Netflix conquista público com história onde uma donzela desafia destinos e dragões

Donzela“, disponível na Netflix, mergulha os espectadores em um conto de fantasia que busca desafiar os clichês tradicionais de princesas em apuros, colocando Millie Bobby Brown no centro de uma aventura épica. A história segue Elodie, uma princesa destinada a casar-se com um príncipe encantador, apenas para descobrir que seu verdadeiro destino é ser sacrificada a um dragão para saldar uma dívida antiga. Este enredo promete uma reviravolta no gênero, misturando elementos de sacrifício, engano e uma batalha pela sobrevivência​​.

Além de Brown, o elenco inclui Angela Bassett, Robin Wright, Ray Winstone e Nick Robinson, entre outros, sob a direção de Juan Carlos Fresnadillo. A produção, com roteiro de Dan Mazeau, contou com locações em Portugal e Londres, destacando-se por sua abordagem visualmente rica e cenários impressionantes​​​​.

Apesar de ter elementos promissores, incluindo uma trilha sonora produzida por Hans Zimmer e a performance de Brown, “Donzela” tem recebido críticas mistas. A audiência parece dividida, com alguns elogiando a aventura e a atuação, enquanto outros criticam o roteiro por ser fraco e previsível. O filme registrou bons números de visualizações nos primeiros dias de lançamento, mas as opiniões dos críticos variam, com alguns apontando falhas na construção da mitologia e na exploração do universo criado​​​​.

A recepção crítica aponta para um consenso de que, embora a ideia central e a performance de Brown sejam fortes, a execução da história e o desenvolvimento de personagens deixam a desejar. A tentativa de reinventar o gênero de fantasia e dar profundidade à narrativa de uma donzela que salva a si mesma é aplaudida, mas o resultado final é visto como uma oportunidade perdida de explorar mais a fundo as potencialidades do enredo​​.

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Sucesso da Netflix leva personagem icônico dos quadrinhos a uma guerra contra a Feiticeira do Apocalipse

O filme “Hellboy” de 2019, protagonizado por David Harbour, oferece uma nova interpretação do famoso personagem dos quadrinhos. O enredo mergulha profundamente na mitologia, retratando Hellboy contra a ameaçadora feiticeira Nimue, vivida por Milla Jovovich. Ambientado em um universo repleto de elementos paranormais, o filme explora o dilema existencial de Hellboy, um ser meio-demônio, enquanto ele confronta forças malignas que desafiam sua lealdade à humanidade.

Diferentemente das adaptações anteriores feitas por Guillermo del Toro, esta versão adota um tom mais sombrio e visceral, intensificando a ação, o horror e a complexidade dos personagens. Apesar da performance convincente de Harbour, que incorpora uma mistura de ferocidade e vulnerabilidade, o filme foi criticado por sua narrativa confusa e pela execução exageradamente gráfica, que não conseguiu capturar a essência que fez de Hellboy um ícone cult.

A crítica salientou que, embora o filme acerte em sua abordagem irreverente e autoconsciente, falha em manter um equilíbrio, perdendo-se em sua própria extravagância visual e narrativa tumultuada. A tentativa de reiniciar a franquia com uma nova direção estilística e narrativa não resonou bem com o público nem com os críticos, refletindo-se em seu desempenho insatisfatório nas bilheterias.

Para os entusiastas de Hellboy, o filme pode ainda oferecer uma experiência intrigante, rica em elementos fantásticos e sequências de ação estilizadas, apesar de suas falhas na coesão geral e no impacto emocional. A inclusão de um elenco de apoio talentoso e a exploração de temas mais sombrios e maduros são aspectos que podem valer a pena, especialmente para aqueles interessados em ver uma interpretação diferente do personagem clássico dos quadrinhos.