Alta da Selic preocupa empresários de Goiás
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, manifestou preocupação com eventual nova elevação da taxa Selic, que deve ser anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), organismo do Banco Central. “O aumento da taxa de juros é um erro e vai dificultar ainda mais o crédito, travando ainda mais a economia”, criticou.
De acordo com a ata da reunião do Copom, realizada ontem, chegou ao fim o ciclo da alta dos juros básicos, que levou a Selic de 2% no início do ano passado para 11,75% na última semana. De acordo com o documento, a taxa básica de juros terá elevação de 1 ponto percentual.
Segundo avaliação do BC, o patamar de juros em 12,75% seria suficiente para colocar a inflação de 2023 na meta. Contudo, O último relatório Focus, prevê Selic em 13% ao final deste ano. Para o dirigente da Fieg, a taxa Selic já é uma das mais altas do mundo e inviabiliza qualquer atividade econômica. “Juros altos encarecem o crédito, desestimulam a produção e o consumo”, pontuou.
Sandro Mabel observou que a conjuntura internacional, com o aumento do preço do barril petróleo, recomenda cautela, ainda mais porque o Brasil vive a ‘ressaca’ da pandemia e passa por um momento delicado com a volta da espiral inflacionária. “O que já está ruim vai piorar”, ressaltou.
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Fonte: Economia | iG
Foto: Divulgada pela assessoria da Fieg
Segundo o dirigente da Fieg, as previsões do mercado, que já eram pessimistas, ficaram catastóficas com as altas sucessivas da Selic. “A economia brasileira vai entrar no atoleiro. Não tem como produzir e gerar empregos com juros estratosféricos como quer equivocadamente a equipe econômica do ministro Paulo Guedes”, disparou.