Por que o símbolo do Natal é o Papai Noel, se o aniversário é de Jesus?

O Natal é uma época marcada por tradições e símbolos que se entrelaçam com a história e a cultura de diversas partes do mundo. Uma das figuras mais emblemáticas dessa celebração é o Papai Noel, um personagem que carrega consigo uma rica cultura de lendas e histórias. Mas, a pergunta que não quer calar é: de onde surgiu o bom velhinho para ilustrar o Natal, que tradicionalmente é o nascimento de Jesus?

A origem do Papai Noel remonta a São Nicolau de Mira, um bispo cristão que viveu entre os séculos III e IV d.C. na região da Ásia Menor, hoje conhecida como Turquia. São Nicolau era conhecido por sua generosidade, especialmente para com as crianças órfãs e os pobres, o que eventualmente o tornou santo padroeiro dos estudantes, na Rússia, Grécia e Noruega. Um dos atos mais famosos de São Nicolau foi ajudar um homem pobre, fornecendo dotes para que suas três filhas pudessem se casar, evitando um destino de miséria. Diz-se que ele jogava sacos de moedas pelas janelas abertas das casas, o que mais tarde inspirou a tradição de pendurar meias na Véspera de Natal para receber presentes.

Papai Noel Nórdico

A figura do Papai Noel, tão central nas celebrações de Natal modernas, possui raízes profundas na mitologia nórdica, especialmente na figura de Odin, o “Pai de todos os Deuses” na mitologia nórdica. Este vínculo entre Odin e o Papai Noel moderno é apoiado por várias semelhanças notáveis entre os dois.

Durante o festival de Yule, que marcava o solstício de inverno, Odin era conhecido por cavalgar pelos céus em seu cavalo de oito patas, Sleipnir, distribuindo presentes para as pessoas. Esta tradição de dar presentes durante o solstício de inverno continuou a florescer mesmo após a cristianização da Escandinávia. A imagem de Odin cruzando os céus durante as noites de Yule, recompensando os bons e punindo os maus, tem paralelos claros com a tradição moderna do Papai Noel voando pelo céu na noite de Natal em seu trenó puxado por renas.

Ademais, a tradição nórdica de crianças deixarem palha e cenouras em suas botas como presente para Sleipnir, o cavalo faminto de Odin, que, em troca, enchia as botas com presentes, pode ser vista como a origem da moderna prática de deixar petiscos para o Papai Noel e suas renas.

Outro aspecto interessante é o papel de Odin como um doador de presentes. Na mitologia nórdica, há várias instâncias onde Odin dava presentes à humanidade. Por exemplo, no poema eddico, Voluspa en skamma, Freyja descreve Odin como um doador de ouro, capacetes e armaduras, espadas como presentes, entre outros itens.

Estas tradições nórdicas de troca de presentes, decoração de árvores perenes, e celebração do solstício de inverno, com o passar do tempo, foram absorvidas e adaptadas pelas tradições cristãs, culminando na figura do Papai Noel que conhecemos hoje. Essa fusão de tradições e lendas antigas com a fé cristã resultou no Natal contemporâneo, uma celebração que combina elementos pagãos e cristãos de maneira única.

Evolução da Imagem do Papai Noel

A imagem contemporânea do Papai Noel, caracterizada por suas roupas vermelhas e uma persona alegre, deve muito à Coca-Cola, que desempenhou um papel fundamental em popularizar essa representação na década de 1930. No entanto, é importante destacar que a ideia do Papai Noel já existia e era representada de várias formas antes da intervenção da Coca-Cola.

Em 1823, o professor americano Clement Clarke Moore publicou o poema “The Night Before Christmas” (Antes da Véspera de Natal), que descrevia um velhinho bochechudo que viajava de trenó e entrava nas casas pela chaminé. Posteriormente, em 1863, o cartunista americano Thomas Nast criou uma imagem do Papai Noel semelhante à que conhecemos hoje, que inclusive estampou a capa da revista Harper’s Weekly. Nast também foi responsável por adicionar a ideia de que o Papai Noel morava no Polo Norte.

A Coca-Cola iniciou suas campanhas natalinas na década de 1920, mas foi na década de 1930 que a imagem do Papai Noel realmente ganhou força. Em 1931, a empresa contratou o ilustrador Haddon Sundblom para criar uma versão do Papai Noel baseada no poema de Clarke Moore. A representação de Sundblom do Papai Noel como um homem rechonchudo, sorridente e sempre acompanhado de uma garrafa gelada de Coca-Cola se tornou extremamente popular. As pinturas de Sundblom foram tão valorizadas que foram exibidas em museus de arte de renome mundial.

É importante mencionar que, embora a Coca-Cola tenha popularizado a imagem do Papai Noel de casaco vermelho, essa representação já existia antes da campanha da empresa. A associação do vermelho com o Papai Noel já era comum, e a Coca-Cola contribuiu para solidificar essa imagem no imaginário popular.

Portanto, a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje é o resultado de uma série de desenvolvimentos e contribuições artísticas ao longo do tempo, com a campanha da Coca-Cola desempenhando um papel crucial em popularizá-la globalmente

Papai Noel na Cultura Moderna

O Papai Noel, com sua figura carismática e generosa, é um símbolo natalino amado em diversas partes do mundo, conhecido por uma variedade de nomes e representações conforme a cultura local. Em cada país e tradição, essa figura icônica reflete as características e valores locais, ao mesmo tempo em que mantém sua essência universal de bondade e generosidade.

Nos Estados Unidos e em muitos países de língua inglesa, ele é conhecido como “Santa Claus”, uma adaptação do nome holandês “Sinterklaas”. Na França, ele é chamado de “Père Noël”, enquanto na Finlândia, a figura natalina é conhecida como “Joulupukki”, que literalmente significa “bode de Natal”, refletindo uma tradição finlandesa mais antiga.

Na Rússia, a figura correspondente é “Ded Moroz”, ou “Vovô Geada”, que tradicionalmente entrega presentes às crianças na véspera de Ano Novo. Acompanhado por sua neta Snegurochka, ele viaja em um trenó puxado por cavalos. A imagem de Ded Moroz é semelhante ao Papai Noel, mas suas raízes e tradições são distintamente russas.

Na Itália, a tradição natalina inclui uma figura conhecida como “Babbo Natale”, que se assemelha ao Papai Noel moderno. Além disso, as crianças italianas também aguardam a chegada da Befana, uma bruxa bondosa que traz presentes na noite de 5 de janeiro.

Na Espanha e em muitos países latino-americanos, o “Papá Noel” também é uma figura popular, embora em muitas dessas culturas, os presentes sejam tradicionalmente trazidos pelos Três Reis Magos no Dia de Reis, celebrado em 6 de janeiro.

Essa diversidade de nomes e tradições em torno do Papai Noel ressalta a sua capacidade de se adaptar e se tornar parte integrante de diferentes culturas ao redor do mundo. Enquanto os detalhes de suas histórias e tradições podem variar, o Papai Noel em toda parte representa a alegria, o espírito de dar e a magia do Natal, trazendo um senso de união e celebração compartilhada durante a época festiva​

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Brasil está entre os 20 países mais generosos do mundo

A pesquisa World Giving Index 2022 (Índice Mundial da Solidariedade), que estabelece um ranking dos países mais generosos do mundo, mostrou que o Brasil saiu do 54º para o 18º lugar entre os 119 países analisados este ano, um recorde em relação aos anos anteriores. O ranking, realizado pela respeitada organização britânica CAF (Charities Aid Foundation) mostra aumento de doações e no voluntariado do brasileiro em 2021.

Os dados comprovaram que mais da metade dos brasileiros (56%) já fez ou faz alguma ação solidária. 15% deles realizam atividades por meio de empresas e a grande maioria (58%) promove ações com frequência. E mais: 68% responderam que dedicam mais de 5 horas por mês na prática voluntária.

Segundo o estudo, o ano de 2021 registrou uma mudança substancial no ranking dos 10 países mais generosos do mundo e grande desenvolvimento na cultura de doação. Apesar da pandemia e das dificuldades econômicas, houve um recorde de doações em dinheiro, aumento na proporção de pessoas que ajudaram desconhecidos (62%) e uma onda de generosidade em vários países da América Central, América do Sul e em países africanos.

Em 2020, 35% dos brasileiros afirmaram ter praticado algum gesto de solidariedade. Em 2021 esse percentual que subiu para 47%.Na ajuda a estranhos, o indicador aumentou de 63% para 76%.Nas doações em dinheiro, o percentual subiu de 26% para 41%. Já no voluntariado, aumentou de 15% para 25%.

O levantamento inclui dados de 119 países, representando mais de 90% da população adulta global, e analisa três quesitos: atos de bondade em relação a desconhecidos; doações em dinheiro e ações de voluntariado. E o crescimento brasileiro no ranking aconteceu em todas as categorias de avaliação. O mais expressivo foi na “ajuda a um desconhecido”, onde nosso país subiu de 36º para o 11º lugar.

Países mais generosos do mundo

Pelo quinto ano consecutivo, o país mais generoso do mundo é a Indonésia. Lá, 84% das pessoas afirmam ter feito alguma doação em dinheiro em 2021, 63% fizeram o voluntariado e 58% ajudaram pelo menos uma pessoa desconhecida.

Em 2021, os dez países mais generosos do mundo foram:

1. Indonésia

2. Quênia

3. Estados Unidos

4. Austrália

5. Nova Zelândia

6. Mianmar

7. Serra Leoa

8. Canadá

9. Zâmbia 

10. Ucrânia

Acesse a pesquisa, em inglês, aqui. O World Giving Index é uma iniciativa da Charities Aid Foundation – CAF. No Brasil é representado pelo IDIS – Instituto de Desenvolvimento do Investimento Social.

 

*Com informações do portal Só Notícia Boa e Captadores.org

 

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Goiano devolve dinheiro que recebeu por engano em sua conta e gesto surpreende

No dia 23 de novembro, sexta-feira, Francisca Jurema da Silva Pinto cometeu um engano na hora de transferir uma quantia em dinheiro para uma outra conta dela e acabou enviando para a conta de um rapaz desconhecido.

Jurema ficou desesperada quando percebeu o erro, pois precisava do dinheiro para as despesas.

Assim, a moça entrou em contato com o rapaz por meio do Direct do Instagram e contou o que havia acontecido. Matheus Chagas Lee só percebeu o depósito no dia seguinte, sábado, e devolveu o dinheiro no mesmo dia.

“Queria dizer que existe bondade nesse homem, que com meu descuido e desesperada, ele teve o amor de Jesus em sua vida, em me devolver”, declara Jurema. “Jamais devemos perder a fé, nesse mundo onde existe muita maldade, mas ter a fé que existe pessoas com um bom coração.”

Matheus é goiano de 21 anos e estudante de Engenharia de Controle e Automação no IFG. O jovem é apaixonado por hambúrgueres e toca na equipe de louvor de sua igreja, tendo a música como hobby.