Trump cancela encontro com líder norte-coreano

Escrito por Etielly Haag

 

Encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, é cancelada por Trump. A reunião de cúpula estava marcada para acontecer em Singapura no dia 12 de junho deste ano.

Infelizmente, com base na enorme raiva e hostilidade aberta exibida em sua declaração mais recente, sinto que é inadequado, neste momento, ter essa reunião planejada há muito tempo“, afirmou Trump.

A decisão do presidente americano veio logo após o anuncio de desmantelamento completo do centro nuclear da Coréia do Norte. Houve o teste de seis bombas nucleares em Punggye-ri como gesto de boa vontade de Jong-un, ao que o presidente norte-americano respondeu nocivamente.

Você fala de suas capacidades nucleares, mas as nossas são tão grandes e poderosas que eu rezo a Deus para que elas nunca tenham que ser usadas”, acrescentou Trump.

Kim respondeu a decisão afirmando que Trump “não está alinhada com os desejos do mundo” e que ainda deseja resolver assuntos inacabados com o país americano.

 

Foto: CNN / reprodução da internet

Donald Trump e Kim Jong-Un marcam encontro histórico para o Dia dos Namorados

Um evento promete diminuir ainda mais as tensões diplomáticas entre a Coreia do Norte e o mundo ocidental. Na última quinta-feira (10), pelo Twitter, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que o seu encontro com o líder Kim Jong-un está marcado para acontecer em Singapura no dia 12 de junho (Dia dos Namorados no Brasil).

“Nós dois tentaremos fazer deste um momento muito especial para a Paz Mundial”, disse Trump na publicação.

Apesar de gerar expectativas positivas no mundo todo, a reunião não deve originar acordos tão determinantes quanto o encontro de Kim com Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, ocorrido no dia 27 de abril.

Enquanto o encontro dos asiáticos pôs fim definitivo à Guerra da Coréia, o compromisso de Trump e Kim não deverá ser suficiente para EUA e Coreia do Norte entrem em consenso quanto a assuntos decisivos, como a pauta balística e nuclear, por exemplo.

Encontro histórico de líderes coreanos pôe fim a uma guerra de 65 anos e manda recado de tolerância ao mundo

Todo o planeta, não apenas o Brasil, respira agora um pouco mais aliviado.

Nesta sexta-feira (27), o mundo acordou com uma imagem tida como improvável meses atrás: o abraço entre os líderes das duas coreias. A cena simboliza o encontro histórico entre o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que deu início do fim de um dos conflitos mais conturbados da história moderna.

Na ocasião, os dois assinaram um acordo de paz que vai acabar em definitivo com a Guerra da Coréia, iniciada em 1950. Um cessar-fogo proposto pelas Nações Unidos deu uma trégua ao conflito em 1953, mas sem dar cabo das tensões entre os países, que se intensificaram após os anúncios de testes bélicos pelos norte-coreanos nos últimos meses.

O pacto firmado nesta sexta, além de substituir oficialmente o cessar-fogo de 1953, também oficializa o compromisso, por ambas as partes, de trabalhar pela completa desnuclearização da península.

“Os dois líderes solenemente declararam ante 80 milhões de coreanos e todo o mundo que não vai haver mais guerra na península da Coreia e que uma nova era de paz começou”, diz um trecho da declaração.

O compromissos assumidos promete, até o fim de 2018:

– Cessar todos os atos hostis entre os países por terra, ar e mar;
– Realizar, através da desnuclearização completa, uma península coreana livre de armas nucleares;
– Transformar a área desmilitarizada em zona de paz, eliminando ações como a distribuição de propaganda;
– Participar juntos de eventos esportivos, como os Jogos Asiáticos de 2018;
– Esforçar-se para resolver rapidamente as questões humanitárias que surgiram com a divisão das Coreias;
– Realizar em agosto uma reunião entre famílias separadas pela guerra;
– Implementar todos acordos feitos até agora pelos dois países;
– Manter diálogos, encorajar trocas, cooperação e contatos em todos os níveis.

O presidente sul coreano disse a Kim em discurso que estava “feliz por conhecê-lo”. Kim, por sua vez, declarou: “Uma nova história começa agora – no ponto inicial da história e na era da paz”. O norte-coreano também afirmou que está disposto a visitar Seul (capital da Coreia do Sul) “a qualquer momento que for convidado”.

 

Repercussão

Em comunicado emitido logo após o encontro, a Casa Branca desejou “paz e prosperidade” aos coreanos. “Por ocasião do histórico encontro do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, desejamos o melhor ao povo coreano. Temos esperança de que os diálogos irão atingir progressos em direção um futuro de paz e prosperidade para toda a Península Coreana”, diz a mensagem.

O presidente norte-americano, Donald Trump, também se pronunciou sobre o pacto: “Após um ano furioso de lançamento de mísseis e testes nucleares, uma reunião histórica entre a Coreia do Norte e a do Sul está ocorrendo agora. Coisas boas estão acontecendo, mas só o tempo irá dizer!”.

Falso passaporte brasileiro do líder coreano Kim Jong-un é divulgado

A Reuters (agência de notícias) divulgou hoje (27) a imagem do passaporte brasileiro que foi emitido para o polêmico líder norte coreano, Kim Jong-un. Segundo autoridades de segurança da Europa, o líder e seu pai, Kim Jong-il, utilizaram os passaportes fraudulentos para pedir vistos em países ocidentais na década de 1990.
Conforme consta no documento, Kim Jong-un adotou o falso nome de Josef Pwag, com nascimento em 1º de fevereiro de 1983, na cidade de São Paulo. Na época, estima-se que a idade do líder girava em torno dos 13 anos de idade. O passaporte de seu pai também foi emitido como se ele tivesse nascido em São Paulo, mas no ano de 1941.
A embaixada norte-coreana no Brasil se negou a comentar o caso, enquanto o Ministério de Relações Exteriores do Brasil disse que irá investigar o caso. No momento, não está claro se os vistos foram, de fato, emitidos.

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Foto: Handout via Reuters. Capa: KNS/AFP/GettyImages.

Para alguns, o fato de Kim Jong-um e seu pai terem adulterado passaportes brasileiros, mostra que talvez eles buscavam uma rota alternativa de fuga em caso de necessidade. Vale recordar que em 1991, Kim Jong-um visitou a Disneylândia em Tóquio, no Japão, utilizando também um passaporte brasileiro, conforme denunciou o jornal japonês “Yomiuri Shimbun”.