiado destaca que Goiás foi o primeiro Estado do país a “começar a agir” para minimizar as perdas da pandemia de Covid-19 na economia local. “Não ficamos de braços cruzados. Atuamos para diminuir os impactos econômicos dessa crise sanitária que atingiu o mundo”, afirma. Entre as diversas ações, ele cita a implantação dos programas Mais Empregos e Mais Crédito, cujo principal objetivo é criar e manter mais postos de trabalho para os goianos.

 

Titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), José Vitti avaliou os dados e disse que a economia goiana vem reagindo mês a mês com o avanço da imunização da sociedade. Ele lembra que os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram positivos, com a geração de empregos, ao mesmo tempo em que o Governo de Goiás atua para fortalecer micro e pequenos empresários a manterem os seus negócios abertos. 

 

“Essa pauta do comércio exterior positiva é reflexo da força e da diversidade da nossa economia. Estamos ainda no meio do ano e já batemos recordes. Vamos crescer ainda mais”, disse o secretário. 

 

Líderes em exportação

Rio Verde, Jataí, Luziânia e Mozarlândia são os municípios goianos que mais enviaram produtos goianos para outros países, tanto em junho quanto no acumulado ano. Já China e Espanha foram os locais que mais receberam mercadorias produzidas em Goiás, tendo como principais produtos as commodities, que confirmam a vocação goiana. 

 

Em junho, do total exportado por Goiás, 57,27% foi do complexo da soja; seguido das carnes (18,57%); das ferroligas (4,50%); do açúcar (4,04%), e do ouro (3,81%), que juntos totalizam cerca de 88% do volume exportado por Goiás no período. 

 

Apesar dos produtos serem os principais da cadeia de vendas internacionais, os que apresentaram maiores variações no mês, comparado com junho do ano passado, foi o amianto, com aumento das vendas em 246,01%, do grupo de commodities minerais; o café, com alta de 87,66%; e os couros e derivados (84,76%). 

 

As importações também confirmam que o Estado vem investindo em sua vocação. Em junho, Goiás apresentou crescimento de 166,44% no consumo de adubos fertilizantes; 415,87% no de sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento; e 212,64% em preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas.

 

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