Pesquisador explica porque temos tanto medo de baratas

Preconceito ou proteção? As baratas são os insetos que mais causam repulsa e rejeição pela população. Grande parte desse sentimento vem do fato de que algumas espécies vivem em ambientes como esgotos, bueiros, lixeiras e fossas sanitárias. Logo, o medo é uma resposta natural aos seres humanos e pode servir de proteção.

O biólogo Fabrício Escarlate, especialista em Zoologia, Ecologia, Ecomorfologia e Zoogeografia Ecológica, professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), pontuou que adotar práticas de higiene, gerenciar resíduos e desinsetizações periódicas são medidas eficazes para reduzir a presença de baratas e mitigar seus impactos na saúde.

As baratas são insetos responsáveis por transmitir doenças infecciosas, muitas das quais estão associadas a bactérias. Ao entrar em contato com matéria orgânica em decomposição, esses insetos entram em contato com uma variedade de microrganismos, tornando-se portadores de enfermidades, frisa o biólogo.

Quando entram em contato com o corpo humano, as baratas têm o potencial de transmitir patologias sérias como furúnculos, tuberculose, hanseníase, poliomielite, febre e diarreia, representando assim uma ameaça significativa à saúde humana.

Escarlate citou ainda algumas curiosidades sobre as baratas. Confira:

Sinantrópicas por excelência

A maioria das baratas é verdadeiramente sinantrópica, aproveita-se das alterações ambientais provocadas pelos humanos para prosperar. Essa adaptação única permite que elas se beneficiem dos ambientes urbanos e rurais criados pelas atividades humanas. Quando convertemos um ambiente natural em um ambiente urbano, proporcionamos condições que melhoram a sobrevivência desses animais.

Navegações que cruzaram continentes

Durante as grandes navegações, várias espécies de baratas foram transportadas de um continente para outro, escondidas nos porões dos navios. Os ambientes portuários, ricos em matéria orgânica e esconderijos, favoreceram a proliferação desses insetos em diferentes regiões do mundo. Existem cerca de 20 espécies de baratas que se tornaram domésticas. A espécie Periplaneta americana, por exemplo, está em todos os lugares. Ainda hoje, as baratas são transportadas pelo mundo inteiro via rotas comerciais.

Engenharia urbana e adaptação

Apesar das tentativas de vedar espaços, as baratas, devido ao seu tamanho reduzido, conseguem penetrar por frestas. Elas prosperam em meio a tubulações e esgotos, encontrando condições ideais para sobreviver. Resíduos descartados em lixeiras, caixas de gordura ou de esgoto criam locais interessantes para esses animais: ambientes escuros, ricos em matéria orgânica e alimentos.

Proliferação acelerada

A capacidade de reprodução rápida das baratas resulta em proles numerosas em curtos intervalos. Mesmo diante de predadores e da mortalidade juvenil, o excesso de descendentes aumenta as chances de sobrevivência, especialmente em ambientes urbanos ricos em recursos alimentares e abrigo.

Adaptação genética à pressão

A rápida reprodução das baratas, aliada à sua elevada variabilidade genética, favorece o surgimento de indivíduos resistentes a inseticidas. Esse processo de adaptação genética é uma resposta natural à pressão exercida por agentes externos, tornando o controle desses insetos mais desafiador ao longo do tempo.

Controle e prevenção

A realização periódica de desinsetizações com produtos seguros é fundamental para mitigar a proliferação de baratas. Com o tempo, a resistência a um determinado inseticida tende a aumentar, tornando cada vez mais desafiador combatê-las. Esse processo ilustra a dinâmica da seleção natural em populações com alta taxa de reprodução e variabilidade genética.

Preservação ambiental

Ao adotar práticas de controle de pragas de maneira responsável, é possível reduzir a presença de baratas sem causar desequilíbrios ambientais, garantindo o uso de produtos seguros para o ecossistema. Adotar práticas de higiene, gerenciamento adequado de resíduos e desinsetizações periódicas com produtos seguros são medidas importantes para diminuir a presença de baratas e mitigar seus impactos.

 

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Se essas fotos te causam desconforto, provavelmente você sofre de talassofobia

Existem algumas fobias bastante comuns entre as pessoas, como o medo de altura, de animais peçonhentos, do escuro ou até mesmo da morte, mas existem outros pavores que são desencadeados diante de maravilhas da natureza, como o mar, por exemplo. A talassofobia é o medo do fundo do mar. Pessoas com essa fobia entram em pânico ao nadar em águas profundas e experimentam um início súbito de ansiedade quando expostas a estímulos desencadeadores, que podem incluir piscinas profundas, oceano ou lagos.

 

O termo “talassofobia” é uma combinação das palavras gregas “thalassa”, que significa “mar”, e “phobos”, que quer dizer “medo”. Além de ser uma fobia, é também um transtorno de ansiedade, provável sintoma de alguma experiência traumática em mares ou piscinas. Mas é possível se tornar talassofóbico também apenas ouvindo relatos e observando a vivência de outras pessoas.

 

Como saber se você tem talassofobia?

 

Em casos comuns, os sintomas costumam ser os mesmos dos quadros gerais de ansiedade, como taquicardia, sudorese intensa, respiração ofegante, o impulso de se afastar do mar e mesmo da praia. Em casos mais graves, a talassofobia pode se desdobrar em ataques intensos de pânico, causando hiperventilação, náusea, tremores e mais. 

 

Algumas pessoas não precisam sequer estar diante do mar para sentir os primeiros sintomas, podendo apressar seu incômodo diante de uma simples foto mostrando as águas, os animais e a dimensão dos oceanos.

 

Separamos algumas fotos que vão te ajudar a refletir sobre o assunto. As imagens do mar consideradas assustadoras. Se elas te causarem angústia, talvez você sofra de algum nível de talassofobia.

 

talassofobia

 

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Fotos: Reprodução