Pesquisadores goianos descobrem nova espécie de dinossauro

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) identificaram uma nova espécie de titanossauro no Nordeste.

O Tiamat valdecii é o primeiro dinossauro encontrado na Bacia Potiguar na região da divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte. A descoberta foi publicada na revista Zoological Journal of the Linnean Society.

O animal recebeu o seu nome em referência à deusa suméria Tiamat, muitas vezes retratada com um dragão. Os titanossauros são um tipo de saurópode com cabeça pequena e alongada e pescoço curto. A expedição levou cerca de 20 dias em uma região inóspita da Caatinga até os pesquisadores encontrarem vértebras completas da cauda do animal, além de outros fósseis parciais.

A nova espécie possui uma proeminência extra marcada nas vértebras que a distingue das demais, além de outras diferenças na estrutura óssea. Os fósseis foram levados para a Coleção de Répteis Fósseis do Departamento de Geologia da UFRJ.

Pesquisadores encontram mais de 100 fósseis em sítio paleontológico perdido no Rio Grande do Sul

Paleontólogos de três universidades do Rio Grande do Sul reencontraram um sítio fossilífero “perdido” por mais de 70 anos nas imediações da cidade de Dom Pedrito, coração da região da Campanha e cidade que faz fronteira com o Uruguai.  A região onde os fósseis foram resgatados é conhecida como “Cerro Chato”, tendo sido descoberta e descrita pela primeira vez em 1951 por pesquisadores que realizavam mapeamento geológico no Pampa gaúcho. 

 

Naquela época, fósseis, especialmente de plantas, foram coletados e descritos, evidenciando desde então a importância do sítio fossilífero para a paleontologia nacional. Os recursos tecnológicos disponíveis na época, no entanto, não permitiram o referenciamento geográfico exato do sítio fossilífero, que teve sua localização perdida por sete décadas. 

 

Em 2019, o sítio paleontológico foi novamente localizado. Os cientistas já coletaram mais de 100 espécimes de fósseis de plantas, estando entre eles grupos pertencentes aos antepassados das atuais coníferas e samambaias e também fósseis de animais, como peixes e moluscos. Os fósseis coletados estão depositados na coleção científica do Laboratório de Paleobiologia da Unipampa, em São Gabriel.  

 

“Nas expedições anteriores apenas a superfície desse afloramento foi prospectada, um calcário bem grosso e difícil de explorar”, explica Joseane. “Naquela ocasião, os materiais foram encontrados porque a superfície já estava relativamente erodida. Os pesquisadores, no entanto, não conseguiram explorar o que estava mais no fundo. Se hoje é difícil trabalhar em um local assim, mesmo com tecnologia, imagine os desafios que isso representava em 1951. Nós fomos lá, no ano passado, com uma retroescavadeira. Parece até assustador pensar nisso, já que os fósseis são muito delicados. De alguma forma tínhamos certeza de que ia dar certo, e funcionou”, comemora.

 

“Os fósseis que estamos estudando têm importância mundial, pois são testemunhos diretos das mudanças ambientais que ocorreram durante o período Permiano. Esses estudos nos ajudarão a resgatar informações sobre a distribuição dessas plantas ao redor do mundo, além de colher evidências sobre como era o clima da época. Este novo local vai atrair muitos olhares para o RS”, diz Joseane.

 

O final do período Permiano, de quando datam os fósseis encontrados, é marcado pela mais severa extinção em massa conhecida ao longo do tempo geológico, quando mais de 90% da vida na Terra foi dizimada devido a intensas perturbações climáticas. 

 

Os proprietários da fazenda onde o sítio fossilífero está localizado e a Prefeitura Municipal de Dom Pedrito foram peças fundamentais durante o trabalho de resgate de escavações, oferecendo todo o suporte necessário para as coletas. “A escavação de fósseis tão frágeis quanto os que encontramos no Cerro é um trabalho delicado. Com a ajuda da prefeitura e todo o apoio oferecido pelos proprietários, foi possível realizar uma escavação controlada e eficiente no sítio. Só assim conseguimos resgatar os fósseis mais delicados e completos”, conta o paleontólogo Felipe Pinheiro, da Unipampa, que também coordena as escavações.

 

 

 

Para o proprietário da área, Celestino Goulart, “o desenvolvimento das pesquisas é de grande importância, pois ajuda a entender as mudanças ocorridas no planeta e traz um significativo incentivo ao turismo na região da Campanha gaúcha”.  

 

A equipe de paleontólogos envolvidos na pesquisa comenta que “as pesquisas desenvolvidas no afloramento Cerro Chato não só evidenciam a riqueza paleontológica preservada nos estratos do Rio Grande do Sul, mas também trazem a oportunidade de ampliar cada vez mais o acesso da comunidade ao conhecimento científico e fomentar o geoturismo regional”.

 

Com informações da assessoria de imprensa

 

Fotos: Assessoria de imprensa

 

30 ovos de dinossauro com mais de 60 milhões de anos são encontrados na Espanha

Na Espanha, uma equipe de pesquisadores espanhóis, portugueses e alemães extraiu um total de 30 ovos de dinossauro de rochas presentes em um sítio arqueológico. O achado foi feito na província de Huesca, região que fica no nordeste do país.

A escavação começou em 2020 e a análise dos fósseis terminou no último mês de setembro, conforme informações repercutidas pela Newsweek. O achado foi datado de 66 milhões de anos atrás, do Período Cretáceo. 

ovos
(Foto: Divulgação)

 

As conclusões iniciais da pesquisa apontam que os ovos pertenciam a um saurópode de pescoço longo, uma espécie herbívora que gerou alguns dos maiores dinossauros que já viveram na Terra — com indivíduos que podiam alcançar incríveis 66 metros de altura. 

dinossauro
(Ilustração mostrando algumas espécies de saurópodes / Crédito: Divulgação/ Scientific American/ Raúl Martín)

 

‘’No total, cinco pessoas dedicaram oito horas por dia durante 50 dias para escavar o ninho, que finalmente foi removido com a ajuda de uma escavadeira”, relatou Moreno-Azanza, que participou da pesquisa, a respeito do processo de escavação realizado em 2020‘’.

Os cientistas envolvidos na descoberta acreditam ainda que existem aproximadamente outros 70 ovos dentro das rochas do mesmo sítio arqueológico. Felizmente, o projeto deles recebeu os subsídios necessários para os próximos três anos, de forma que esse processo de extração dos fósseis terá continuidade. 

*Fonte Aventuras na História UOL

 

Imagem: Divulgação

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