Troca-troca partidário agita a Câmara de Goiânia

Com a janela partidária prestes a se fechar em 5 de abril, pelo menos quatro vereadores de Goiânia já trocaram de partido. Outros dois já pediram desfiliação e devem anunciar suas novas legendas nos próximos dias. Até o momento, o Solidariedade desponta na liderança, com três novas filiações, seguido pelo MDB, que conta com uma nova adesão.

O Solidariedade viu suas fileiras aumentarem com as adesões de Léo José, anteriormente filiado ao Republicanos, e Welton Lemos, que deixou o Podemos. Além deles, a legenda também recebeu a filiação de Paulo Henrique da Farmácia, que deve perder o mandato devido à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou os mandatos de três parlamentares do Agir por fraude na cota de gênero.

Por outro lado, o MDB passou a contar com a vereadora Lucíola do Recanto, que deixou o PSD. Sandes Júnior e Pedro Azulão Júnior deixaram, respectivamente, o PP e o PSB, mas ainda não ingressaram em outras legendas.

O Curta Mais apurou que também devem trocar de partido os seguintes vereadores: Igor Franco (de saída do Solidariedade possivelmente para o Republicanos), Sargento Novandir (do Avante para o PL ou para o MDB) e Wellington Bessa (do Democracia Cristã para o Podemos).

Janela partidária
Apenas candidatas e candidatos eleitos em pleitos proporcionais (deputada e deputado distrital, estadual e federal, vereadora ou vereador) e que estão no último ano do mandato podem trocar de partido sem perder o cargo. Em 2024, apenas os mandatos de vereador estão prestes a terminar e, por isso, a norma vale somente para esse cargo político.

Fora deste período, as situações que permitem a mudança de partido com justa causa são: desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Mudanças de legenda que não se enquadrem nesses motivos podem levar à perda do mandato.

Janela partidária começa na próxima quinta-feira; saiba quais os vereadores de Goiânia podem mudar de partido

Vereadores eleitos em 2020 podem mudar de partido sem que seus mandatos sejam cassados a partir das próxima quinta-feira (07/03). Conhecida como janela partidária, a movimentação é permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 5 de abril. O Curta Mais apurou que pelo menos seis vereadores de Goiânia podem migrar para outras legendas.

  • Igor Franco foi eleito pelo Solidariedade, mas, por causa da dificuldade da legenda em montar chapa para as Eleições 2024, a mudança é vista como inevitável. O parlamentar avalia três siglas: MDB, União Brasil e PSD.
  • Por outro lado, o Solidariedade pode ganhar o passe de Léo José, que já disse em mais de uma oportunidade que não continuará no Republicanos. O vereador também tem cogitado migrar para o Cidadania.
  • Sargento Novandir não deve permanecer no Avante, podendo se filiar ao PL ou ao MDB.
  • A saída de Sandes Júnior do PP é dada como certa. O destino ainda não foi revelado, mas, nos bastidores, o União Brasil tem sido o mais cotado.
  • Wellington Bessa pode trocar o Democracia pelo Podemos. Ele também teria recebido convite do MDB.
  • O PSD deve perder o passe de Lucíola do Recanto. O destino da vereadora, no entanto, ainda não está definido.
  • Quem é contemplado por essa mudança? Apenas candidatas e candidatos eleitos em pleitos proporcionais (deputada e deputado distrital, estadual e federal, vereadora ou vereador) e que estão no último ano do mandato podem trocar de partido sem perder o cargo. Em 2024, apenas os mandatos de vereador estão prestes a terminar e, por isso, a norma vale somente para esse cargo político.
  • Só é possível mudar de partido durante esse período? Fora do período da janela partidária, as situações que permitem a mudança de partido com justa causa são: desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Mudanças de legenda que não se enquadrem nesses motivos podem levar à perda do mandato.

Entenda como a janela partidária tem mudado a composição política da Assembleia Legislativa de Goiás

Está aberta a temporada de troca-troca de partidos entre parlamentares. Trata-se da chamada “janela partidária”, que tem duração de 30 dias em anos eleitorais e permite a troca de legenda sem perda de mandato. Em Goiás, as mudanças já têm alterado a composição política da Assembleia Legislativa. Em 2022, o prazo termina em 1º de abril. 

Nesta semana, o PRTB ganhou dois deputados: Coronel Adaílton, que era do PP, e Wagner Neto, até então filiado ao PROS. A articulação em busca de um partido que possibilitasse a reeleição de ambos teve início no ano passado. 

Humberto Teófilo e Major Araújo, ambos eleitos pelo PSL, já pediram desfiliação por não concordarem com a fusão da sigla com o DEM, que resultou na criação do União Brasil. Os dois ainda estão sem partido, mas devem buscar abrigo em siglas aliadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Virmondes Cruvinel, por sua vez, anunciou desfiliação do Cidadania para disputar a reeleição, uma vez que o partido não deve conseguir montar uma chapa competitiva para disputar vagas no Legislativo. Além disso, o parlamentar retornou à base do governador Ronaldo Caiado e o Cidadania deve formar federação partidária com o PSDB do ex-governador Marconi Perillo, que faz oposição ao chefe do Executivo.

O PSDB deve perder dois deputados: Talles Barreto e Francisco Oliveira, que eram aliados de Marconi, mas ingressaram na base de Caiado. Talles deve ir para o PP, ao passo que Francisco é cotado para ingressar no MDB.

Fotos: Reprodução / Facebook dos citados 

 

Janela partidária: pelo menos 16 parlamentares goianos podem trocar de partido para as próximas eleições

Deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido sem perder seus mandatos entre 3 de março e 1º de abril. Trata-se da chamada “janela partidária”, que é permitida em anos eleitorais. O prazo foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Goiás, pelo menos 16 parlamentares avaliam novas legendas.

Entre os deputados federais, pelo menos dois já têm as saídas de seus partidos dadas como certas. Major Vitor Hugo (União Brasil) anunciou nesta terça-feira (08/02), que é pré-candidato a governador. Seu principal objetivo é conseguir disputar o cargo pelo PL do presidente da República, Jair Bolsonaro. No entanto, em Goiás, o comando local da sigla já anunciou que apoiará a candidatura do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido).

Ainda na bancada goiana na Câmara Federal, há pelo menos mais três nomes que podem aproveitar a janela partidária: Célio Silveira, que avalia trocar o PSDB pelo MDB, José Mário Schreiner, que pode sair do União Brasil para outra legenda da base do governador Ronaldo Caiado, e José Nelto, que deve deixa o Podemos para continuar apoiando Caiado, uma vez que sua atual sigla pode fechar com Mendanha.

Na Assembleia Legislativa, as mudanças devem ser maiores. Pelo menos 12 deputados estaduais negociam com outros partidos. A saída do presidente da Casa, Lissauer Vieira do PSB já é dada como certa. A tendência é que ele ingresse no PSD. O União Brasil deve perder três nomes: Paulo Trabalho, Major Araújo e Humberto Teófilo, ao passo que o PSDB não deve contar com Talles Barreto e Francisco Oliveira nas eleições de outubro. Virmondes Cruvinel (Cidadania), Paulo Cezar Martins (MDB),Thiago Albernaz (SD), Cairo Salim (Pros), Delegado Eduardo Prado (DC) e Cláudio Meirelles (PTC).

Brasil
No cenário nacional, especula-se que pelo menos 40 deputados federais devem mudar de partido. Com a ida de Bolsonaro ao PL, aproximadamente 20 parlamentares do União Brasil devem acompanhar o presidente para o partido de Valdemar Costa Neto. O PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também deve atrair nomes de outras legendas, como PSB e União Popular.