Goiânia é a primeira capital do Brasil a lançar projeto de Cidade Inteligente na Bolsa de Valores
Goiânia será a primeira capital do país a lançar um projeto de cidade inteligente na Bolsa de Valores de São Paulo. O edital da parceria público-privada (PPP) será publicado nesta terça-feira (30/7) e prevê um investimento de R$ 444 milhões em iluminação e internet públicas, videomonitoramento, segurança e geração de energia fotovoltaica. A expectativa é de que o programa gere uma economia de R$ 500 milhões aos cofres públicos.
O edital será divulgado em jornais de grande circulação e nos diários oficiais do município e da União. Todo o processo licitatório será realizado pela B3, Bolsa de Valores de São Paulo, com a sessão pública de abertura de envelopes marcada para 6 de setembro, quando será conhecida a empresa vencedora da licitação. Licitantes de todo o mundo podem participar, e o período de contrato é de 25 anos.
Este projeto é inédito para Goiânia, que adota o modelo e sai na frente entre as capitais do Centro-Oeste. A Bolsa de Valores de São Paulo já conduziu processos semelhantes em mais de 50 outras cidades, mas esta é a primeira vez que um projeto de cidade inteligente completo é incluído.
Em maio, o projeto foi selecionado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ser apresentado como destaque no Fórum Internacional de PPPs, em Istambul, na Turquia.
Avanços e Sustentabilidade
A primeira etapa da PPP envolverá a modernização do sistema de iluminação pública, com a troca de luminárias por lâmpadas de LED e telegestão. Goiânia já conta com mais de 30 mil pontos de iluminação LED, e a projeção é de que este número aumente para 178 mil com a parceria. Além disso, serão instaladas iluminações de destaque em 311 pontos da cidade.
O projeto também inclui a produção de energia limpa por meio de usinas fotovoltaicas, com a instalação de três unidades de até 3 MWh cada. A economia no consumo de energia deve refletir na redução da Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip), beneficiando os consumidores. Estima-se que Goiânia deixará de emitir 570 toneladas de CO2 por ano, e o programa possibilitará a geração de receita através da comercialização de créditos de carbono.
Na área de telecomunicações, o projeto prevê internet para 590 edificações públicas, sistema de videomonitoramento com mais de 1,8 mil câmeras, totens para acionamento das forças de segurança e pontos de Wi-Fi público em 75 locais. A implantação do Centro de Controle de Operação (CCO) também está incluída na modelagem.
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