Campeão de judô faz relato emocionante após vencer a Covid-19: ‘milagre’

O professor e campeão de judô, João Henrique de Melo Santos, recebeu alta na última semana, após 64 dias internado, 54 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jardim América, em Goiânia. A própria equipe do hospital reconhece que foi o caso mais desafiador desde o início da pandemia.

João conta que passou por uma traqueostomia, enfrentou infecções hospitalares, sessões de hemodiálises e chegou a sobreviver a uma parada cardíaca que, segundo ele, durou 14 minutos. Nas redes sociais, o judoca fez um relato emocionante de como a luta entre a vida e a morte começou quando passou a sentir uma coriza no nariz e muita dor de cabeça. Atleta de alta performance e sem nenhuma comorbidade, ele resolveu fazer o teste para Covid-19 e o resultado foi positivo. “Na realidade não tive medo. Pensei que passaria pela doença numa boa, devido ao meu histórico de atleta e por não ter nenhuma comorbidade”, escreve.

Durante sua internação, amigos fizeram uma grande corrente e muitos forma até o hospital recepcioná-lo assim que recebeu alta. João está em casa se recuperando e já iniciou o processo de reabilitação. “Deus operou o milagre em minha vida e mudou todo o meu quadro clínico extraordinariamente.”

Leia na íntegra o relato compartilhado por ele nas redes sociais:

“Na manhã de domingo do dia 16 de agosto de 2020 comecei a sentir uma coriza no nariz e muita dor de cabeça. Resolvi fazer o teste  do Covid-19.Resultado positivo. Na realidade não tive medo. Pensei que passaria pela doença numa boa, devido ao meu histórico de atleta e por não ter nenhuma comorbidade. Os primeiros dias tinha muita dor de cabeça, dor nas costas e bastante fraqueza. Fui ao médico 2 vezes e me mandavam para casa porque segundo os médicos estava tudo dentro da normalidade. Após 6 dias tive uma pequena falta de ar e resolvi retornar ao médico para uma consulta, onde imaginei ser uma consulta rápida e que voltaria para casa. Mas não! Fui surpreendido por uma internação pq minha saturação estava um pouco baixa. Comuniquei minha família e fiquei bastante ansioso pq até o momento estava cuidando da minha irmã que tbm estava com covid.  Estávamos juntos na casa dela e ela não estava bem. Segui internado por 5 dias no hospital em apartamento. Minha ansiedade foi só aumentando. Me veio um turbilhão de sentimentos. Agonia de saber que minha irmã estava em casa sozinha com covid. Pensava o tempo todo em meus filhos, meu trabalho… Medo de assustar demais meus pais e minha outra irmã tbm. No 5° dia de internação  o hospital em uma sexta-feira solicitou para minha família um acompanhante para mim no quarto devido o grau da minha ansiedade. A minha irmã Joyce foi ficar comigo. Ela seria a melhor companhia pelo fato de já estar com covid e não expor outra pessoa da nossa família ao vírus e também por me sentir seguro ao lado dela. Ela ficou integralmente comigo lá. No segundo dia teve a ajuda do meu amigo de infância Renato que também foi muito importante seu suporte tanto físico quanto emocional nessa fase. No início me senti bem. Depois fui piorando. De sábado para domingo piorei muito é decidiram me levar para UTI. Meu Deus que medo. Sou um cara de muita fé. Mas,muita mesmo. Mas, neste momento só vinha meus filhos na mente. Virei para minha irmã e disse: ” Eu vou voltar não vou fia? “. Ela disse: “Claro que vai fi. Vc é o homem de maior fé que eu conheço. Vai com Deus. Te Amo. ” Eu disse que a amava tbm e assim nos despedimos…

Fui confiante pela força que ela e meu amigo Renato me deram. Mas, quando me levaram embora do quarto que eu estava já no corredor eu ouvi os choros deles. Puts, aquilo me deu um aperto. Enfim… Fui para UTI.  Fiquei 6 dias lá acordado,  consciente, usando a máscara de oxigênio. Porém, fui desenvolvendo um quadro de ansiedade muito intenso e preocupante lá dentro no que dificultou bastante meu tratamento. Cada minuto mais falta de ar. Uma agonia sem fim. Sensação de estar afogando no seco. Até que pedi para me entubar urgente. Assim procederam. Fui entubado. Desde aí não vi mais nada.  Aí começou minha luta pela sobrevivência. Eu submetia diariamente a exames de sangue, monitoramento dos rins e tratamento dos pulmões através de medicamentos e auxílio do ventilador mecânico. Permaneci na UTI por 54 dias, fui traqueostomizado, tive mais de 6 infeções hospitalares, fiz inúmeras sessões de hemodiálises, sobrevivi a uma parada cardíaca de 14 minutos. Meu acometimento pulmonar foi de 100% dos pulmões. Devido ao meu estado gravíssimo minha família e amigos levantaram campanhas de orações 24hs em prol da minha cura. Para a medicina eu era um caso clínico sem recurso. Mas, todos não viam meu caso com olhos da carne viam com os olhos de Deus e depositaram toda sua fé e confiança de que eu sairia daquela situação. Após a parada cardíaca aos poucos fui apresentando melhora dia pós dia até a minha alta. Deus operou o milagre em minha vida e mudou todo o meu quadro clínico extraordinariamente. As vezes pergunto a Deus pq eu o escolhido? Eu olho para mim hj e muitas vezes nem acredito que eu estou vivo. Só tenho gratidão Deus por me permitir continuar ainda cumprindo meu legado aqui na terra e a todos vocês pelas orações intensas. Gratidão também a toda a equipe médica do Hospital do Jardim América e extra hospital que  assumiu meu caso com tanta fibra e determinação que foi primordial para minha recuperação. Esse texto é um resume breve dos meus 64 dias de internação que com graças a Deus com um final feliz.

Enfim, em casa! Me reabilitando e vencendo novos desafios diários. O que sinto no meu coração hoje para dizer para vocês é: “Valorizem os pequenos da vida. Tudo na vida tem um propósito. A tempestade é uma fase onde aprendemos a confiar mais em Deus. Seus mistérios são perfeitos e agradáveis. Muito obrigado a todos que oraram por mim e deram apoio à toda minha família”.

 
 
 
 
 
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Estudantes goianos são classificados para a maior competição esportiva estudantil do mundo

Boas notícias para o esporte e a educação goianos! Quatro estudantes de Goiás foram classificados para a disputa esportiva mais importante para alunos de escolas públicas e privadas do mundo inteiro, a Gymnasíade, que acontece entre 2 e 9 de maio, em Marrakesh, no Marrocos.
Os jovens atletas selecionados foram Rafael Magalhães (15, taekwondo), Guilherme Marinho (16, taekwondo), Patrick Cardoso (17, taekwondo) e Arthur Vinicius Mesquita (16, judô). Para chegar à etapa mundial, eles precisaram ser campeões na etapa nacional do evento, realizada durante quatro dias, de 22 a 25 de março, em São Paulo (SP).
Ao todo, 88 estudantes goianos participaram da seletiva em diversas modalidades (como atletismo, natação, taekwondo, judô, karatê, wrestling e xadrez) e competiram com outros 1.200 atletas de 21 estados brasileiros.
O presidente da Federação Goiana de Desporto Escolar (FGDE), Marco Maia, afirma que “é muito satisfatório ver que com o esporte poderemos levar o nome do nosso estado para fora do país, o que mostra que todo o esforço das equipes valeu a pena”.
Para alcançar a vitória, os estudantes passaram por um longo processo de preparação e treinamento, que chegou a envolver treinos durante seis dias por semana, por cerca de 5 horas, como foi no caso de Patrick Cardoso – um dos escolhidos para a fase mundial na categoria peso pesado de taekwondo.
Vale ressaltar que os atletas goianos tiverem um bom desempenho na etapa nacional da competição estudantil, ganhando 18 medalhas, sendo 6 de prata e 8 de bronze.

Foto de capa: estudantes selecionados para a Gymnasíade, em Marrocos.