HGG retoma Oficina de Arte para pacientes em Goiânia

O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) retoma, nesta terça-feira (5), mais um de seus projetos de humanização, a Oficina de Arte. Lançado em 2014, a atividade era realizada quinzenalmente com os pacientes e acompanhantes da unidade, sob a orientação do artista plástico Alexandre Liah, e precisou ser suspensa devido à pandemia de Covid-19. O último encontro foi realizado em 19 de fevereiro de 2020.

O local das oficinas acontece no Jardim da Solistência, um espaço interno aberto, com projeto paisagístico, e uma placa com um poema de Graciliano Ramos, chamado de “Solistência”, que trata sobre a existência e a solidão. Neste local, dez pacientes poderão exercer a criatividade e se transformar em artistas por meio de telas, tintas e pincéis.

Responsável pelo projeto desde o seu início, Alexandre Liah destaca que as oficinas são mais que uma distração para os pacientes. “Cada oficina é única. A gente procura buscar as memórias dessas pessoas que eu não chamo de pacientes, chamo de artistas, porque, a partir do momento que eles chegam para participar, queremos que eles esqueçam um pouco da situação em que eles estão. A gente tenta mudar o foco e trazer para uma atividade artística”, explica.

Liah conta ainda que esse é um momento que faz com que os pacientes tragam para as telas memórias, lugares, coisas e pessoas das quais sentem saudade. “A partir daí surgem trabalhos interessantes, porque cada um tenta refletir uma situação, o ambiente que vive, e isso faz com que, por um momento, ele esqueça que está doente e pratique uma coisa saudável. Acontecem situações muito inusitadas, como pessoas muito simples, que nunca pintaram na vida, e conseguem, através das cores, se manifestar e pintar.”

Em cada oficina, os pacientes recebem uma tela em branco e uma variedade de pincéis e cores de tinta para extravasar sua criatividade e aflorar o artista adormecido. “As obras são incríveis, saem coisas maravilhosas, parece que o contato com a cor cria um brilho, ilumina os olhos. Tem pessoas que choram, parece uma catarse. São muitas situações interessantes”, ressalta Liah.

Para o artista plástico, a volta do projeto representa maior acolhimento aos pacientes do HGG. “Acho muito proveitoso esse projeto que a gente está fazendo há praticamente nove anos. Temos uma coleção de trabalhos e podemos, no futuro, realizar uma exposição com as telas desses artistas”, diz animado.

 

Imagem: IDTECH

Simulação põe profissionais do HUGOL em lugar de pacientes na UTI

Ação no hospital HUGOL – Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira realizou um treinamento com simulação para os profissionais da área da UTI sentirem o que os pacientes sentem quando são atendidos.

“A empatia possibilita aperfeiçoar e humanizar o atendimento hospitalar”.

A simulação foi realizada e acompanhada pela psicóloga hospitalar Jessica Prado e por uma equipe de diversas disciplinas para garantir a proximidade da simulação com a realidade dos pacientes.

Vendados e simulando sedações, os profissionais foram submetidos a momentos de tensão com “picadas” para sentirem as injeções que os pacientes podem receber ao chegar na UTI. Conversas paralelas e sons de maquinário hospitalar enquanto vendados geraram não só a empatia esperada pelos pacientes como relatos de sentimentos como “vulnerabilidade” e impotência.

“Percebi como é difícil estar no lugar do paciente, já que, por mais que esteja sedado, ele consegue perceber tudo e todos ao seu redor, gerando um sentimento de impotência. Esse treinamento me inspirou a melhorar ainda mais as minhas práticas profissionais”

 

Imagem: Divulgação