‘Dubai da América do Sul’ desponta para o turismo e deixa brasileiros apaixonados

A Guiana, outrora marcada pela pobreza e desigualdade social, está se transformando em uma potência econômica graças à descoberta de vastas reservas de petróleo em 2015, colocando-a no radar como a “Dubai da América do Sul”. O influxo de investimentos e o crescimento exponencial do PIB, que saltou de US$ 5,17 bilhões para US$ 14,7 bilhões em apenas quatro anos, evidenciam um país no limiar de uma era de prosperidade sem precedentes.

Este boom econômico, impulsionado pela exploração de petróleo pela Exxon Mobil, que revelou reservas estimadas em 17 bilhões de barris, tem redefinido o cenário guianense. A riqueza gerada por essa descoberta está transformando a Guiana em um canteiro de obras global, atraindo empreiteiras e investimentos internacionais, incluindo chineses, americanos, indianos e brasileiros, que participam ativamente do desenvolvimento de infraestrutura crítica, como rodovias, portos, hospitais e hotéis de luxo.

Apesar do crescimento econômico, a Guiana enfrenta desafios relacionados à desigualdade social, um legado da colonização e da escravidão. Contudo, o atual boom econômico oferece uma oportunidade única para alavancar o desenvolvimento e reduzir a disparidade social, beneficiando tanto a antiga elite quanto a emergente classe média.

A visão para o futuro da Guiana é otimista. Empresários locais, como Richard Singh, preveem uma transformação radical no país nas próximas duas décadas, comparável à metamorfose de Dubai desde os anos 1990. Com o setor de petróleo como catalisador, a Guiana se posiciona como um destino promissor para investimentos, sejam em propriedades de luxo ou em empreendimentos comerciais.

Para os viajantes e entusiastas do turismo, a Guiana oferece uma narrativa fascinante de transformação e potencial. Este país, vizinho ao território brasileiro, não apenas promete uma história de crescimento e prosperidade, mas também se apresenta como um novo horizonte para o turismo na América do Sul, convidando o mundo a testemunhar sua jornada rumo a um futuro brilhante.

Leia também:

Gusttavo Lima mira carreira internacional e quer badalado produtor no time

Descobrimos o calçado perfeito para quem vai aproveitar os 5 dias de carnaval

Netflix conquista brasileiros com série sobre personagem histórico épico e controverso

10 lojas na região da 44 para brilhar carnaval gastando pouco

Você vai se surpreender ao descobrir quais os destinos mais procurados no mundo durante o carnaval

Conheça o lugar mágico que permite que você esteja em três países ao mesmo tempo

Existe um lugar em que você pode estar em três países ao mesmo tempo: o pé direito na Venezuela, o esquerdo na Guiana e os braços no Brasil. Esse ponto fica a mais de 2.500 metros de altitude e está representado por um marco de fronteira que assinala o “ponto tríplice” entre os países. este lugar é Monte Roraima, que inclusive já foi destaque na novela ‘Império’ da TV Globo.

Marco

 

 

A altitude máxima do Monte Roraima é de 2.734 metros e é considerado o sétimo ponto mais elevado do Brasil. O monte tem uma superfície plana, parecendo uma mesa gigante, chamada “tepuy” na linguagem indígena local. Ele ainda é ornado por escarpas, que são paredões verticais, que atingem mais de 500 metros de altura.

 

O monte foi visitado pela primeira vez em 1595, quando uma expedição inglesa comandada por Sir Walter Raleigh atingiu a base do Monte Roraima. Mas foi só em 1884 que o botânico Everard Im Thurn alcançou o topo do monte pelo lado venezuelano. 

 

Apesar das diversas expedições que vieram depois, a fauna, flora e geologia  local permanecem  desconhecidas. Com o desenvolvimento do turismo na região, especialmente a partir da década de 1980, o monte Roraima tornou-se um dos destinos mais populares para os praticantes de trekking, devido ao ambiente singular e às condições relativamente fáceis de acesso e escalada. O trajeto mais utilizado é feito pelo lado sul da montanha,[nota 2] através de uma passagem natural à beira de um despenhadeiro. A escalada por outros pontos, no entanto, exige bastante técnica, mas permite a abertura de novos acessos.

 

A região, completamente rica em fauna, flora e recursos naturais, pertence ao  Parque Nacional do Monte Roraima, que tem  uma área de cerca de 116 mil hectares e  foi criado de acordo com o decreto n° 97.887, de 28 de junho de 1989 com o objetivo de proteger o cenário natural único da região da serra do Pacaraíma. Todo o território do parque está inserido na terra indígena Raposa Serra do Sol. Por este motivo, a administração do parque é feita tanto pela Fundação Nacional do Índio, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela comunidade dos índios ingaricós.[20][21]

 

Na Venezuela, o maciço do monte Roraima está inserido no Parque Nacional Canaíma, uma das maiores áreas de conservação da América Latina com mais de três milhões de hectares de extensão. No parque, que é declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO, o monte Roraima é só mais um dos vários tepuis, montanhas em formato de mesa.

 

Fotografias: Wikipédia